— Eu não duvido, sua fama precede até o purgatório. — Nyxara se soltou, beijando minhas mãos de forma ousada. — Por que não pode tocar em seu alfa?Virei o cálice que ela erguia em meus lábios, sentindo o corpo relaxar quase instantaneamente, meu corpo formigava como se o desejo massageasse por dentro.— Essa bebida é das boas... — Falei com a voz carregada de embriaguez. — Parece que, graças a vocês, despertaram o desejo da fera, e agora, aquele ser amaldiçoado deseja me tomar como o alfa faz.— Interessante... — Sorriu Nyxara. — A fera quer te machucar ou?— Não, se quisesse me machucar, já teria feito... Sabia que quase morri devido ao ataque da fera? — Gargalhei — Todos sempre tentam me matar.Tombei a cabeça para trás, sentindo as lágrimas rolarem.— Oh, querida, não chore... — Nyxara sentou-se atrás de mim e começou a pentear meus cabelos com os dedos. — Então, está me dizendo que a criatura amaldiçoada tem desejos por você?— Acho que nem mesmo a fera compreende o que sente, po
POV: HARVEYO envolvente aroma de Sophie era verdadeiramente inebriante, aguçando meus sentidos e intensificando ainda mais minha atração por ela. Eu a desejava intensamente, uma necessidade que ardia dentro de mim. No entanto, cada lampejo da minha excitação também despertava a fera que compartilhava esse mesmo desejo.— Covarde, fugindo! — A fera brandou com desdém em minha mente.Mesmo irritado, rosnando em resposta, não sentia vontade de entrar no jogo das provocações. Precisava encontrar uma maneira de controlar aquela criatura intratável. Além de lidar com sua fúria incontrolável, eu estava agora compelido a conter meus próprios desejos sexuais, uma tortura que parecia insuportável.Rugindo alto de frustração, rosnei aos quatro ventos.— Perdendo a cabeça, Alfa? — A fera gargalhou na minha mente. — Não há escapatória; ceda às minhas exigências e prometo não machucar sua humana!— VÁ PARA O INFERNO! — Rugi enfurecido, consumido pelo ciúme e ódio.— Quanto egoísmo, rei Lycan, e as
Franzi a testa, sentindo-me incomodado.— E se eu não confiar? — Inclinei meu corpo para trás, apoiando-me no cotovelo, enquanto deslizava a língua pelos lábios, percorrendo cada centímetro do seu corpo com os olhos. — Não quero que você se arrisque desnecessariamente.Sophie, provocativa, avançou, colocando os braços sobre meus ombros e fazendo seus seios roçarem próximos à minha boca. Rosnei excitado, o que a fez rir.— E se... — ela provocou, interrompendo-me. — Prometer que, ao menor sinal de perigo, vou recuar, sem me colocar em risco. Poderá assim confiar em mim?— Sophie... — Segurei-a pelo queixo, roçando nossos lábios. — Não confio na fera!— Que bom que não sou ela... — Sorriu, beijando-me de forma intensa e apaixonada.Uma leve batida na porta interrompeu nosso momento. Farejando, meus olhos escureceram.— Beta, na sala de reunião! — Rugi enfurecido, sentindo o aroma de pavor do meu subordinado através da porta.— Perdão, meu rei! — Oliver respondeu baixo do outro lado.— V
— Como o Senhor? — Ele estreitou os olhos confusos, então sorriu sem graça. — É um líder muito intuitivo meu rei, me nauseia os demais lobos duvidarem de sua liderança.— Estão com medo das criaturas do purgatório, visto que se alimentam de seus pecados. — Abri uma bebida que ficava ao canto da sala e virei no gargalho. — Victória não será poupada, Beta, mas concederei a forma como deseja que ela morra... Rápido ou lentamente?Oliver congelou no lugar com os ombros pesados caídos, apesar de quase recuperado, sua força parecia significativamente reduzido e ele sabia dos riscos para o seu posto.— Rápido e indolor, meu rei... Obrigado por sua benevolência! — O beta reverenciou — Retomarei aos treinamentos hoje, seguirei com a reparação da alma com as bruxas...— A bruxa... — Sorri, já havia notado o interesse de meu beta na filha de Elara.— Perdão, meu rei? — Oliver arqueou as sobrancelhas em choque. — Eu jamais desacataria nossa...Rosnei alto o fazendo estremecer diante do que falari
