Após o jantar, fiz questão de pagar a conta. Lukke soltou uma risada alta e provocadora quando percebeu minha ação.— Nenhuma mulher nunca pagou comida pra mim antes — disse ele, ainda rindo.— Pois agora você não pode mais dizer isso — retruquei, sorrindo de canto enquanto ele me olhava com curiosidade.Enquanto saíamos do restaurante, meu celular vibrou, e vi o nome de Gael na tela. Atendi imediatamente.— Oi, Gael!— Atena, onde você tá? Tá tudo bem? — Ele parecia preocupado, mas era o típico tom de Gael, sempre atento.— Tá tudo bem, não precisa se preocupar. — Olhei para Lukke, que estava distraído, observando o carro.— O que você tá fazendo em São Paulo, hein? — perguntou Gael, sempre curioso.— Quando eu voltar para o Rio, eu te conto. — Respondi com um sorriso, sabendo que ele não ia deixar barato.— O que você tá aprontando? — Ele soltou uma risada, mas havia um tom paternal em sua voz.— Você parece o meu pai falando assim. — Revirei os olhos, mas no fundo, apreciava o cuid
Lukke RockEra estranho estar com uma mulher e não estar por cima dela, ou ela não estar me chupando. Não que eu não quisesse que a ruivinha me desse uma boa lambida, explorando cada parte de mim e eu me forçando dentro da garganta dela, soltando jatos de prazer no fundo. Só de olhar para aquele rostinho perfeito, meu corpo já estava reagindo.— Por que não está falando alguma besteira agora? — a voz dela me trouxe de volta à realidade.— Quer me ouvir falar o quê, gata? Ou prefere que eu faça algo interessante? — Lhe lancei um sorriso malicioso, e ela revirou os olhos.— Vai se foder! — disse ela, e eu gargalhei.— Boquinha suja, hein? Gosto disso — respondi, me divertindo.— Vamos, preciso voltar para o meu quarto e arrumar minhas coisas. Amanhã já estou de volta ao Rio de Janeiro — ela disse, ignorando o meu comentário.— Quer me ver cantar no meu show amanhã? Sei que vai se apaixonar quando me ouvir.Ela soltou uma gargalhada gostosa, daquelas que soam como música para os ouvidos.
Me virei na cama, tentando encontrar uma posição confortável, mas o sono parecia estar a quilômetros de distância. Eventualmente, fechei os olhos e, aos poucos, minha mente começou a vagar, me levando para um lugar que eu conhecia bem demais: o mundo das fantasias.E lá estava ela, a ruiva gostosa. Atena, com seu corpo esguio, seus olhos brilhantes de desafio, e aquela boca que parecia feita para o pecado. No meu sonho, ela estava de frente para mim, usando nada além de um sorriso malicioso e lingerie vermelha que destacava sua pele pálida e seus cabelos flamejantes. Ela se aproximou, movendo-se de maneira hipnotizante, e senti meu corpo inteiro reagir ao calor que ela emanava. Suas mãos finas e delicadas começaram a deslizar pela minha pele, provocando arrepios. Eu não conseguia evitar, meus dedos já estavam nos seus cabelos, puxando-a para mais perto. — Achei que você não gostasse de ficar por cima — provoquei, e ela sorriu de forma sacana.— Quem disse que você manda aqui? — sua
Já no local do show, encontrei alguns fãs ansiosos me esperando. Entre presentes fofos e outros, digamos, inusitados — como calcinhas usadas e pedidos para autografar partes do corpo — me diverti com a variedade. Era comum ver namorados lançando olhares de ciúmes enquanto as namoradas jogavam charme.— Para de sonhar e anda logo! — Stella passou por mim apressada, com aquela expressão autoritária de sempre.— Hei, sou o seu chefe, não o contrário — provoquei, dando um sorriso.— Sim, mas o meu chefe é um idiota, então preciso ficar em cima dele o tempo todo — retrucou ela, sem perder o ritmo.— Eu te amo, Stellinha! — Beijei seu rosto, brincalhão, antes de subir no palco.Já posicionado, comecei a passar o som, verificando os instrumentos e ajustando os últimos detalhes, quando senti uma mão no meu ombro.— Oi, meu bem — a voz doce e ligeiramente provocativa de Manu me fez virar. Ela sorriu, aquele sorrisinho que sempre me deixava com uma mistura de alerta e irritação.— Chegou quem f
