Dylan Cooper
— Eu não sou você Dylan. Emily não é a Amber, nem todas as mulheres são como ela, você deveria entender isso e parar de julgá-las como se elas fossem todas umas cobras traiçoeiras. — As palavras dele me irritaram profundamente, por pouco não me levantei e o carreguei a força agora mesmo para casa.
— Eu não falei isso! — Respondi com os dentes trincados, me controlando para não gritar com ele.
— Mas pensou, eu sei que pensa isso há anos, você nunca superou, e pelo visto nunca vai superar — Respondeu e nesse momento eu vi tudo vermelho, eu não precisava ficar ouvindo aquilo. Naquele momento eu decidi que aquilo não seria mais um problema meu, já que era assim que ele vi
Amber BrownDylan estava se achando o rei do universo, o dono de tudo e de todos. Minha mente fervilhava de raiva enquanto eu ia para casa, eu me sentia tão irritada com a forma humilhante com a qual fui tratada que até a pobre da Sophie foi uma vitima do meu mau humor, tenho muita sorte de ela ser tão compreensiva, pois se não fosse isso ela com certeza passaria a me ignorar depois de hoje.Eu sentia uma vontade absurda de chorar, mas dessa vez o choro não veio, era consumido por uma raiva que eu não era capaz de controlar, isso era assédio, pensei, será que se eu fizesse uma denúncia eu conseguiria fazê-lo no mínimo me pagar uma multa? Talvez eu pudesse denunciar a perseguição com a qual ele vinha agindo comigo.Assim que cheguei em casa e me sentei na sala um tanto quanto aconchegante depois da passada transformadora de Sophie por aqui comecei a respirar fundo, fazendo um leve exercício respiratório para tentar me acalmar e pensar com a cabeça. Não posso me deixar levar pela raiva,
Amber BrownVi a expressão dela abrandar por alguns segundos e pude jurar que ela estava sentindo pena de mim e que iria de fato me acobertar. Quase chorei de alívio, isso até ver sua expressão endurecer novamente, e naquele momento eu soube que não fugiria daquilo. Respirei fundo quando ela abriu a boca para falar.— Vou avisar que você está aqui, se ele aceitar adiar, você fica depois do horário para fazer a limpeza da sala dele, se não, eu não vou poder fazer muito por você — Não era uma ajuda, mas também não era algo que me atrapalhasse, sorri agradecida por ao menos ela me dar uma opção, não era muito, mas já era alguma coisa.Observei Clara ligar para Dylan, somente nesse momento que
Amber BrownTudo aconteceu rápido demais, a única coisa que eu conseguia sentir eram os lábios de Dylan tomando os meus com uma fome avassaladora, a sensualidade que ele exalava por cada poro de sua pele havia me feito cativa naquele momento. A única coisa que eu queria era me entregar a ele e a toda a sua áurea de perversão e sedução.Ele não foi gentil, era novo isso. Ele sugava meus lábios e os mordia, toquei seu rosto levemente. Ele estava quente. Fervendo! Eu não estava muito diferente disso, sentia que entraria em combustão instantânea. Faríamos isso juntos, queimaríamos como dois loucos e condenados, nossas almas estavam conectadas e sempre estariam. Meu Deus, eu não tinha mais qualquer dúvida sobre isso.Dylan me apertava contra o seu corpo, seu membro roçando em meu quadril. Eu já podia sentir o quanto ele estava pronto e o quanto ele me queria naquele momento. Ele soltou um suspiro irritado enquanto suas mãos se espalhavam pelo meu corpo perigosamente, me lembrando do quanto
Amber Brown— Toda minha! Para sempre! — Suas palavras de posse me trouxeram um novo sentimento, uma vontade intensa e visceral de mostrar a ele que eu queria muito ser dele. Eu não controlava mais meus instintos, a única coisa que eu conseguia pensar era nele entrando e saindo de dentro de mim. Sem que eu pudesse me conter, ou se quer pensar, escutei as palavras saindo de minha boca.— Eu sou sua — Só percebi o que havia dito tarde demais, Dylan me puxou pelos braços, sem desfazer nossa conexão e me apoiou sobre a mesa de forma truculenta. Meus seios ficaram pressionados contra ela. Ele puxou meu cabelo e continuou agora com mais apoio de forma intensa e dura dentro de mim. Eu falaria qualquer coisa que ele quisesse se ele me mandasse dizer agora, dessa forma. Meu corpo vibrava, eu me sentia incendiar por completo, como u
