Oi, preciosas! E agora, hein? Bella deixou de ser a mulher traída e passou a ser “a traidora”. Será que Romeo está falando a verdade? E quanto a Bryan? Ele devia continuar lutando por ela? Conte-me tudo nos comentários da avaliação principal deste livro. Amo o feedback de vocês.
Don Gambino estava parado no meio da sala, o rosto contorcido em uma expressão de fúria. Ryan, com o olhar fixo no chão, evitando o peso do julgamento do pai.— O que diabos passou pela sua cabeça? — A voz grave de Lorenzo tomou conta da ampla sala da suíte. Seus gestos eram rápidos, as mãos ora apontando para o filho, ora cruzadas contra o peito.Ryan deu um passo para trás, mas permaneceu em silêncio. Instintivamente, Marie abraçou o filho.— Lorenzo, ele já entendeu. — Ela interveio com suavidade. — Não precisamos prolongar isso.Os olhos de Don Gambino faiscaram quando voltaram para a mulher.— Você acha mesmo que ele entendeu? Marie, esse garoto fugiu sem pensar nas consequências. Esqueceu o que sequestraram Bella anos atrás?— Claro que não esqueci. — Marie manteve o tom calmo. — Mas Ryan é adolescente, só queria sair com os amigos.Antes que Lorenzo pudesse responder, a porta da sala se abriu. Bella entrou acompanhada do noivo. O casal trazia uma aura de tensão contida, mas o c
— Senhor Gambino, podemos conversar? — Bryan perguntou após bater mais uma vez. Do corredor, podia ouvir uma discussão. Lorenzo estava discutindo com a filha. Ele respirou fundo, reuniu coragem e ergueu o punho, batendo outra vez, mas ainda assim nenhuma resposta veio. Nesse meio tempo, a porta se abriu bruscamente, ele mal teve tempo de reagir. Lorenzo aparece com os ombros largos projetando uma sombra ameaçadora na entrada. Dava para ver uma intensidade feroz nos olhos do homem carregado pelo ódio. — Eu queria falar com o senhor sobre o noivo da sua filha. — É mesmo? — Inquiriu com um desprezo velado e, de repente, segurou Bryan pelo colarinho com uma força surpreendente, os dedos firmes como garras, enquanto seus dentes cerrados revelavam o tamanho de sua indignação. Antes que Bryan entendesse o que acontecia, foi lançado com violência contra a parede do quarto. O impacto o deixou atordoado, e sua visão demorou a focar. Ele piscou algumas vezes e avistou Bella, que tentava co
A manhã seguinte parecia mais longa, como um dia sem sol, marcado pela sensação de opressão que pesava sobre Bella. Cada segundo que passava trazia consigo um novo fragmento da confusão. Ela mal conseguiu pregar os olhos na noite anterior; sempre que tentava dormir, o rosto ensanguentado de Bryan surgia em sua mente. Após toda a confusão do dia anterior, Bella passou a noite na suíte onde os pais estavam hospedados e decidiu, na manhã seguinte, que não iria à universidade naquele dia.— Como ele está? — A voz de Marie ecoou do andar debaixo da suíte, tingida por uma preocupação velada.— Está ferido, mas vai sobreviver. — Outra voz feminina respondeu. — Vim assim que meu primo pediu. Kevin está a caminho, e logo vou buscá-lo no aeroporto.Bella desceu alguns degraus, parando no meio do caminho para continuar ouvindo a conversa. — Sinto muito por esse impasse entre as nossas famílias, Juíza Wisbech. Espero que possamos superar os desentendimentos que surgiram após o incidente de ontem
Romeo caminhava de um lado ao outro de seu apartamento com móveis de linhas retas que ocupavam o ambiente com discrição, enquanto cortinas translúcidas filtravam a luz dourada que invadia o espaço. Uma estante de livros ocupava a parede principal, contrastando com o vidro e o metal do restante da decoração. Embora o ambiente fosse elegante, a inquietação era sufocante. Ele tocou na tela do celular novamente e, em seguida, pressionou o mesmo contra o ouvido com uma mão, enquanto a outra bagunçava os cabelos. O tom insistente do sinal de chamada era sua única companhia. Até que, finalmente, a campainha rompeu o silêncio. Romeo girou nos calcanhares, atravessando o espaço em passos ágeis. Abriu a porta com um movimento violento. — Onde estava? Faz horas que estou tentando falar com você. — Perguntou com grosseria. Alice entrou sem cerimônias, largando a bolsa com um gesto displicente sobre a poltrona de couro. Seus olhos encontraram os dele por um instante antes de ela suspirar e ergu
