Mônica bateu rapidamente no anel em sua mão, mantendo a calma:— Você nem sequer tem esse vídeo, só quer me chamar para sair, então pode me atacar com mais facilidade.— É, exatamente. — Helen admitiu, zombando da sua ingenuidade. — Que esperto foi aquele cara, só encontrou um homem com a forma parecida com a do Rubem para gravar um vídeo, e você caiu direitinho.— O que ele te deu, também posso te dar. — Mônica tentou ganhar tempo. — Dessa vez, posso fingir que nunca te vi.Helen balançou a cabeça e então, de forma frenética, disse:— Você não pode dar, porque também quero que você morra!Nesse momento, Mônica sentiu um cheiro forte e nauseante.Antes que pudesse conter a respiração, sua visão foi ficando turva. Ela viu Helen cobrindo a boca e o nariz com um lenço, rindo de forma insana e fria.Alguns segundos depois, Mônica desmaiou completamente.Helen abriu a janela do carro para dispersar o cheiro e ficou por um tempo com o lenço na mão. Depois, olhou para Mônica com ódio e disse:
— É Mônica, né?— Ah, sim. — O policial suspirou. — Matar alguém já é ruim, mas ainda sair destruindo carros, que louca foi a mulher!Lucas fez uma curva brusca, indo direto para a delegacia, e acabou encontrando Rubem no caminho.— Alguém armou para matar minha irmã. — Lucas fixou nele com um olhar frio. — Ela é a presidente do Grupo Pimentel, se ela for acusada injustamente, será um grande golpe para o grupo. Me diga, quem fez isso?Rubem, já imaginando quem estava por trás disso, respondeu:— Ninguém teria coragem de mexer com sua irmã. Vou resolver isso.Lucas moveu a mão, mas a controlou, respirando fundo.— No começo, ainda tinha minhas dúvidas, mas agora tenho certeza: você envolveu minha irmã nos conflitos internos da família Pimentel.— Tenho meus próprios planos.— Você está usando minha irmã! — Lucas agarrou o colarinho de Rubem com força, as palavras saindo com raiva entre os dentes. — Ela se dedicou totalmente ao Grupo Pimentel, e você a tratou como uma peça de xadrez!Rub
Rubem compreendeu imediatamente o significado implícito nas palavras dela e curvou os lábios em um leve sorriso.Ele percorreu o jardim com o olhar antes de perguntar distraidamente a Virgínia:— Tia, o que acha desta mansão?— Uma mansão centenária, é claro que é boa. — Respondeu Virgínia, mas seu olhar carregava um traço de insatisfação.Afinal, essa mansão não ficou para os Pimentel, e sim para Rubem, deixada pelo Conrado.— Se você gostar, posso oferecer a mansão a você. — Disse Rubem, servindo mais chá para ela, com um tom respeitoso. — E também com setenta por cento das ações do Grupo Pimentel.Conrado havia transferido todas as suas ações para esse filho adotivo?Os olhos de Virgínia se obscureceram por um instante, mas logo um sorriso suave brotou em seus lábios.— O que você pretende com isso? A mansão e as ações do Grupo Pimentel foram dadas a você por Conrado. Eu não poderia aceitá-las.— Quero apenas que você liberte Mônica.Virgínia arqueou levemente as sobrancelhas.— A S
Mônica Ramos nunca imaginou que, no dia do primeiro aniversário de casamento, seu marido a trairia!Não, talvez ele já a estivesse traindo há tempos, e ela só descobriu agora.Afinal, pelo plano original, ela deveria estar sentada em um voo para Munique neste momento.Mas, depois de muito pensar, ela decidiu cancelar a viagem de última hora e, em vez disso, encomendou flores, bolo e vinho para fazer uma surpresa ao marido.Agora, surpresa era mesmo o que não faltava...Mônica ouviu novamente a voz da mulher:— Leo, eu já me divorciei. Quando você vai se separar daquela sua esposa? Melhor que seja logo, é melhor uma dor curta do que uma longa.— Divórcio é só questão de tempo, não tem pressa. — Respondeu Leopoldo.Ele sempre acreditou que o amor seria suficiente para manter o casamento, mas com o tempo, tudo o que tinham era um abraço ocasional, e isso começou a cansá-lo.Só que o “divórcio” ainda era uma ideia muito repentina para ele, e ele não sabia como contar a Mônica, muito menos
