Assenti, corri para o quarto tomando um banho, colocando o colar que havia ganhado dele quando ganhei no teste da alcateia. Suspirei, ajoelhando em frente a janela onde a noite se iniciava e a lua começava aparecer:— Deusa, eu te imploro, nos proteja e ajuda a trazer meu sobrinho em segurança! — Supliquei sentindo a brisa de vento acariciar minha face. — Obrigada, Lua.Suspirei determinada, sai do quarto vendo-o também limpo em sua forma lupina passar os pelos por minhas mãos, me mutei ficando ao seu lado esfregando o focinho em seu pescoço.— Vamos trazer nosso filhote de volta! — Rosnou o Alfa determinado, já aos portões da alcateia sinalizando a todos os lobos. — A prioridade é meu filhote, só sairemos de lá com ele, qualquer recua por covardia será punido com a morte!Os lobos uivaram em agitação.— VAMOS! — Rugiu o lobo prateado imponente fazendo todos correrem olhando para aurora boreal que indicava parte do caminho.— Alfa? Como saberemos como caminhar pelo labirinto? — Pergun
Transformei-me novamente na forma lupina, e juntos corremos velozmente. Parei abruptamente ao lado do corpo do Alfa quando um rugido estridente ecoou pelo labirinto, fazendo o chão tremer como se algo colossal estivesse se aproximando.— Yali... — sussurrou o Alfa entre as presas — Por aqui!Ele nos guiou por um caminho alternativo no labirinto, enquanto corremos em seu rastro, percebendo que as paredes se fechavam, braços sombrios tentando nos agarrar.— MALDIÇÃO! — rugiu o rei Lycan. — Certo, vou distrair a Yali; vocês continuem seguindo o rastro de sangue.— O que é essa criatura? — perguntei confusa.— É um grifo gigante, geralmente é uma protetora... parece que está guardando o local! — explicou o lobo jovem.— Então ela é o obstáculo até meu sobrinho. Ótimo, vamos matá-la! — declarei determinada.— Não, a grifo é uma criatura extremamente forte. Eu vou atrasá-la para que vocês possam passar. — rosnou o Alfa.— Por que não a matamos? — o encarei.— Se essa criatura está aqui, sig
Sorri entre as presas, correndo em sua direção, mas ela foi mais rápida e desviou do meu golpe com as garras, saindo correndo. Comecei a caçá-la ao redor da cabana, irritada por sua covardia. Lancei meus olhos ao Alfa, que iniciava seu confronto com Walker, enquanto Lambert adentrava a cabana em busca do filhote!— Pare de fugir, presa. Eu vou te destroçar! — Brandi, abocanhando o rabo da loba e puxando com força para trás.Ela grunhia apavorada, tentando revidar as mordidas. Coloquei mais pressão no maxilar, rasgando no alto de sua bunda e perfurando suas costelas com as garras.— Você não compreende, humana. Eu precisei fazer tudo isso... Por culpa do Alfa, perdi o meu lobo destinado, o meu companheiro e amor de vida! — O tom embargado de Victoria me fez soltá-la e encarar.— Do que está falando? Seu lobo queria tomar o lugar de alfa, era fraco, por isso morreu! — Rosnei, cuspindo no chão o sangue dela que estava em minha boca.— O rei Lycan podia tê-lo expulsado sem o matar; porém,
— Não, eu a matei! — Avancei alguns passos, assumindo a situação e encarando minha Luna, que permanecia estática, sem coragem de assumir seus atos.— Como pôde matar minha tia assim? Ela tinha razão; você é mesmo um lobo amaldiçoado sem coração! — Conan cuspiu as palavras, erguendo-se do chão e transformando-se em sua forma lupina.Fiquei surpreso com seu domínio na transformação. Ele veio para cima de mim, tentando me abocanhar. Sophie se interpôs, recebendo a mordida em seu braço humano e caindo no chão com um grito, segurando o local ferido.— Tia! Eu não quis te machucar... — Conan voltou à forma humana, agachando-se em frente à tia, lambendo sua ferida e segurando seu braço. — Por que entrou na frente? Por que o defende?— Estou bem, meu valente. Há muito a ser explicado e revelado, mas não aqui... Não é seguro! — Ela acariciou sua face, puxando-o forte para um abraço apertado. — Me perdoe, meu filho, me perdoe por não o ter protegido, por não ter estado aqui. Eu o amo tanto!— A
