Atena GodoyAssim que Lukke saiu, soltei um suspiro longo e pesado. Isaac, que estava sentado no sofá, me olhou com as sobrancelhas arqueadas, claramente tentando segurar um sorriso.— Ele é um babaca, Atena — disse Isaac, balançando a cabeça.Concordei com um aceno de cabeça, cruzando os braços e encarando o chão.— Sim, ele é. Mas, pelo menos, não foi um escroto completo. Não igual àquela vagabunda da assessora dele. — Fiz uma careta só de lembrar da cara de superioridade daquela mulher.Isaac soltou uma risada divertida.— Você realmente pegou ranço dela, hein?— Peguei mesmo! — exclamei, jogando as mãos para o alto. — Eu odeio gente como ela. Arrogante, prepotente, acha que o mundo gira ao redor dela só porque trabalha com um famoso. Gente assim me dá nos nervos.— Você sabe que está exagerando, né? — Isaac disse, com um sorriso meio debochado. — Quer dizer, sim, ela foi grossa, mas vai ver é só o jeito dela de lidar com as coisas.— Não é só isso — respondi, andando de um lado pa
Mais tarde, depois de todo o estresse daquele dia, Isaac decidiu pedir serviço de quarto. Eu estava sentada na cama, rolando pelo celular sem prestar muita atenção, enquanto ele terminava de fazer o pedido. Tudo o que eu queria era relaxar um pouco e esquecer o que havia acontecido com Lukke e Stella, mas minha mente estava a mil.— Pedido feito — disse Isaac, se jogando no sofá do outro lado do quarto. Ele me olhou de soslaio, como quem analisava meu humor.— Eu tô com fome — murmurei, largando o celular de lado e cruzando os braços.Isaac riu, levantando as sobrancelhas em surpresa.— Milagre! Você nunca come direito — ele provocou. — Achei que fosse viver à base de café e stress.— De vez em quando eu como, tá? — rebati, revirando os olhos. — Às vezes, nem é falta de fome. Só falta de tempo mesmo. Você sabe como é minha rotina.Isaac balançou a cabeça, ainda rindo.— Nostalgia pura, né? Como na época da faculdade. Você sempre correndo de um lado pro outro, eu sempre comendo pizza f
Isaac e eu estávamos quietos até que meu celular tocou. Sem olhar no visor, atendi, achando que fosse meu pai.— Oi, Papi! Ainda está acordado? — perguntei, ouvindo uma risadinha do outro lado da linha.— Eu não sou o seu papai, mas, se quiser, posso ser. — Como aquele idiota conseguiu meu número pessoal?— Como você conseguiu meu número? — perguntei, curiosa.— Sou famoso e tenho meus meios. Soube que a Stella esteve aí no seu quarto, mas não se preocupe, já falei com ela. Estava aqui pensando...— E desde quando você pensa? — soltei, sem filtro. Ele gargalhou, e eu rapidamente me arrependi.— Você nem me conhece, gata.Eu o conhecia melhor do que ele imaginava, mas não ia dizer isso a ele.— Conheço caras como você, e são todos iguais.— Não acredite em tudo que lê por aí. Estava pensando... O que acha de jantar comigo? Conheço um lugar onde ninguém vai encher o saco, e podemos conversar sobre a minha "suposta" filha.A palavra "suposta" me irritou, mas não podia cobrar nada dele. A
Após o jantar, fiz questão de pagar a conta. Lukke soltou uma risada alta e provocadora quando percebeu minha ação.— Nenhuma mulher nunca pagou comida pra mim antes — disse ele, ainda rindo.— Pois agora você não pode mais dizer isso — retruquei, sorrindo de canto enquanto ele me olhava com curiosidade.Enquanto saíamos do restaurante, meu celular vibrou, e vi o nome de Gael na tela. Atendi imediatamente.— Oi, Gael!— Atena, onde você tá? Tá tudo bem? — Ele parecia preocupado, mas era o típico tom de Gael, sempre atento.— Tá tudo bem, não precisa se preocupar. — Olhei para Lukke, que estava distraído, observando o carro.— O que você tá fazendo em São Paulo, hein? — perguntou Gael, sempre curioso.— Quando eu voltar para o Rio, eu te conto. — Respondi com um sorriso, sabendo que ele não ia deixar barato.— O que você tá aprontando? — Ele soltou uma risada, mas havia um tom paternal em sua voz.— Você parece o meu pai falando assim. — Revirei os olhos, mas no fundo, apreciava o cuid
Lukke RockEra estranho estar com uma mulher e não estar por cima dela, ou ela não estar me chupando. Não que eu não quisesse que a ruivinha me desse uma boa lambida, explorando cada parte de mim e eu me forçando dentro da garganta dela, soltando jatos de prazer no fundo. Só de olhar para aquele rostinho perfeito, meu corpo já estava reagindo.— Por que não está falando alguma besteira agora? — a voz dela me trouxe de volta à realidade.— Quer me ouvir falar o quê, gata? Ou prefere que eu faça algo interessante? — Lhe lancei um sorriso malicioso, e ela revirou os olhos.— Vai se foder! — disse ela, e eu gargalhei.— Boquinha suja, hein? Gosto disso — respondi, me divertindo.— Vamos, preciso voltar para o meu quarto e arrumar minhas coisas. Amanhã já estou de volta ao Rio de Janeiro — ela disse, ignorando o meu comentário.— Quer me ver cantar no meu show amanhã? Sei que vai se apaixonar quando me ouvir.Ela soltou uma gargalhada gostosa, daquelas que soam como música para os ouvidos.
