Olá, preciosas! Passando para deixar mais um capítulo e para desejar um próspero e abençoado ano-novo para cada uma de vocês... E aí, o que acharam da atitude de Bella?
Na suíte, Bryan a fuzilava com os olhos durante o embate silencioso. Inesperadamente, a campainha da porta começou a tocar insistentemente. — Deveria atender. — Bella olhou para o hall que levava à porta.Ao invés de se mover, Bryan continuou parado, com os olhos cravados nela.Do lado de fora, Lorenzo apertava o botão da campainha sem parar, deixando a sua impaciência evidente.— Espere! — Marie segurou o braço do marido, tentando acalmá-lo. — E se ela não estiver aqui?— Cazzo, o segurança disse que ela está no quarto de Bryan há quase duas horas. — Lorenzo bufou, passando a mão pelos cabelos grisalhos. O olhar dele oscilava entre o botão da campainha e a porta fechada, como se tentasse decidir entre esperar ou arrombá-la imediatamente.— Eles devem estar conversando… — sugeriu Marie, buscando justificar a situação.— Sério? — Nervoso, o senhor Gambino praticamente berrou a pergunta. — Todos estão olhando, Lorenzo.— Não importa! — Os punhos cerraram ao lado do corpo. — Ninguém v
Após dar uma última olhada, Bella deu as costas e andou apressada pelo Hall. Assim que cruzou a saída, ela fechou a porta da suíte com um estalo seco. Seu peito subiu e desceu rapidamente, como se tentasse expurgar as emoções que fervilhavam dentro de si, mas ela manteve a cabeça erguida, recusando-se a demonstrar o quanto estava abalada. No segundo em que as portas do elevador abriram, ela entrou no elevador.— Bella! — Ele a chamou quando surgiu do outro lado do amplo corredor.Parada, ela se limitou a olhá-lo enquanto ele corria para alcançar as portas do elevador, que se fechavam antes que Bryan pudesse alcançá-la.Ao chegar ao andar onde seus pais estavam hospedados, ela saiu e acabou encontrando o noivo saindo da suíte deles. Ele fechou a porta com suavidade antes de virar-se e perceber sua presença. Seus olhos percorreram Bella de cima a baixo, e uma ruga surgiu entre suas sobrancelhas.— Onde estava? — perguntou, estreitando os olhos e franzindo levemente a testa, reparando em
Don Gambino estava parado no meio da sala, o rosto contorcido em uma expressão de fúria. Ryan, com o olhar fixo no chão, evitando o peso do julgamento do pai.— O que diabos passou pela sua cabeça? — A voz grave de Lorenzo tomou conta da ampla sala da suíte. Seus gestos eram rápidos, as mãos ora apontando para o filho, ora cruzadas contra o peito.Ryan deu um passo para trás, mas permaneceu em silêncio. Instintivamente, Marie abraçou o filho.— Lorenzo, ele já entendeu. — Ela interveio com suavidade. — Não precisamos prolongar isso.Os olhos de Don Gambino faiscaram quando voltaram para a mulher.— Você acha mesmo que ele entendeu? Marie, esse garoto fugiu sem pensar nas consequências. Esqueceu o que sequestraram Bella anos atrás?— Claro que não esqueci. — Marie manteve o tom calmo. — Mas Ryan é adolescente, só queria sair com os amigos.Antes que Lorenzo pudesse responder, a porta da sala se abriu. Bella entrou acompanhada do noivo. O casal trazia uma aura de tensão contida, mas o c
No escritório da companhia Harrison Giordano, o CEO comprimiu o olhar quando verificou a hora no relógio Le Roy Paris outra vez. Ele sabia que a esposa não foi para casa após sair do ateliê Maison Delacroix, onde trabalhava como designer de moda. Cansado dos passeios misteriosos da esposa, ele pegou o telefone e ligou para o assistente de confiança. — Alessandro, siga a Justine e não perca ela de vista. — A voz profunda deu a ordem de maneira hostil. Aos 23 anos, Kevin possuía a postura ameaçadora de um homem que nasceu para comandar. Ele herdou a fortuna da família Harrison Giordano depois que os pais faleceram em um acidente suspeito em Miami. Um ano após assumir os negócios na Itália, ele triplicou a fortuna e casou-se com uma designer de moda por quem se apaixonou perdidamente. A primeira vez que viu Justine Delacroix foi num evento promovido por um famoso estilista. Os olhos do CEO acompanharam a linda mulher, que usava um vestido prateado, enquanto desfilava pelo saguã
