Será que ele pega a garota de novo sim ou claro?
Seguimos o rastro através do cheiro que captamos no orfanato. Não usamos cavalos, nossas formas lupinas eram mais rápidas e ágeis nesse tipo de missão, e não demoramos mais do que um par de horas para compreender o que estava acontecendo aqui.Há vampiros nas terras que produzem as sombras do rei, estão caçando em Whispering Hollows. Isso nos deixa mais ferozes e ágeis, cada pelo nosso se eriça ao menor som, e conforme o cheiro de morte aumenta nossa fúria também alcança proporções inimagináveis. Quero colocar os dentes neles agora, mal vejo a hora de fechar a mandíbula em suas carnes frias e dilacerar membro por membro, por mais que o gosto seja horrível a matança nos instiga. Provavelmente é algo também envolvendo nossa natureza, e isso ajuda a não pensar no gosto da boceta de Carina em minha língua.Ela estava tão dócil, desfazendo-se em meus braços.Vou fodê-la de todas as formas quando voltar, mas no momento a missão é mais importante. Isso pode ajudar a solucionar o mistéri
Levo um dia para conseguir rastreá-la.Um dia inteiro, fiz a maior parte do caminho em forma de lobo.Isso significa que ela mal parou. O seu cheiro quase desaparece nas trilhas, e eu a teria perdido se estivéssemos numa estação chuvosa.Medo e raiva brigam dentro de mim, há vampiros, vampiros capturando escravos de sangue, e minha garota está perdida na floresta.Então o medo desaparece e eu sou forçado a me lembrar que ela fugiu depois de colocar em risco todos os meus homens, e que Carina não é minha, ainda. Considerando nossa situação, o mais provável é que nunca seja. É na trilha que leva para onde ficava a antiga ponte para Glacial Watch que o seu cheiro fica mais forte, escuto o som de cascos.Intensifico a corrida, lutando contra a exaustão, e a vejo, os cabelos escuros chicoteando as costas. O cavalo empina ao sentir minha presença, assustado, mas ela segura as rédeas. É uma amazona mediana, mas só tivemos uma aula, talvez sem essa única lição a queda fosse inevitável, mas
POV: NATHANIEL Seus olhos brilham num tom violeta mais profundo e então as pupilas dilataram tanto que o preto cobriu quase que por completo suas írises, a raiva brilha em sua expressão tão forte quanto o desejo, e o modo como Carina me puxa para mais um beijo devastador deixam suas intenções bastante claras para mim.Os cabelos emaranhados, a roupa e o rosto imundos, toda a sujeira só alimenta a fera que tenho lutado para conter. Reivindicá-la na floresta, numa cama de folhas é tudo que meu lobo deseja. Disse que vou matá-la, ainda assim suas mãos me puxam para perto e as unhas perfuram minha carne em vez de repelir. Meu aperto aumentou em volta da cintura de Carina, puxando-a para mais perto e ajustando a posição.— Isso não vai mudar as coisas entre nós, ainda quer continuar? A mão livre acaricia coxa da mulher, erguendo uma delas de modo que as pernas um pouco abertas me permitem um pouco mais de atrito. Como a saia está levantada e não há nada por baixo, a ponta do meu pau
POV: NATHANIELAs costas delas se arqueiam, meu peito a esmaga e força seu corpo a ficar embaixo de mim, imóvel, mesmo com seu interior se contraindo de tal forma que tudo o que Carina precisa é de liberação. Saio por completo antes de me enterrar nela de novo, forte, rápido. Sentir seu interior apertado se esticando para me receber e então ordenhando meu pau me deixam no limite, mas não quero acabar com isso agora.As mãos dela se movem para meu peito, as duas, entendo isso como um sinal para conter a intensidade dos movimentos, paro de me mover e permito que meu polegar deslize pelo clitóris inchado. Ela geme de novo e eu a beijo, silenciando qualquer som diferente dos ruídos molhados. — É grande demais, Nate. Ao ouvir essas palavras, não posso deixar de rir. O polegar volta a trabalhar no ponto inchado até que os gemidos se transformam em soluços e é ela se movendo em minha direção, implorando por mais contato.— Sim, e você vai pegar tudo que eu te der. Não vai? Não há palavr
