O dia transcorreu de maneira serena, repleto de brincadeiras e risos, e eu relutava em me afastar do meu pequeno valente. Conan era mais do que um simples parentesco; ele representava minha força, meu orgulho e meu amor mais profundos. Era como se ele fosse meu filho de coração, uma parte intrínseca de mim.— Ok, tia, eu desisto. Você tem mais energia do que eu! — brincou Conan, jogando-se exausto ao chão após uma maratona de brincadeiras. Estávamos encharcados da cachoeira, cobertos de folhas resultantes das risadas e rolos no chão da mata.— Agora, quem é a velha aqui? Hein? — cutuquei-o com o focinho, fazendo-o gargalhar.— Eu peguei leve com você, não queria que machucasse a coluna. — ele brincou, ainda rindo. — Este dia foi incrível, tia. Espero que possamos ter mais momentos assim.Uma pontada de dor apertou meu peito enquanto observava Conan relaxado, rolando de um lado para o outro em sua forma lupina, sereno, único e belo.— Conan? — chamei, mantendo o tom sério. — Seja forte
Parei, encarando seus olhos semicerrados, percebendo a aflição refletida neles. Harvey compartilhava da mesma angústia, sentindo a dor e desespero do filhote. Ele se continha, resistindo ao ímpeto de rasgar as bruxas que tentavam nos ajudar.— Que droga, ele nunca mais confiará na gente! — Abracei Harvey, as lágrimas misturando-se às minhas.— Daremos um jeito nisto. — O alfa murmurou, acariciando meus cabelos.Mais raios de poder foram direcionados ao corpo de Conan, que tremia compulsivamente. O céu escurecia ainda mais, como uma enorme sombra se aproximando.— Rei Lycan! — Gritou Morgana.— Merda! — Rugiu o alfa, transformando-se em sua forma lupina.— O que foi? — O encarei, secando meus olhos.— O rei Sombrio percebeu o que estamos fazendo, fique em alerta! — Ele instruiu.Gargalhadas sombrias ecoavam no local, misturadas a sussurros maléficos. O ar ficou denso, impregnado com um odor podre, enquanto criaturas escuras pairavam como vultos nos céus e entre as montanhas. O chão com
— Hibrida? — Morgana chamou minha atenção, entregando-me um colar de Orcs e abaixando-se diante de mim. — Durante a extração que não deu certo, Elara conseguiu arrancar um pequeno fragmento da alma sombria dele, prendendo-o na pedra. Creio que a ideia dela era salvar alguma parte dele.Segurando a pedra na palma da minha mão, observei sua transparência e a luz que se movia dentro dela. Fechei os olhos, apertando-a nas mãos, na esperança de sentir um pequeno fragmento de sua presença.— Não perca as esperanças! — a bruxa reclusa levantou-se, inclinando o queixo para Selena, que gritava desesperada. — Ela precisa de nós.Assenti, levantando-me e indo até minha amiga. Sentei-me ao seu lado, envolvendo-a em meus braços em um abraço apertado.— Eu sinto muito. — Falei a meia-voz, permitindo que nossa dor e lágrimas se misturassem.— Por que ela não se afastou? Não lançou magia contra ele? — Selena saiu dos meus braços para me encarar. — Por que ela não se defendeu?— Ela queria chegar pert
— Você é tão bela, humana. — Ele rosnou suavemente em meu ouvido. — Eu anseio por você sempre!Sorri, mordiscando delicadamente seu pescoço em resposta.— Mostre-me o quanto deseja... — Provoquei, desafiante.Rosnando, Harvey abocanhou meus seios, percorrendo a língua pelos mamilos, alternando entre carícias, mordidas e sussurros. Cada contato provocava arrepios, suas investidas se tornavam mais intensas, e eu envolvi minhas pernas ao redor de seu quadril, aprofundando a conexão. Geme alto ecoou com a crescente intensidade, culminando em um clímax uníssono.— Agora estamos prontos para a batalha. — Rugiu o alfa em meu ouvido.— Partiremos agora? — Arqueei as sobrancelhas.O rei Lycan me beijou, apoiando os braços ao lado do meu pescoço, olhando-me intensamente por um momento.— Se quisermos resgatar Conan, precisamos partir... Curamos o suficiente para alcançá-lo. — Ele respondeu, ainda próximo. — Humana, se dependesse dos meus desejos, nosso filhote nunca teria sofrido. Seríamos uma
