Decadente

O som estridente da campainha ecoou pelo apartamento, despertando e assustando Paulina. Acendeu a luz e olhou o relógio. Quem apareceria às dez da noite e subiria sem ser anunciado pelo porteiro? Só Mirela tinha essa liberdade, mas nunca aparecera naquele horário. Se fosse a Salvatore esperava que Simon estivesse em casa. Ele avisara que demoraria a chegar e ela não precisava espera-lo.

Bocejando sonolenta, levantou e encaminhou-se para a entrada irritada com o som persistente. A pessoa podia tirar o dedo da campainha, afinal, já gritara que estava a caminho durante praticamente todo o percurso até a porta. Ficou ainda mais espantada quando, ao abrir a porta, encontrou Simon escorado na parede, o dedo afundando o botão da campainha.

Ao vê-la, ele retirou o dedo, escorregou as costas pela parede e sentou no chão, o forte odor de álcool cercando-o e invadindo as narinas da Perez.

— E

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