POV: NathanielColocar as mãos nela foi um erro.Aconteceu rápido demais, talvez o problema seja este, e por isso sinto que não tive o suficiente. Não, é mentira, estou tentando me convencer para desistir da tolice de mantê-la, mas não consigo. A visão dela agarrando a coleira me irrita tanto, Carina quer fugir de novo, e nos próximos dias darei ainda mais motivos para que esse desejo aumente. Eu a observo em silêncio enquanto se debate, até que finalmente ela volta a olhar para mim, seus olhos imploram em total desespero uma resposta.—Eu não posso,— minha voz soa suave, mas firme. Tenho que treinar isso, a suavidade não é mais permitida entre nós. A verdade é que o meu interesse por ela é real, justamente por por essa razão minha escolha é tão clara. —Eu não posso te deixar ir — repito, aproximando-me da cama.O cadeado que prende a corrente no móvel é grosso, a recusa a descontrola. Ela está assustada, vulnerável, e tudo em mim quer puxá-la para perto e garantir que está s
Acordo no acampamento com a boca seca e sinto cada parte do meu corpo doer terrivelmente.Estou fedendo, muito, mas as cordas sumiram. Minha cabeça está zonza e o peso do metal segue no meu pescoço, a coleira não sumiu. Reconheço a sensação provocada pelos restos da erva que usei contra os homens do rei em meu organismo. Deve ter me transportado todo o percurso desacordada. —A garota… É a voz de Embry que escuto, não está irritado, mas deveria. —Já estou cuidando disso, Embry. Prepare a carroça dos prisioneiros. O som dos passos se afastam, mudam de rumo e voltam. Não consigo ignorar o quão tola fui na floresta.Ele me quer, mas não me ama, claro que não me deixaria ir. É exatamente como meus pais, os dois me queriam, mas não me amavam, por isso fiquei tanto tempo na torre. O tecido se abre, a luz do sol entra e eu viro o rosto, pois fere meus olhos. Vejo primeiro as botas, então a calça preta e o casaco de peles grosso. Ele para por alguns segundos antes de se inclinar para
POV: Carina {15 anos de idade}Estou sozinha na torre, de novo, mamãe me deixou ali depois de horas treinando caligrafia. Um desastre completo, ela disse. O silêncio o só é quebrado pelo som dos meus próprios soluços, abafados pelo travesseiro. Faltam poucos dias para o meu aniversário de dezesseis anos, mas não há alegria em mim. Detesto o papel de parede, os ladrilhos esculpidos à mão, o dossel, e os lençóis de seda manchados de sangue. Cada movimento faz a dor nas minhas pernas latejar, ela nunca tinha ido tão longe antes. Minha caligrafia é ruim. Tenho uma vida confortável, cheia de mimos e luxo, e todo tempo disponível para me dedicar, ainda assim minha califrafia não melhora.Minhas mãos tremem sempre que seguro a caneta tinteiro, e minha mãe não tolera imperfeições. Regular, ela disse, e regular não basta, precisa ser perfeito. O chicote nas mãos dela foi implacável, ela só parou quando minhas panturrilhas começaram a sangrar. Saiu resmungando sobre buscar o remédio para
Meu coração salta ao ver Charles entrar no quarto. Eu quero gritar, empurrá-lo para fora e implorar para meus pais não o deixarem voltar, mas os dois estão com ele agora, encarando-me com um sorriso complacente. Nunca me visitam juntos, pelo menos não tenho lembrança de que o façam.Por mil demônios, há algo acontecendo, e estou com medo.Olho por cima do ombro do meu pai apenas para ver meu reflexo no espelho, tão parecido com minha mãe.A cada dia que passa a semelhança aumenta, e a cada dia que passa o modo como sou tratada também piora, mas a culpa é minha.Falho demais mesmo tendo tudo.Minha caligrafia é mediana, minha habilidade com números é mediana, e minha memória é terrível. Talvez se eu fosse mais esperta eles me amassem mais, como fazem com Charles, pois o deixam sair, diferente de mim. Sou uma vergonha em muitos aspectos, então não é estranho que mantenham a mancha escondida. —Trouxe um presente. Cheguei de viagem hoje, preciso de um banho mas não pude esperar para ve