POV: SOPHIENão tenho noção do tempo que passei dormindo, mas percebi que foi bastante, felizmente as sombras não conseguiram invadir meus sonhos. Curiosamente, o sonho que experimentei pareceu surpreendentemente real, indo além das fronteiras habituais dos devaneios noturnos.Encontrei-me com um Conan já crescido, com cerca de treze anos, que me conduzia delicadamente até uma gruta oculta onde um deslumbrante lago cristalino aguardava. Divertimo-nos jogando água um no outro, rindo e trocando palavras, até que em determinado momento, ele parou e me fitou com olhos repletos de lágrimas.— Eu queria tanto que você fosse minha mãe! — confessou Conan.— Mas você é como um filho para mim, de coração. — Afaguei sua face — Meu corajoso!— Tia, eu só queria poder brincar com você... Sinto tanto a sua falta, mal aguento mais viver assim, estou quase desistindo. — Expressou ele aflito, abaixando a cabeça, permitindo que as lágrimas escorressem.Aproximei-me, envolvendo-o em um abraço forte e re
— Que criaturas são essas? — Arregalei os olhos, arrepiando-me quando sussurros com palavras maléficas, gritos e gemidos ecoavam pela floresta.— São uma das piores, excelentes para perturbar. São entidades malignas que buscam perturbar e manipular aqueles que encontram, alimentando-se do medo, terror e até mesmo ódio de suas vítimas! — Nyxara suspirou, visivelmente incomodada.— Você veio do purgatório e essas criaturas a incomodam tanto assim? — A encarei, confusa, analisando suas reações.— Não fui sempre uma Succubus, e não fui criada no purgatório, Bruxa... Vocês subjugam as criaturas das sombras e presumem que somos o que somos porque escolhemos ser, infelizmente, o poder de escolha nos foi arrancado! — Ela manteve seus olhos firmes nos meus — Talvez um dia, com um bom cálice dos desejos cheio, possamos conversar sobre o assunto.Sorriu de maneira ousada a Succubus.— Melhor não... — Sorri de volta. — Vamos por aqui, estamos próximas à cabana.Guiamos todo o caminho pensando nas
Suas mãos habilidosas puxaram minha camisola, rasgando-a sem dificuldades. Mordi a ponta de sua língua provocativa, fazendo-o rosnar excitado. Com um movimento firme, ele me colocou deitada na cama, mordendo a ponta da orelha e seguindo seu percurso até alcançar meus lábios, onde mordeu o lábio inferior, sugando-o. Seus lábios desceram pelo pescoço até alcançar os seios.Erguendo o olhar apenas para mostrar o quanto estava predatório, mordi meus lábios desejosa, fazendo-o sorrir sedutor.— Luna, vou fazer a alcateia inteira ouvir o quanto você me pertence! — Rosnando, ele abocanhou meu seio enquanto, com a outra mão, apertava o outro de forma possessiva.Agarrei seus cabelos ansiando por mais, enquanto ele sugava o bico dos meus seios. Harvey raspou os dentes de forma leve, fazendo o local arder, e assoprou em seguida. Estremeci em excitação. Sua mão ligeira caminhou por minha barriga, parando em minha intimidade molhada, que implorava por seu contato. Brincando intencionalmente, ele
Sorrindo, nos transformamos em lobos, lançando-nos na corrida pela floresta para libertar nossos instintos selvagens que ecoavam em necessidade de movimento. O lobo prateado encarou-me de maneira predatória, inclinando o focinho em direção ao coração da floresta, dando a vantagem para a perseguição e a caça!O jogo tornou-se eletrizante. Comecei a correr, utilizando a cor da minha pelagem como uma vantagem estratégica para me camuflar na brancura da neve. Cada passo era uma fusão íntima com a textura fria e úmida, sentindo a maciez branca ceder gentilmente sob as minhas patas fortes. A frescura única da neve abraçava-me, suas partículas geladas entrelaçando-se nos densos pelos das minhas pernas, criando cristais brilhantes à medida que avançava.Deslizei sorrateiramente sob um tronco de árvore caído, escondendo-me. Rugidos ecoaram, mas não eram provenientes das patas do Alfa, um lobo sorrateiro que se movia com sutileza, quase imperceptível em suas investidas. Rosnei de surpresa ao se