Todos nos acomodamos na sala; eu escolhi o assento ao lado da cadeira do Alfa, enquanto Morgana, Elara e Selena se posicionaram um pouco mais afastadas, talvez para garantir suas seguranças. Oliver ficou ao lado direito, assumindo o papel de um verdadeiro beta, e aguardamos a chegada do rei Lycan.— Não podemos adiantar o assunto? — indaguei, encarando todos na sala. — Parece que todos aqui sabem do que se trata, menos eu!Rosnei impaciente, provocando sorrisos em Morgana e Elara diante da minha postura.— A criamos como bruxa, mas seu lado loba sempre predomina! — Morgana sorriu divertida.— Não se pode tirar um lobo de uma híbrida. — Brincou Elara, piscando.— É um novo ditado? — Riu Selena.— Vocês estão muito bem-humoradas diante da situação que teremos que enfrentar! — Rosnou o Alfa, adentrando a sala com seus passos imponentes, fazendo todos se levantarem em reverência. — Sente-se!Assim o fizeram.— Os ancestrais a alertaram, não foi, bruxa reclusa? — Rosnou afiado o rei Lycan
— A primeira punição ao Rei das Sombras, quando matou um dos seres criados por seus irmãos, foi a prisão eterna em seu domínio. — Morgana se aproximou de mim, sentando-se ao meu lado e segurando minhas mãos entre as dela. — Ele não tinha como sair de lá, tampouco suas criaturas conseguiam..., Mas o desequilíbrio causado pelo Destino tornou tudo isso possível.— O Rei Sombra viu a grande oportunidade, o receptáculo perfeito: filhote de um alfa amaldiçoado poderoso, filho de uma gêmea da lenda, sobrinho de uma híbrida e descendente direto do poder puro dos ancestrais e bruxas reclusas. — Elara completou, suspirando. — Ele sabia que sua alma, sem um recipiente, não conseguiria sair de sua prisão, mas um corpo forte com a alma moldada como a de Conan tornaria isso possível!— Mesmo que ele tivesse que reduzir o tamanho de sua essência para que ela se desenvolvesse junto à alma do filhote! — Completou Morgana.— Espera aí, vocês estão me dizendo que as sombras sequestraram meu sobrinho ain
O dia transcorreu de maneira serena, repleto de brincadeiras e risos, e eu relutava em me afastar do meu pequeno valente. Conan era mais do que um simples parentesco; ele representava minha força, meu orgulho e meu amor mais profundos. Era como se ele fosse meu filho de coração, uma parte intrínseca de mim.— Ok, tia, eu desisto. Você tem mais energia do que eu! — brincou Conan, jogando-se exausto ao chão após uma maratona de brincadeiras. Estávamos encharcados da cachoeira, cobertos de folhas resultantes das risadas e rolos no chão da mata.— Agora, quem é a velha aqui? Hein? — cutuquei-o com o focinho, fazendo-o gargalhar.— Eu peguei leve com você, não queria que machucasse a coluna. — ele brincou, ainda rindo. — Este dia foi incrível, tia. Espero que possamos ter mais momentos assim.Uma pontada de dor apertou meu peito enquanto observava Conan relaxado, rolando de um lado para o outro em sua forma lupina, sereno, único e belo.— Conan? — chamei, mantendo o tom sério. — Seja forte
Parei, encarando seus olhos semicerrados, percebendo a aflição refletida neles. Harvey compartilhava da mesma angústia, sentindo a dor e desespero do filhote. Ele se continha, resistindo ao ímpeto de rasgar as bruxas que tentavam nos ajudar.— Que droga, ele nunca mais confiará na gente! — Abracei Harvey, as lágrimas misturando-se às minhas.— Daremos um jeito nisto. — O alfa murmurou, acariciando meus cabelos.Mais raios de poder foram direcionados ao corpo de Conan, que tremia compulsivamente. O céu escurecia ainda mais, como uma enorme sombra se aproximando.— Rei Lycan! — Gritou Morgana.— Merda! — Rugiu o alfa, transformando-se em sua forma lupina.— O que foi? — O encarei, secando meus olhos.— O rei Sombrio percebeu o que estamos fazendo, fique em alerta! — Ele instruiu.Gargalhadas sombrias ecoavam no local, misturadas a sussurros maléficos. O ar ficou denso, impregnado com um odor podre, enquanto criaturas escuras pairavam como vultos nos céus e entre as montanhas. O chão com