O Aqua Bar era conhecido como o covil de extravagâncias, o mais notório local de diversões noturnas. Homens e mulheres de todos os tipos frequentavam o local.Mônica estava sentada no balcão, já havia bebido alguns copos de uísque, e um pensamento perigoso começava a crescer cada vez mais rápido em sua mente.Ter um filho... Que diferença faria com quem fosse? Se encontrasse um homem bonito, o filho ainda seria mais bonito!Com essa ideia em mente, seu olhar vagou pela pista de dança, até que de repente fixou-se em uma alta figura não muito distante.Embora não conseguisse ver o rosto do homem, sua altura e postura destacavam-se na multidão. Ele estava praticamente cercado por várias pessoas, todas bem vestidas, e sua presença impunha respeito.“É ele!” Decidida, Mônica respirou fundo, ajeitou o cabelo e, cambaleando em seus saltos altos, começou a caminhar em direção ao grupo.— Ai, que tontura! — Na passagem, ela fingiu perder o equilíbrio e caiu direto nos braços do homem.Uma mão f
A atuação daquela mulher era tão ruim que qualquer um perceberia de imediato, mas, ainda assim, havia algo de interessante.— Tio Rubem... Tio... O olhar afiado do homem parecia atravessar Mônica, como se ele pudesse ver através de suas pequenos truques, fazendo o coração dela tremer, um pouco intimidada.No entanto, no segundo seguinte, Mônica sentiu seus pés se levantarem do chão, seus olhos se arregalaram de surpresa. Ela havia sido pega no colo, como uma princesa, por Rubem!A sensação de perda de peso a fez agarrar o pescoço dele instintivamente. O peito de Rubem era largo e quente, e todo o ar estava impregnado com o cheiro dele, fazendo seu rosto esquentar e seu coração bater aceleradamente.Tão direto assim? Não era ele quem estava se fazendo de cavalheiro alguns minutos atrás?— Ainda dói o pé? — A voz sem emoção de Rubem soou acima de sua cabeça.— Hã... — Mônica engoliu em seco. — Não... Não dói mais...Ela ficou encantada, incapaz de desviar o olhar do perfil impecável de
— Não precisa se preocupar, tem ali na mesa. — Rubem achou que ela estava falando de camisinha, e inclinou o queixo na direção do criado-mudo, onde uma elegante cesta guardava várias opções de modelos.Mônica ficou sem palavras. Agora os hotéis estavam tão atenciosos assim?— En...então eu vou tomar um banho. — Mônica tentou empurrar Rubem de cima dela, sentindo seu coração bater descontroladamente.Ela já conseguia prever o que Rubem faria a seguir.Droga, ela não era quem deveria estar no controle da situação? Como é que, no fim, ela se tornou a presa indefesa, à mercê dele?Será que Rubem estava, o tempo todo, fingindo ser um cordeirinho só para atacá-la no momento certo?Ela o olhou com desconfiança, seus olhos revelando um toque de pânico.Rubem percebeu cada nuance da expressão dela e, sem esforço, adivinhou seus pensamentos. Ele já conhecia muitas mulheres que ambicionavam o lugar ao seu lado, e provavelmente essa era a única mulher que queria desistir na última hora.Isso estav
Ao sair do lobby do hotel, o coração de Mônica ainda batia acelerado. A brisa fresca que acariciava seu rosto ajudou a clarear um pouco sua mente.Ela realmente havia passado uma noite com Rubem, essa grande figura! Não era um sonho, era a realidade!Como ela pôde fazer isso?Mônica deu um soco na própria testa e, com um suspiro de resignação, retirou a última nota da carteira e pegou um táxi.Não havia mais nada a fazer além de voltar para a casa da família Pimentel.Antes de entrar em casa, Mônica certificou-se mais uma vez de que não havia deixado nenhum vestígio suspeito em sua roupa e só então entrou.Ao entrar, Mônica encontrou a sogra na mesa de café da manhã.— Bom dia, sogra. — Ela disse, tentando manter a voz suave.— Você ainda tem coragem de voltar! — Talita Gonçalves, lembrando da discussão no telefone na noite anterior, estava cheia de raiva ao ver Mônica. — Divórcio! Vá e se separe do meu filho imediatamente!Vendo o desprezo da sogra, como se desejasse que ela sumisse d