POV: HARVEYConan me acompanhava na forma humana até o início da floresta, sua hostilidade era palpável, meu lobo interior rosnava em desafio ao dele. Não estava disposto a aceitar a manipulação e quebra de conexão que as sombras haviam estabelecido entre o filhote e eu!— Eu também odiava o meu pai... — Falei, chamando sua atenção.— Hunf, então somos mais parecidos do que gostaria! — Ele deu de ombros ríspido. Sorri com sua postura rebelde, a mesma que me lembrava a mim mesma.— Quando você era apenas um pequeno filhote, tínhamos uma boa conexão. Bastava um olhar para compreender suas emoções... — Parei de falar, encarando-o, e transformei-me em lobo. — Transforme-se; espero que consiga me acompanhar!— Aonde vamos? — Conan arqueou as sobrancelhas, desconfiado.— Não se preocupe, filhote, não lhe farei mal... Não quero despertar a fúria de sua tia! — Ri, irônica.Revirando os olhos, ele se transformou em sua forma lupina. Seus pelos eram brancos como a neve, semelhantes aos de Sophi
POV: SOPHIECaminhei por entre a alcateia, ultrapassando os portões e dirigindo-me ao acampamento das Succubus, que se apresentavam inquietas, ásperas e menos exuberantes. Algo claramente não estava certo; notei algumas delas no chão, gemendo de dor, enquanto outras pareciam mais magras, como se estivessem desnutridas.— O que houve aqui? — Murmurei para mim mesma, dirigindo-me à tenda de Nyxara.Farejei o ambiente; as nuances de desejo e poder estavam intensas e concentradas apenas ali, mas o odor de desespero também se fazia presente.— Nyxara? Sou eu, precisamos conversar. — Falei à entrada da tenda, aguardando alguma resposta. Nada foi declarado de volta; rosnei, entrando.A encontrei estática, olhando para o nada, parecendo distante, com o cálice em mãos, e muitas garrafas vazias espalhadas pelo chão.— Succubus? — Encostei em seu ombro, fazendo-a saltar assustada. — Você está bem?— A fera era incansável, insaciável, tanto poder... Tantos desejos, tanta intensidade! — Ela falava
Todos nos acomodamos na sala; eu escolhi o assento ao lado da cadeira do Alfa, enquanto Morgana, Elara e Selena se posicionaram um pouco mais afastadas, talvez para garantir suas seguranças. Oliver ficou ao lado direito, assumindo o papel de um verdadeiro beta, e aguardamos a chegada do rei Lycan.— Não podemos adiantar o assunto? — indaguei, encarando todos na sala. — Parece que todos aqui sabem do que se trata, menos eu!Rosnei impaciente, provocando sorrisos em Morgana e Elara diante da minha postura.— A criamos como bruxa, mas seu lado loba sempre predomina! — Morgana sorriu divertida.— Não se pode tirar um lobo de uma híbrida. — Brincou Elara, piscando.— É um novo ditado? — Riu Selena.— Vocês estão muito bem-humoradas diante da situação que teremos que enfrentar! — Rosnou o Alfa, adentrando a sala com seus passos imponentes, fazendo todos se levantarem em reverência. — Sente-se!Assim o fizeram.— Os ancestrais a alertaram, não foi, bruxa reclusa? — Rosnou afiado o rei Lycan
— A primeira punição ao Rei das Sombras, quando matou um dos seres criados por seus irmãos, foi a prisão eterna em seu domínio. — Morgana se aproximou de mim, sentando-se ao meu lado e segurando minhas mãos entre as dela. — Ele não tinha como sair de lá, tampouco suas criaturas conseguiam..., Mas o desequilíbrio causado pelo Destino tornou tudo isso possível.— O Rei Sombra viu a grande oportunidade, o receptáculo perfeito: filhote de um alfa amaldiçoado poderoso, filho de uma gêmea da lenda, sobrinho de uma híbrida e descendente direto do poder puro dos ancestrais e bruxas reclusas. — Elara completou, suspirando. — Ele sabia que sua alma, sem um recipiente, não conseguiria sair de sua prisão, mas um corpo forte com a alma moldada como a de Conan tornaria isso possível!— Mesmo que ele tivesse que reduzir o tamanho de sua essência para que ela se desenvolvesse junto à alma do filhote! — Completou Morgana.— Espera aí, vocês estão me dizendo que as sombras sequestraram meu sobrinho ain