De volta para a suíte com vista para o Duomo, Bella entrou e cruzou a sala e enfiou-se em um dos quartos em seguida.O som da campainha ressoou e Marie desceu as escadas e caminhou até a porta. O serviço de quarto havia chegado. Com gestos cuidadosos, ela auxiliou o funcionário a dispor na mesa um banquete que exalava aromas inconfundíveis da Toscana. Queijo pecorino, pão schiacciata e frios de Cinta Senese trazidos de Siena foram organizados com esmero. No centro, uma garrafa de Brunello di Montalcino ocupava lugar de destaque, refletindo o brilho suave do lustre.Lorenzo apareceu na sala com o semblante carregado de uma irritação mal disfarçada. Sacou o celular do bolso e consultou o horário, inspirando profundamente antes de soltar o ar num suspiro prolongado. Em silêncio, colocou o aparelho sobre a mesa e cruzou os braços, observando a cena com expressão severa.— Acalme-se, eles estão a caminho — disse Marie, tocando de leve o braço do marido. O gesto era reconfortante, mas ele p
Para Kevin, as coisas tomavam um rumo inesperado. O filho não conseguiu o perdão da filha de seu sócio e ainda arrumou mais problemas ao ponto de irritar a família Gambino. A sala iluminada pelo lustre de cristal refletia o brilho intenso sobre a taça de vinho que Lorenzo segurava com elegância. O homem, imponente em sua postura, mantinha o semblante fechado enquanto continuava a ouvir Kevin, que procurava uma maneira de contornar a situação delicada. — Como você sabe, o seu filho desrespeitou a minha família. — Lorenzo pousou a taça sobre a mesinha de mogno. Kevin ajeitou o terno, deixando óbvio uma tensão evidente nos gestos ligeiramente hesitantes de suas mãos. — Bryan está arrependido e me garantiu que não teve nenhum envolvimento no ataque à sua filha. — Sua voz carregava uma firmeza ensaiada. — Foi o amigo dele que tentou estuprá-la. — Tomado pela incredulidade, Lorenzo arqueou uma sobrancelha. — Mas o Bryan socou a cara daquele babaca até o deixar desfigurado. — Suas mãos
A jovem girou sobre os calcanhares, o seu olhar se estreitou ao encará-lo. Bryan tirou os óculos, dando-lhe uma breve visão de seu rosto com hematomas arroxeados.— Não é da sua conta. — Bella rebateu, enquanto os seus dedos trêmulos apertavam a alça da bolsa para esconder o leve tremor de suas mãos.Bryan não deixou se intimidar. Por causa dela, ele ainda sentia dores horríveis.— Claro que é da minha conta. Você é boa em fingir que nada aconteceu, não é?Seu maxilar contraiu-se e ele soltou uma risada seca, carregada de sarcasmo.Ela manteve a postura ereta, embora seu coração estivesse batendo acelerado. — E você é ótimo em fazer drama. — Seus olhos fixaram-se nos dele, sem piscar.As portas do elevador abriram, intervindo no momento com brusquidão. Bella saiu sem olhar para trás, deixando Bryan sozinho, com os punhos ainda fechados nos bolsos. Por mais que quisesse ignorá-la, sabia que era impossível.A caminho do restaurante, ela forçava suas passadas largas, no intuito de deixa
Na área VIP do Vênus Milano - Luxury Night Club, Bryan estava acomodado em uma poltrona com encosto em capitonê, enquanto assistia às lindas mulheres que desfilaram de lingerie pelo luxuoso clube de striptease, conhecido como a epítome da vida noturna milanesa. Venus Milano era um local cobiçado por todos, atraindo não apenas homens, mas também mulheres. Sua popularidade se estendia além do público local, atraindo os turistas que passeavam por Milão. Todos faziam questão de experimentar a vibrante vida noturna na Vênus. De repente, o segurança abriu a porta devagar, permitindo a entrada da moça.— Olá, babe! — Bryan fitou uma garota com os lábios pintados por um batom vermelho, combinando com a cor de sua lingerie.— Precisa de cuidados, gatinho? — Ela umedeceu o lábio carnudo com a língua. — Cai fora! — Alice apareceu. — Já estou atendendo esse cliente. — Ela serviu o Sancerre numa taça de cristal. — Trouxe as ostras frescas que você pediu. — Falou enquanto fuzilava as costas da ga