O som dos gritos da multidão lá fora invadia a cochia, me deixando com a adrenalina a mil. Era sempre assim antes de um show. Eu já estava acostumado com a energia que fluía pelo meu corpo nesses momentos, mas hoje parecia mais intenso. Talvez fosse a expectativa, ou quem sabe a conversa estranha com Betão que tinha acabado de acontecer.— Está na hora, Lukke. E nada de se atrasar, ok? — Arthur disse com seu tom meio sério, meio debochado de sempre.— Relaxa, Arthur. Tá tudo sob controle — respondi, pegando a guitarra e ajustando o boné na cabeça. O boné virado pra trás já tinha se tornado meio que a minha marca registrada, e Stella vivia dizendo que isso era parte do meu charme "bad boy" que as fãs adoravam.Ao sair do cochia, senti o coração acelerar ainda mais. Subi ao palco e fui recebido por uma multidão ensandecida. As luzes estroboscópicas, o som ensurdecedor das guitarras começando a aquecer e o grito de "Lukke, Lukke, Lukke!" vindo da plateia já me deixaram no clima.— Boa noi
Atena Godoy— Você estava onde? — Meu pai se engasgou com o café e me olhou como se eu fosse louca.— Fui cumprir o que a Artemis me pediu. — Ele ainda me encarava, atônito.— Atena, perdeu o juízo? E se a sua irmã só fantasiou essa história toda? Você não devia ir atrás desse cara sem saber se isso é mesmo verdade.— Eu conheço a minha irmã o suficiente para saber que ela está falando a verdade. Artemis se entregou a Lukke no camarim. Ela disse na carta que ele estava muito louco, como se tivesse usado alguma droga, e quando ela se ofereceu, ele não recusou.— Que merda! O que você e sua irmã têm na cabeça? Se bem que agora... nem posso dar os tapas que nunca dei nela! E eu achando que era aquele paspalhão do Joel o pai...— Ainda bem que a Ellah não é filha dele. Sabe o que eu descobri pelo diário da Artemis? Aquele filho da puta batia nela, em lugares onde ninguém podia ver. Quando ela ficou grávida, ele disse que ia tirar o bebê dela, mesmo sabendo que ele não era o pai.— Por que
Quando cheguei em casa, já passava das 22h. Meu pai estava assistindo algo na televisão e, ao me ver, deu pause.— Não pare de assistir por minha causa — disse, sentando-me ao seu lado.— A Ellah perguntou por você — meu pai disse, desligando a TV. — Filha, tem certeza de que pode tomar conta dela? Eu vou precisar voltar para casa e posso levá-la comigo.— Sério, pai. Eu posso fazer isso. Amanhã, a babá que contratei virá conhecê-la e passará um tempo com ela. Por favor, fique de olho e me diga se vir algo de errado. Direi o mesmo à Martina.— Eu sei que você quer cumprir a promessa que fez à sua irmã, mas não acha melhor que...— Já disse que não, pai. Eu consigo. — Ele me olhou e sorriu. Não deve ser tão difícil cuidar de uma criança de cinco anos.— Sei que você deve estar pensando que é fácil cuidar de uma criança, mas não é. Quando nos tornamos pais, precisamos abdicar de muitas coisas. Não podemos mais pensar só em nós mesmos, porque temos alguém que depende de nós.— Entendo, p
Cheguei em casa já tarde, como de costume. O relógio marcava um pouco mais de nove da noite, e as luzes da sala estavam parcialmente acesas. Assim que abri a porta, ouvi passos leves correndo pelo corredor. Olhei rapidamente e vi Ellah disparar para o quarto dela sem dizer uma palavra. Suspirei, exausta. Talvez fosse o impacto da manhã, quando ela tinha molhado a cama. Antes que eu pudesse ir atrás dela, Dona Margarida, a nova babá, se aproximou de mim com um sorriso caloroso.— Boa noite, Dona Atena — disse ela. — O dia foi ótimo. A Ellah é um amor de criança. Brincamos bastante, e ela até me ajudou a preparar o lanche da tarde. — Obrigada, Dona Margarida — sorri, embora minha mente ainda estivesse no que tinha acontecido mais cedo. — Fico feliz que tudo tenha corrido bem. — Ellah é uma menina especial, e eu vejo que ela só precisa de amor e um pouco mais de paciência, mas, no geral, ela foi um doce o dia todo. Bem, eu vou indo agora — disse Dona Margarida, já caminhando em direçã