Me virei na cama, tentando encontrar uma posição confortável, mas o sono parecia estar a quilômetros de distância. Eventualmente, fechei os olhos e, aos poucos, minha mente começou a vagar, me levando para um lugar que eu conhecia bem demais: o mundo das fantasias.E lá estava ela, a ruiva gostosa. Atena, com seu corpo esguio, seus olhos brilhantes de desafio, e aquela boca que parecia feita para o pecado. No meu sonho, ela estava de frente para mim, usando nada além de um sorriso malicioso e lingerie vermelha que destacava sua pele pálida e seus cabelos flamejantes. Ela se aproximou, movendo-se de maneira hipnotizante, e senti meu corpo inteiro reagir ao calor que ela emanava. Suas mãos finas e delicadas começaram a deslizar pela minha pele, provocando arrepios. Eu não conseguia evitar, meus dedos já estavam nos seus cabelos, puxando-a para mais perto. — Achei que você não gostasse de ficar por cima — provoquei, e ela sorriu de forma sacana.— Quem disse que você manda aqui? — sua
Já no local do show, encontrei alguns fãs ansiosos me esperando. Entre presentes fofos e outros, digamos, inusitados — como calcinhas usadas e pedidos para autografar partes do corpo — me diverti com a variedade. Era comum ver namorados lançando olhares de ciúmes enquanto as namoradas jogavam charme.— Para de sonhar e anda logo! — Stella passou por mim apressada, com aquela expressão autoritária de sempre.— Hei, sou o seu chefe, não o contrário — provoquei, dando um sorriso.— Sim, mas o meu chefe é um idiota, então preciso ficar em cima dele o tempo todo — retrucou ela, sem perder o ritmo.— Eu te amo, Stellinha! — Beijei seu rosto, brincalhão, antes de subir no palco.Já posicionado, comecei a passar o som, verificando os instrumentos e ajustando os últimos detalhes, quando senti uma mão no meu ombro.— Oi, meu bem — a voz doce e ligeiramente provocativa de Manu me fez virar. Ela sorriu, aquele sorrisinho que sempre me deixava com uma mistura de alerta e irritação.— Chegou quem f
O som dos gritos da multidão lá fora invadia a cochia, me deixando com a adrenalina a mil. Era sempre assim antes de um show. Eu já estava acostumado com a energia que fluía pelo meu corpo nesses momentos, mas hoje parecia mais intenso. Talvez fosse a expectativa, ou quem sabe a conversa estranha com Betão que tinha acabado de acontecer.— Está na hora, Lukke. E nada de se atrasar, ok? — Arthur disse com seu tom meio sério, meio debochado de sempre.— Relaxa, Arthur. Tá tudo sob controle — respondi, pegando a guitarra e ajustando o boné na cabeça. O boné virado pra trás já tinha se tornado meio que a minha marca registrada, e Stella vivia dizendo que isso era parte do meu charme "bad boy" que as fãs adoravam.Ao sair do cochia, senti o coração acelerar ainda mais. Subi ao palco e fui recebido por uma multidão ensandecida. As luzes estroboscópicas, o som ensurdecedor das guitarras começando a aquecer e o grito de "Lukke, Lukke, Lukke!" vindo da plateia já me deixaram no clima.— Boa noi