Os seguranças não estavam gostando da maneira como aquela mulher controlava o filho de Kevin. Eles até tentaram aconselhar, mas Bryan parecia um pouco arredio e até mesmo arrogante. — Hei. Giambellino-Lorenteggio é um bairro residencial, — Sorrindo, Alice mencionou. — Não precisam ficar com medo… — caçoou dos seguranças. Do banco do carona do carro, para todo lado que Bryan olhava, havia trilhos de trem e da linha de balsa de Gaggiano-Milano. Naquela noite, as ruas movimentadas eram repletas de bares onde grupos de jovens se divertiam. — Pare o carro — Bryan disse ao ver um dos bares. — Mas, senhor, aqui não é seguro — o guarda-costas alertou. — Acha que só porque ele é filho de um poderoso CEO, não pode se divertir aqui? — Novamente, Alice se intrometeu, fazendo perguntas capciosas. — Claro! — Bryan segurou a mão dela, quando respondeu. — Já mandei parar o carro. E assim, o segurança acatou a ordem. O casal saiu do carro em frente ao bar Tabacchi. Bryan colocou o boné na cabeça
Estagnada, Bella permaneceu fixada na tela da televisão, com os olhos quase vidrados. A luz fria do monitor iluminava seu rosto, destacando as sombras que se formavam sob seus olhos cansados. A voz da repórter do telejornal continuava a ressoar na sala: “Bryan Harrison estava embriagado quando deu entrada na emergência do hospital”. Bella ergueu-se do sofá com um movimento rápido, mas titubeou quando sua visão ficou turva. O reflexo na tela da TV mostrava seu semblante preocupado, com as mãos crispadas ao lado do corpo. — Tia, vou subir e ligar para a mãe do Bryan… — Mencionou, enquanto alisava a lateral da calça do pijama de flanela rosa que usava. De repente, a campainha ressoou e um dos seguranças, que estava no corredor, foi atender. Rosa desviou o olhar do hall de entrada, franzindo o cenho. — Está tarde. Quem será? — Desconfiada, ela perguntou conforme ajustava o lenço que mantinha nos ombros. — Não sei… — Bella respondeu num murmúrio. — Até de manhã, tia. — Despediu-se.
— Ele parecia tão feliz em te ver naquele dia! — Rosa mencionou casualmente.— Sim, tia… Foi uma visita rápida. — Tentando disfarçar, Bella respondeu com um sorriso forçado.— Bryan é um homem muito bonito e educado… uma pena ter se envolvido nessa briga. — Sem perceber o clima pesado entre o casal, tia Rosa levantou e bocejou. — Preciso descansar um pouco. Com licença!Assim que Rosa deixou o casal a sós, a tensão explodiu como um barril de pólvora. — Visita rápida, é? — Encarando a noiva, Romeo apertava os olhos com força. — Quando você pretendia me contar?O pior de tudo é que Romeo não sabia da missa nem a metade.— Não tem nada para contar, Romeo. Ele só veio trazer o meu brinco que caiu no elevador, — tentou se esquivar da acusação com uma mentira.— Ah, claro. Só veio dizer um “oi” e te dar uma joia que você “perdeu”. — Sarcasticamente, o homem revoltado disparou. — O que mais ele disse? Que gostou de ficar preso no elevador com você e que queria te conhecer melhor?— Não acon
Embora ainda sentisse muita raiva daquela mulher, ele ainda podia sentir o calor da pele dela, as curvas macias de seu corpo enquanto a acariciava, seu perfume penetrando nas suas narinas. — Deixe ela entrar… — por fim, ele respondeu. O pensamento sedutor fez o corpo de Bryan se tensionar, e os músculos de seus braços se contraíram quando a viu entrando, mas mantendo-se um pouco distante. Em torno da cabeça dele havia uma faixa que cobria apenas o olho esquerdo. — Então, estamos no vendo mais uma vez. — O tom amigável de Bryan contrastava com seu semblante ameaçador. — Por que veio aqui? — Queria saber como você está. — Os dedos dela apertavam a alça da bolsa preta da Gucci. — Então, veio ver o que restou de mim! — Repetiu com a voz intrusiva insistia em falar na sua mente. Mesmo que estivesse maquiada, ela baixou o rosto para ocultar o pequeno hematoma que ganhou após tombar na escada durante a briga com o noivo. — Soube o aconteceu e… — — Pois é, todos sabem que o filho do i