Na noite anterior, Justine mal conseguiu pregar os olhos após satisfazer o marido vigoroso. As coisas estavam tomando um rumo inesperado e ela não podia continuar naquela situação. Quando o celular vibrou na cabeceira ao lado da cama, Justine apanhou o iPhone e foi direto ao banheiro para falar com Andrew e acabar com o acordo. Ao voltar para a cama, sentiu o toque de Kevin, mas a cabeça latejava. Mal sabia como conseguiria sair daquela situação. Na manhã seguinte, Justine acordou cedo, mas, como sempre, Kevin tinha saído mais cedo para alguma reunião. Durante o dia, ela cumpriu o expediente em seu ateliê de Designer de Moda e, mais tarde, foi até a clínica médica, onde confirmou a gravidez. Ela voltou ao carro e seguiu para a joalheria e devolveu o colar de diamantes e os brincos que o marido tinha lhe dado na noite anterior. Na cafeteria, ela encontrou uma amiga que lhe apresentou um joalheiro. Na primeira oferta pelo restante das joias, Justine aceitou. Antes de chegar à cas
— Mamãe, deixe-me ficar aqui essa noite! — Justine pediu.Após tragar o cigarro, Sophia soltou a fumaça. Ela andou pela sala de estar decorada com móveis provençais enquanto o robe branco de cetim resvalava por entre suas canelas.— Ah, ma chérie, sinto muito, mas não posso. — Deixou o restante do cigarro no cinzeiro.— É só por essa noite. Amanhã, falarei com o Kevin na reunião com o advogado. Tenho certeza de que ele mudará de ideia.— Sério? — Havia um certo desdém na pergunta quando Sophia ergueu uma sobrancelha bem feita. — Olha a foto que a minha amiga enviou. — Virou a tela do celular para Justine ver a imagem de seu marido numa festa ao lado de sua jovem acompanhante.Justine não queria acreditar no que viu. Aquela mulher fingiu ser sua amiga por meses e não perdeu tempo antes de dar o bote. Na foto, Beatrice Drummond estava de mãos dadas com Kevin num evento da empresa.— Incompetente! — Andrew gritou no momento em que entrou na sala. — Todos estão dizendo que o seu casamento
Cada dia era um recomeço inevitável. Por dois meses, Justine procurou vagas em outros ateliês na cidade da moda, mas não conseguiu outros trabalhos nessa área.A barriga mal aparecia no quinto mês de gestação. Justine estava muito magra devido à má alimentação. Logo o bebê chegaria e, na situação em que vivia, qualquer trabalho era bem-vindo. Por vezes, ela procurou pelo ex para falar sobre a gravidez, mas Kevin foi para Califórnia com a sua amiga Beatrice e não tinha previsão de retorno. Por mais que a Justine pedisse o contato do ex para falar sobre o bebê, não conseguia.Ela ficou sabendo que o assistente do CEO já tinha dado a ordem para não permitirem a entrada de Justine na empresa e na mansão. Inclusive, proibiu os funcionários de divulgar qualquer informação sobre o chefe.Para garantir o próprio sustento, Justine lavava louças e limpava a cozinha do restaurante durante a noite.No oitavo mês da gestação, ela estava limpando o chão quando a bolsa estourou e as suas contrações
No Grande Hospital Metropolitano Niguarda, em Milão, a mãe desesperada fazia uma prece silenciosa. O coração batia com força, e o nó na garganta parecia sufocá-la enquanto as lágrimas banhavam seu rosto. A culpa a corroía por dentro. Ela ficou tão dispersa enquanto pensava no ex que não se deu conta do que acontecia ao seu redor no ponto de ônibus.— Senhorita Delacroix! — A doutora Spina chamou.— Como está o meu filho? — Justine ergueu o rosto abatido antes de perguntar.— Está em estado grave… Bryan teve múltiplas fraturas e uma hemorragia.— Por favor, salve o meu filho, doutora! — Justine pediu em meio ao desespero.— O seu filho precisa de uma transfusão, e não temos bolsas de sangue de RH nulo. Averiguei para ver se conseguia em outros hospitais ou pontos de coleta, mas é um tipo sanguíneo raro.— Tem certeza, doutora?— Já me certifiquei, senhora Delacroix.— Ele não pode receber outro tipo sanguíneo?— Senhora Delacroix, o sangue dourado possui hemácias que não contam com nenh