Capítulo 15
Lukke Rock

Estava sentado no sofá do hotel, encarando a vista de São Paulo através da janela, uma mistura de prédios cinzentos e o céu alaranjado pelo final de tarde. O cigarro pendia nos meus lábios, liberando pequenas espirais de fumaça que dançavam no ar. Na outra mão, uma dose de tequila. O líquido desceu queimando pela garganta enquanto eu pensava no que diabos estava fazendo com a minha vida. " quase 30 anos, porra", pensei.

Antes que pudesse me afundar mais nesse devaneio, a porta do quarto se abriu com um estrondo. Era Stella, sempre abrupta, acompanhada de Arthur, como de costume. Ela não perdeu tempo, marchou até mim, pegou o cigarro da minha boca e o apagou sem cerimônia no cinzeiro.

— Isso é uma porcaria, Lukke! Já falei que você devia parar com essa merda — disse ela, o olhar furioso, mas preocupado.

Revirei os olhos, como sempre. Já estava acostumado a esse teatrinho dela.

— Boa tarde pra você também, Stella — murmurei, tomando outro gole da tequila enquanto ela
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