— Fiquem em alerta, não estamos sozinhos. — Rosnou o alfa, farejando o entorno.Fiz o mesmo, olhando para o céu e avistando o vulto da bruxa sombria, cuja risada ecoou logo depois.— Olha só, visitas em nossa ilustre casa... — A bruxa sombria falou divertida, invadindo o ambiente com sua escuridão. Seus olhos opacos estavam ainda mais drenados, a pele mais deteriorada, com veias escuras saltando do pescoço.— Você está péssima, bruxa! — Provocou o rei Lycan.— Lobo amaldiçoado, nunca estive melhor... E seu filho, como vai? Ah, sim, tornou-se um fantoche de nosso rei! — Ela gargalhou, provocando um rosnado alto de minha parte, exibindo minhas presas. — Ora, ora, Luna... Se acalme, logo você se juntará a nós!— O que quer dizer com isso? — Brandou o Alfa.— Como pode ver, minha casca não suporta mais meus poderes, preciso de uma nova. — A bruxa sombria se divertia. — E agora que o rei Sombra conseguiu um brinquedo mais poderoso que você, hibrida, posso usá-la como bem entender!— Só por
POV: HARVEYNos aproximamos da bruxa, e Sophie encontrava-se quase desacordada; emitimos um rugido ensurdecedor.— Fera, não a machuque! — Alertei a criatura, enfatizando a importância de não tocar em minha Luna.— Não tenho interesse em matá-la, mas a bruxa... Ah, com ela vamos nos divertir! — Rugiu a fera em minha mente, ansiosa.Na nossa forma de lobisomem, éramos possuídos pelo demônio feroz, sedento por sangue e guerra. A bruxa sombria estremeceu sutilmente, convocando diversas criaturas das trevas para nos atacar, numa tentativa desesperada de impedir nosso avanço em direção a ela!— Detenham-nos! Preciso de tempo com a Híbrida! — Gritou a bruxa sombria.— Nem pense nisso! — Brandei, saltando sobre as criaturas e parando diante da loba, que lutava para não desmaiar completamente.— Alfa... — Sophie balbuciou com dificuldade.— Não se preocupe, iremos protegê-la! — Apesar do misto de vozes, ela sorriu ao perceber que a Fera e eu trabalhávamos em conjunto.— Se quiser minha compan
POV: SOPHIELutava para manter os olhos abertos enquanto observava a criatura sinistra erguer-se no ar, voando e planando com o Alfa em seus braços. Mesmo em sua forma feral, meu companheiro parecia diminuto diante da imponência da criatura alada que o sustentava no ar. Meus olhos pesavam, e os fechei por um momento. De repente, um estrondo ensurdecedor fez o chão tremer. Ao abri-los novamente, testemunhei o rei Lycan cambalear e falar com dificuldade, dirigindo-se à bruxa.— Precisa se levantar, Hibrida... — uma voz ressoou através da corrente de vento. — Ele não suportará por muito tempo!— Harvey... — sussurrei, tentando erguer meu corpo. Senti a magia rodopiar dos pés à cabeça, acariciando-me de maneira graciosa e dissipando um pouco da sonolência que me afligia.O rugido do Alfa foi estrondoso, seguido por um silêncio que pareceu congelar tudo ao redor. O cheiro de ferrugem tornou-se quase palpável no ar. Virei-me na direção dele, surpreendendo-me ao vê-lo sorrir tão encantador q
Ele lançou o lobo prateado em minha direção, e eu o segurei firme, entoando magia para manter nossos corpos no lugar. Mãos sombrias emergiam da fenda, agarrando as patas da fera e puxando com força; ele rugia, tentando resistir. Harvey agarrou meus braços, ainda com os olhos fechados:— Minha essência... a fera! — Desmaiou novamente, seu fio de vida quase transparente podia ser visto como uma linha, conectando-se à fera.— Eu entendi, alfa, eu entendi... — Beijei sua testa, soltando-o e permitindo que o buraco me puxasse, sentindo a força da fenda.A fera me segurou com força, agarrando meus pulsos.— Você está louca, Hibrida? — Brandou a fera — Será consumida pela escuridão assim que passar pela fenda.Sorri para a criatura, que arregalou os olhos em choque.— Eu vou salvar vocês dois, fecharei a fenda e trarei Nyxara para ficar ao seu lado... Agora eu entendo — Suspirei sorrindo — Você nunca foi a maldição; era a essência do alfa, veio como guardião, mas as sombras o corromperam ant