POR ELA

LEBLANC...

O consumidor de almas.

Há um mito que diz que o diabo, na antiguidade, concedia favores. Era como uma espécie de credor, e as pessoas se endividavam por livre e espontânea vontade. Tempos depois, quando o diabo voltava para cobrar a parte que lhe cabia, as pessoas se negavam a pagar. Ele, por não gostar de ser passado para trás, queimava suas casas, suas crianças e suas fortunas.

Olho através das janelas de vidro. É um dia bonito, na medida do possível para a cidade de Nova Iorque. Estou sentado em uma das mesas da cafeteria de três andares, exatamente no centro de Manhattan, uma das melhores da cidade, por sinal.

- Senhor? – a atendente chama, com sua voz doce e baixa, porque ela não quer parecer rude.

Eu encaro a moça diante da minha mesa. Charlote. Todos os dias, ela acorda no primeiro horário, pega um trem na estação mais próxima de sua casa e chega ao serviço antes mesmo do sol nascer. Charlote abre a cafeteria, limpa as mesas e veste seu impecável uniforme. Ela sorri
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