O sonífero trazia uma calma forçada que ela mal podia reagir às investidas incessantes de seu noivo. A mente continuava alternando entre o sono e rápidos momentos de consciência quando sentia um corpo se movendo sobre o dela. Durante o descanso, Bella ouvia os gemidos roucos e tinha breves sonhos eróticos, onde Bryan pegava impulso nos pés, indo mais rápido do que da última vez em que transaram. O corpo mal sentia o prazer que ele lhe proporcionou da última vez. As costas afundaram na cama e, algumas vezes, sentia que algo lhe apertava a garganta, quase sufocando-a. Os raios solares batiam no rosto de Bella, obrigando-a a despertar. Só quando conseguiu abrir os olhos é que percebeu que estava totalmente nua. O corpo todo doía, incluindo as partes íntimas. A boca estava dormente e com um gosto ligeiramente estranho. Deitando a cabeça para o lado, ela fitou o homem relaxado que dormia placidamente. — Só tinha lembranças do jantar, de beber algumas taças de vinho e de sentir muito sono
Romeo voltou ao consultório quando a médica saiu. Ele adotou uma postura displicente e inflou o peito ao fitar Bella. — De quem é esse bebê? — Com um olhar frio, Romeo vasculhou o seu rosto. — Usei preservativo na noite que passamos juntos. Bella sentiu o seu corpo gelar com o interrogatório. Era para sentir alívio, mas na ocasião, os seus pés pareciam estar presos ao chão. “Então, o meu bebê é do Bryan!” Constatou em pensamentos. — Livre disso se quiser casar comigo! — Apontou para a barriga dela. — Não! — Ela exclamou com veemência. Passando a mão na barba, Romeo olhou para a porta que ainda estava fechada e então chegou mais perto da cama, onde Bella aguardava a médica. — Lembra daquela noite? — Indagou em tom baixo… Tenho fotos e vídeos comprometedores que posso jogar na internet e dizer ao seu pai que foi o Bryan. — Meu pai nunca vai acreditar em você. — Confiante, ela retrucou. — Já sei que você trepou com aquele babaca, não precisa mais se fazer de santa… — Os dentes de
Bryan permanecia imóvel diante da janela panorâmica de sua mansão em Madri após passar a noite intensa e regada de luxúria com uma bela ruiva.Deu uma rápida olhada para a garota nua em sua enorme cama e então foi para enorme janela panorâmica de onde podia observar as ondas bravas do mar. As águas revoltas do oceano formavam grandes ondas e, em seguida, quebravam-se na areia com violência. Em alguns momentos, ele se sentia imenso e inquebrável, como se fosse parte daquela força da natureza, mas logo se via fragmentado, como as ondas que se perdiam na areia da praia. O tapa-olho negro, que cobria a cicatriz do acidente, era uma barreira entre ele e o mundo. Seu reflexo no vidro mostrava um homem diferente, alguém que não sorria mais e que já não se reconhecia.Deu um breve olhar furtivo para a mulher que ainda dormia na cama. Os cabelos vermelhos estavam espalhados sobre o travesseiro, o corpo parcialmente envolto no lençol. Nada naquela garota despertava mais seu interesse. Já não d
Levaram alguns minutos para Giovanna aparecer na passarela do evento de moda em Madri, e Bella sentia as mãos soarem ao lado do homem que mal trocava palavras com ela. Bryan chegou a conversar com a elegante mulher ao lado, chegando a dar risinhos… Os músculos faciais de Bella estavam rígidos e as sobrancelhas franzidas. Não sabia dizer se aquela miríade de sentimentos era devido aos hormônios bagunçados devido à gestação. Ela estava prestes a se levantar, mas Justine segurou em seu braço.— Olha a Gio!Os olhos estavam fixos na passarela iluminada. Giovanna desfilava com uma confiança inusitada para sua idade. O cabelo preso em ondas suaves que balançavam a cada passo, parecia uma verdadeira estrela. Admirada, Justina via a filha radiante, com aquele look de outono/inverno que ela imaginou, mas nunca tinha visto de forma tão perfeita.A blusa de tricô oversized na tonalidade terracota envolvia o corpo de Giovanna com suavidade, o ponto grosso do tecido destacando o conforto que ela