— Hibrida? — Morgana chamou minha atenção, entregando-me um colar de Orcs e abaixando-se diante de mim. — Durante a extração que não deu certo, Elara conseguiu arrancar um pequeno fragmento da alma sombria dele, prendendo-o na pedra. Creio que a ideia dela era salvar alguma parte dele.Segurando a pedra na palma da minha mão, observei sua transparência e a luz que se movia dentro dela. Fechei os olhos, apertando-a nas mãos, na esperança de sentir um pequeno fragmento de sua presença.— Não perca as esperanças! — a bruxa reclusa levantou-se, inclinando o queixo para Selena, que gritava desesperada. — Ela precisa de nós.Assenti, levantando-me e indo até minha amiga. Sentei-me ao seu lado, envolvendo-a em meus braços em um abraço apertado.— Eu sinto muito. — Falei a meia-voz, permitindo que nossa dor e lágrimas se misturassem.— Por que ela não se afastou? Não lançou magia contra ele? — Selena saiu dos meus braços para me encarar. — Por que ela não se defendeu?— Ela queria chegar pert
— Você é tão bela, humana. — Ele rosnou suavemente em meu ouvido. — Eu anseio por você sempre!Sorri, mordiscando delicadamente seu pescoço em resposta.— Mostre-me o quanto deseja... — Provoquei, desafiante.Rosnando, Harvey abocanhou meus seios, percorrendo a língua pelos mamilos, alternando entre carícias, mordidas e sussurros. Cada contato provocava arrepios, suas investidas se tornavam mais intensas, e eu envolvi minhas pernas ao redor de seu quadril, aprofundando a conexão. Geme alto ecoou com a crescente intensidade, culminando em um clímax uníssono.— Agora estamos prontos para a batalha. — Rugiu o alfa em meu ouvido.— Partiremos agora? — Arqueei as sobrancelhas.O rei Lycan me beijou, apoiando os braços ao lado do meu pescoço, olhando-me intensamente por um momento.— Se quisermos resgatar Conan, precisamos partir... Curamos o suficiente para alcançá-lo. — Ele respondeu, ainda próximo. — Humana, se dependesse dos meus desejos, nosso filhote nunca teria sofrido. Seríamos uma
— Fiquem em alerta, não estamos sozinhos. — Rosnou o alfa, farejando o entorno.Fiz o mesmo, olhando para o céu e avistando o vulto da bruxa sombria, cuja risada ecoou logo depois.— Olha só, visitas em nossa ilustre casa... — A bruxa sombria falou divertida, invadindo o ambiente com sua escuridão. Seus olhos opacos estavam ainda mais drenados, a pele mais deteriorada, com veias escuras saltando do pescoço.— Você está péssima, bruxa! — Provocou o rei Lycan.— Lobo amaldiçoado, nunca estive melhor... E seu filho, como vai? Ah, sim, tornou-se um fantoche de nosso rei! — Ela gargalhou, provocando um rosnado alto de minha parte, exibindo minhas presas. — Ora, ora, Luna... Se acalme, logo você se juntará a nós!— O que quer dizer com isso? — Brandou o Alfa.— Como pode ver, minha casca não suporta mais meus poderes, preciso de uma nova. — A bruxa sombria se divertia. — E agora que o rei Sombra conseguiu um brinquedo mais poderoso que você, hibrida, posso usá-la como bem entender!— Só por
POV: HARVEYNos aproximamos da bruxa, e Sophie encontrava-se quase desacordada; emitimos um rugido ensurdecedor.— Fera, não a machuque! — Alertei a criatura, enfatizando a importância de não tocar em minha Luna.— Não tenho interesse em matá-la, mas a bruxa... Ah, com ela vamos nos divertir! — Rugiu a fera em minha mente, ansiosa.Na nossa forma de lobisomem, éramos possuídos pelo demônio feroz, sedento por sangue e guerra. A bruxa sombria estremeceu sutilmente, convocando diversas criaturas das trevas para nos atacar, numa tentativa desesperada de impedir nosso avanço em direção a ela!— Detenham-nos! Preciso de tempo com a Híbrida! — Gritou a bruxa sombria.— Nem pense nisso! — Brandei, saltando sobre as criaturas e parando diante da loba, que lutava para não desmaiar completamente.— Alfa... — Sophie balbuciou com dificuldade.— Não se preocupe, iremos protegê-la! — Apesar do misto de vozes, ela sorriu ao perceber que a Fera e eu trabalhávamos em conjunto.— Se quiser minha compan