O dia transcorreu de maneira serena, repleto de brincadeiras e risos, e eu relutava em me afastar do meu pequeno valente. Conan era mais do que um simples parentesco; ele representava minha força, meu orgulho e meu amor mais profundos. Era como se ele fosse meu filho de coração, uma parte intrínseca de mim.— Ok, tia, eu desisto. Você tem mais energia do que eu! — brincou Conan, jogando-se exausto ao chão após uma maratona de brincadeiras. Estávamos encharcados da cachoeira, cobertos de folhas resultantes das risadas e rolos no chão da mata.— Agora, quem é a velha aqui? Hein? — cutuquei-o com o focinho, fazendo-o gargalhar.— Eu peguei leve com você, não queria que machucasse a coluna. — ele brincou, ainda rindo. — Este dia foi incrível, tia. Espero que possamos ter mais momentos assim.Uma pontada de dor apertou meu peito enquanto observava Conan relaxado, rolando de um lado para o outro em sua forma lupina, sereno, único e belo.— Conan? — chamei, mantendo o tom sério. — Seja forte
Parei, encarando seus olhos semicerrados, percebendo a aflição refletida neles. Harvey compartilhava da mesma angústia, sentindo a dor e desespero do filhote. Ele se continha, resistindo ao ímpeto de rasgar as bruxas que tentavam nos ajudar.— Que droga, ele nunca mais confiará na gente! — Abracei Harvey, as lágrimas misturando-se às minhas.— Daremos um jeito nisto. — O alfa murmurou, acariciando meus cabelos.Mais raios de poder foram direcionados ao corpo de Conan, que tremia compulsivamente. O céu escurecia ainda mais, como uma enorme sombra se aproximando.— Rei Lycan! — Gritou Morgana.— Merda! — Rugiu o alfa, transformando-se em sua forma lupina.— O que foi? — O encarei, secando meus olhos.— O rei Sombrio percebeu o que estamos fazendo, fique em alerta! — Ele instruiu.Gargalhadas sombrias ecoavam no local, misturadas a sussurros maléficos. O ar ficou denso, impregnado com um odor podre, enquanto criaturas escuras pairavam como vultos nos céus e entre as montanhas. O chão com
— Hibrida? — Morgana chamou minha atenção, entregando-me um colar de Orcs e abaixando-se diante de mim. — Durante a extração que não deu certo, Elara conseguiu arrancar um pequeno fragmento da alma sombria dele, prendendo-o na pedra. Creio que a ideia dela era salvar alguma parte dele.Segurando a pedra na palma da minha mão, observei sua transparência e a luz que se movia dentro dela. Fechei os olhos, apertando-a nas mãos, na esperança de sentir um pequeno fragmento de sua presença.— Não perca as esperanças! — a bruxa reclusa levantou-se, inclinando o queixo para Selena, que gritava desesperada. — Ela precisa de nós.Assenti, levantando-me e indo até minha amiga. Sentei-me ao seu lado, envolvendo-a em meus braços em um abraço apertado.— Eu sinto muito. — Falei a meia-voz, permitindo que nossa dor e lágrimas se misturassem.— Por que ela não se afastou? Não lançou magia contra ele? — Selena saiu dos meus braços para me encarar. — Por que ela não se defendeu?— Ela queria chegar pert
— Você é tão bela, humana. — Ele rosnou suavemente em meu ouvido. — Eu anseio por você sempre!Sorri, mordiscando delicadamente seu pescoço em resposta.— Mostre-me o quanto deseja... — Provoquei, desafiante.Rosnando, Harvey abocanhou meus seios, percorrendo a língua pelos mamilos, alternando entre carícias, mordidas e sussurros. Cada contato provocava arrepios, suas investidas se tornavam mais intensas, e eu envolvi minhas pernas ao redor de seu quadril, aprofundando a conexão. Geme alto ecoou com a crescente intensidade, culminando em um clímax uníssono.— Agora estamos prontos para a batalha. — Rugiu o alfa em meu ouvido.— Partiremos agora? — Arqueei as sobrancelhas.O rei Lycan me beijou, apoiando os braços ao lado do meu pescoço, olhando-me intensamente por um momento.— Se quisermos resgatar Conan, precisamos partir... Curamos o suficiente para alcançá-lo. — Ele respondeu, ainda próximo. — Humana, se dependesse dos meus desejos, nosso filhote nunca teria sofrido. Seríamos uma