HENRICO ZATTANI
Um ano depois…
Deslizo meus dedos pela pele lisa de suas costas, atento a cada pelo que se arrepia em seu corpo.
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HENRICO ZATTANITrês meses depois…Inclino-me no assento até sentir minhas costas encontrarem apoio na parede. Sopro a fumaça do cigarro e tento relaxar enquanto encaro a m*****a porta do consultório médico. Que porra! Quanto tempo mais eu vou ter que esperar?— Com licença, senhor. Não pode fumar aqui. — Ergo meu olhar para a enfermeira que me encara com desgosto, ela aponta para a placa com um cigarro desenhado e dou um sorriso fraco, libero a fumaça presa na minha garganta e faço o que. Apago com as pontas dos dedos o único remédio que consegue me deixar calmo além de Amélia. A mulher se vira e vai embora.Será que ela não percebeu que estou nervoso? Além dessa consulta misteriosa que fui ridiculamente cortado, estou lidando sozinho com a parte administrativa da fazenda, agora que Guilhermino saiu em lua de mel com Marisa, bem, na verdade, ele foi atrás da mulher após ela fugir com a irmã mais nova. Porém, não a culpo, aquele irmão dela é um sádico e pelo que Guilhermino contou a ga
Olá, se este for meu primeiro livro que está lendo, quero saber como foi sua experiência e o que achou sobre o desenvolvimento da história. O final foi como esperado? Por favor, não se acanhe e seja sincera(O), conte-me tudo. Deixe seu comentário, uma palavra, uma frase ou um texto. Qualquer coisa, apenas fale comigo. Escrever este livro não foi difícil, mas também não foi muito fácil, a personalidade da Amélia(personagem principal) esteve em conflito em muitas ocasiões e escrever na primeira pessoa foi extremamente difícil. Uma curiosidade é que este livro era inicialmente uma história independente, mas se tornou uma espécie de SPIN-OFF de outro livro meu, inclusive, a personagem do primeiro livro aparece por aqui em alguns capítulos e tem ligação sanguínea com nossa protagonista. AGRADO ---> Para aquele que precisa de mais informações sobre nosso casal e os demais personagens, saibam que Aurora se casou novamente, po
HENRICO ZATTANIO barulho de molas soltas repercute por todo o longo e escuro corredor, alguns rugidos são mais altos que outros e estão vindo de todas as celas, mas isso é o que acontece quando você põe lunáticos com tanta merda na cabeça que não podem encontrar uma posição pra dormir e esquecer. Deitado na parte superior da beliche que divido com um dos meus companheiros, encaro a foto arrancada do jornal antigo que Guilhermino conseguiu me trazer, o papel está gasto e a cor se dissipa com o passar dos dias, no entanto, ainda posso ver o contorno do sorriso de cada membro da família Leal e a expressão vitoriosa em seus rostos. Augusto fez como disse e ganhou as eleições de Minas Gerais, se tornando governador do estado com grande vantagem sobre os concorrentes. Eu estou mofando atrás de uma grade, enjaulado como um animal, enquanto todos estão sorrindo e seguindo suas vidas como se não tivessem acabado com a minha. Meus olhos vagueiam até encontrar os cabelos loiros e olhos azuis, ad
AMÉLIA LEAL"Uma boa menina não dá vexame."Fui ensinada que mentir é feio e desonesto, mas nunca me avisaram sobre as consequências. Descobri sozinha que além de dolorosa elas podem ser irreversíveis. Aos dez anos, quando tudo que eu deseja era ser aceita, menti para ajudar uma colega de classe, Justine, a fingir dor no estômago e se livrar da prova de cálculo. No mesmo dia a garo
HENRICO ZATTANI6 meses depois...Respiro fundo, inalando finalmente o ar puro da liberdade. Encaro com um sorriso a imagem de Guilhermino recostado sobre sua caminhonete azul do outro lado da rua, ele está aqui assim como prometeu. Olho para trás e encaro uma última vez a penitenciária que foi meu lar por tr&ec
HENRICO ZATTANIO fato de Curvelo ser um município pequeno e interiorano faz com que todos os seus habitantes se sintam membros de uma só família e se intrometam sem permissão na vida uns dos outros, apesar de ser um homem reservado meus pais me educaram para ser gentil e cortês com qualquer pessoa que cruze meu caminho, independente se essas pessoas são um bando de bisbilhoteiros intrometidos ou não. Ainda assim, eu não me senti bem-vindo ou confortável na minha própria casa, meus pensamentos estavam distantes e perdidos nas lembranças. Faz muito te
AMELIA LEALChegar a maior idade costuma ser um grande marco para a maioria dos adolescentes, a euforia da tão sonhada independência e falsa liberdade, mas não pra mim. O vestido caro e elegante que alguém do marketing do meu pai escolheu está deitado sobre minha cama faz meia hora e tudo que consigo sentir é frustração. Eu ainda quero fugir e ligar o foda-se pra todo mundo dessa cas
HENRICO ZATTANIEu quase estraguei tudo. Esqueci por algum tempo que estava na maldita festa para vigiar e conhecer mais sobre o inimigo, mas acabei dividindo copos de tequila e confraternizando, foi tão natural que não percebi que estava baixando a guarda e relaxando, na cadeia se manter em alerta é o que te mantém vivo, não é os guardas que estão ali para supostamente nos vigiar e "resguardar", muito menos os seus parceiros de selas,