Amber BrownTudo tinha ido de zero a cem em uma velocidade absurda, como eu me deixei levar desse jeito, meu Deus, como eu me permiti transar com ele depois de tudo que ele fez. Depois das humilhações, da indiferença e da forma como ele agia comigo. Como eu me entreguei sem reversas assim? Só de pensar que eu estava disposta a pedir perdão a ele faz eu me sentir ainda mais estúpida do que antes, eu jamais deveria ter entrado naquela sala, uma advertência por não cumprir minha função seria melhor do que aconteceu depois disso.Eu era uma idiota mesmo ao achar que eu poderia usar essa situação ao meu favor. A minha desvantagem era tão palpável que me fazia sentir como uma perdedora de merda. Eu dei a ele o que ele queria e fui tratada pior que uma prostituta. Como eu pude ser tão estúpida?Dylan Cooper não é mais o mesmo homem que eu conheci um dia, ele não é mais o cara gentil que me respeitava e fazia tudo que eu queria para me agradar e me ver sorrindo. Aquele homem do meu passado nã
Amber BrownJá arrumada para sair eu fui até a estação de metrô e peguei um até a estação central. De lá peguei um ônibus até a penitenciaria, a verdade era que um taxi a uma distância dessas ficava muito caro, e eu precisaria economizar todo o dinheiro que eu tinha, isso se eu ainda queria dar uma chance ao meu pai de sair da cadeia. Era isso que eu faria. Eu poderia me abster de muitas coisas agora em prol de algo maior, eu não era a minha mãe. Eu seria melhor do que ela.Chegando a penitenciaria, e após uma longa e rotineira revista eu finalmente pude ver o meu pai. Ele tinha um ar pesado, duro. Como se tivesse sendo sufocado por um longo tempo, mas assim que me viu foi como se ele pudesse enfim respirar em paz. Um sorriso leve apareceu em seu rosto e logo ele ergueu os braços. Andei em sua direção com um sorriso que provavelmente era igual o qu
Amber BrownO restante do fim de semana voou, aproveitei o domingo para tentar relaxar um pouco, e me permitir a ter o mínimo. Saí de casa sozinha, não queria a companhia de Sophie ainda, por mais que eu estivesse com muita raiva de Dylan pelo que ele fez comigo, ainda assim eu me sentia mal, mal de verdade. Uma tristeza que eu não estava acostumada a sentir vinha tomando meu coração se sobrepujando à raiva que eu sentia. Isso estava me deixando péssima.A verdade era que eu não queria companhia, eu não queria a companhia de ninguém. Eu estava com nojo de mim, com vergonha. Desde que eu me mudei para o Bronx essa é a primeira vez que eu não desejo companhia, apenas a mais pura e crua solidão. Contudo, eu não queria ficar em casa, então depois de muito pensar decidi por fim ir ao shopping. Seria bom para distrair a cabeça, eu sempre amei o shopping. Iria ao cinema assistir um bom filme, talvez isso me ajudasse a tirar o foco dos meus problemas.Olhei no celular e pesquisei quais dele e
Amber BrownVirei às costas e me retirei, querendo fugir o mais depressa que fosse possível dali. Ainda ouvi ele me chamando algumas vezes, mas não quis mais olhar, eu não queria me lembrar do passado, não queria reviver os momentos tensos e dolorosos que passei ao perceber que ninguém viria atrás de mim, que ninguém se importava comigo. Eu não queria me lembrar como era ser abandonada por quem eu por algum momento acreditei que gostava de mim, eu não acreditava que Brandon me amava, mas eu acreditava que ele de algum modo ficaria ao meu lado.Mas ele não ficou. Ele desapareceu. Era inimaginável se ver tão sozinha em momentos de dificuldade extrema que enfrentei, quando a minha realidade era completamente diferente, sempre rodeada de pessoas. A realidade do que eu vivi foi um choque para mim, pois o abandono não foi apenas dele, foi algo geral mesmo, todas as minhas amigas