VOCÊ NÃO ME CONHECE... AINDA

LEBLANC...

Eu sempre apreciei a solidão. Não o sentimento vazio e miserável, mas aquela sensação de que ninguém, além de você mesmo, importa. Eu costumava gostar da minha privacidade, porque a única coisa me julgando era minha moral, ninguém mais. Eu cresci assim. Eu vivi sozinho, me afogando no ouro por não gostar da prata.

Minha casa sempre foi um local silencioso. Odeio vizinhos, odeio barulho, odeio não ter paz. Entretanto, mesmo assim, eu passei a noite em claro. Eu ouvi Angelic caminhando pelo quarto principal enquanto eu estava no quarto de hóspedes, logo ao lado. Ouvi o chuveiro sendo ligado, depois o colchão afundando e o abajur sendo desligado.

Quando o primeiro raio de sol infiltrou o quarto, eu me levantei. Ainda podia sentir a presença dela do outro lado da parede. Ela é uma intrusa no meu mundo, mas isso me obriga a me perguntar; eu quero que ela deixe de ser?

Eu gosto da solidão, mas também gosto dela usando minhas roupas. Gosto de saber que ela tem meu cheiro agora. Go
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