POV: SOPHIEEra um sonho ouvir suas gargalhadas com a boca cheia de bolo e os olhos marejados; sua leveza e suavidade preenchiam meu coração. Conan estava aqui, de volta ao lar, de volta para os meus braços, onde o apertava com medo de perdê-lo novamente!— Tia, você está fazendo de novo! — Ele falou, ainda rindo.— Fazendo o que? — Arqueei as sobrancelhas, divertida.— Me encarando, eu já disse, estou bem! — Conan revirou os olhos, como a Agatha fazia quando algo a aborrecia.Gargalhei com tamanha semelhança; meu sobrinho me encarava franzindo o cenho, tentando compreender o motivo da graça.— Que tal irmos ao lago sagrado? Preciso me curar, e você, rapazinho, necessita de um banho. — Cutuquei seu nariz, idêntico ao do pai.— Lago sagrado? — Ele parecia curioso e ao mesmo tempo, receoso. — Por que temos que ir até lá?— Não se preocupe, meu pequeno valente, é apenas um lago abençoado pela Deusa Lua, onde o poder de cura é mais intenso... Por sermos híbridos, nossa cicatrização não é
— Conan! — Gritei, trazendo o seu olhar furioso para mim. — Seu pai não é o seu inimigo, muita coisa aconteceu e muitas mentiras foram contadas, mas não somos seus inimigos!— Tem certeza? — Ele semicerrou os olhos, voltando a encarar o Rei Lycan.— Deixe-o extravasar esta raiva... — Harvey falou preguiçoso. — Me ataque, filhote!— O que? Você é maluco? — Rosnei irritada, ainda entre os dois. — Vocês não vão brigar, eu não permito!Rindo, o Alfa balançou a cabeça de um lado para o outro.— Conan, você me odeia? — O Rei Lycan perguntou descontraído, mas sua voz estava carregada e afiada.— Por culpa sua minha mãe morreu, assim como a minha tia Victoria. Sim, eu o odeio! — Brandou o filhote de volta para o pai.— Temos uma arena de luta e treinamento no alto da montanha. Como o seu rei, eu lhe concedo um desafio onde me enfrentará, podendo descontar todo o seu ódio sobre mim. — Harvey falou, lançando um desafio.— Até a morte? — Meu sobrinho perguntou, com um cintilar tenebroso nos olho
Sorrindo, ele estocou mais vezes nos fazendo chegar juntos ao clímax. Selando nossos lábios, Harvey nos puxou de volta para água lavando nossos corpos de forma delicada em silencio.— Por que aceitar o desafio? — Indaguei, finalmente quebrando o silêncio.— Conan exibe todos os traços de um alfa; respondemos apenas ao poder, e é crucial que isso seja demonstrado. — O rei Lycan sorriu.— Você apreciou o confronto, não é verdade? — Virei-me para encará-lo, afastando-me das mãos que cuidavam dos meus cabelos. Semicerrei os olhos ao analisar suas feições impressionantes. — Sentiu orgulho!— Por que não sentiria? O pirralho desafiou seu alfa e pai, mesmo sabendo que minha força é superior... Um pouco de rebeldia e tolice, no entanto, isso prova que ele não é um covarde. — O alfa deu de ombros.— Você não pode estar falando sério... — Rosnei, massageando as têmporas. — Não quero que se odeiem, por favor, já passamos por tanto!— Jamais irei odiar meu filhote, não tenha esses pensamentos hum
Um rugido ensurdecedor ecoou do quarto do Rei Lycan, indicando que a fera havia assumido o controle. Ergui minha cabeça da beira da cama de Conan, alarmada. Ele segurava meus braços com firmeza, suas presas à mostra, revelando seu temor.— Está tudo bem, nada vai te acontecer... Fique aqui! — Tentei acalmá-lo, acariciando sua face.— Não vá, é perigoso... Ele está possuído pelo demônio das sombras! — Conan disse apreensivo, mantendo seu aperto forte em meu braço, evidenciando sua notável força.— Meu corajoso, precisa confiar em mim... Sem querer me vangloriar, sou uma bruxa extremamente poderosa, e a fera não é nada comparada a mim! — Pisquei para ele, buscando um tom mais descontraído. — Fique aqui; ao menor sinal de perigo, corra e se esconda, camufle seu cheiro... Você consegue fazer isso?Ele assentiu, mordendo os lábios, um hábito que eu também tinha quando nervosa.— Este é meu garoto. — Cutuquei seu nariz quando outro estrondo ecoou do quarto do meu companheiro, indicando mais