Olá, amadas! Fiquei muito feliz com o feedback de algumas leitoras e, por isso, continuarei detalhando tudo até a reconciliação do casal. Agradeço pelos comentários e carinho de todas. Vocabulário: “mon petit” → Significa “Meu pequeno” em francês. "Andiamo" é uma palavra italiana que significa "vai-te embora!" ou "então vamos?" "Caspita" é uma interjeição italiana que expressa impaciência ou contrariedade, dependendo da entonação. Algumas observações sobre uma expressão popular que utilizei no texto. “Pulga atrás da orelha” é uma expressão popular que significa ter suspeitas de algo ou de alguém, ou estar desconfiado.
Por volta das três da tarde, as espessas nuvens cinza enfeiavam o céu. Justine estava sentada ao lado da mulher que conduzia o Mercedes e, em certo momento, sentia saudade da época em que conduzia o próprio carro.Ela fitou o retrovisor para passar um pouco do gloss labial para dar um brilho ao contorno de seus lábios cor de cereja. Foi nesse instante que ela focou nos dois homens sentados no banco carona e se deu conta de que ambos não faziam parte da equipe de segurança do marido.— Não se preocupe, eles não trabalham para o meu primo. — Carol mencionou, assim que notou as sobrancelhas claras em forma de V e os cantos dos lábios abaixados de Justine. — São os meus guarda-costas de confiança. O único problema é que eles odeiam ficar no banco carona porque o carro é meu e eu gosto de dirigir. — Comentou ao reparar nos rostos franzidos de seus seguranças.Dando um sorriso refreado, Justine tirou a presilha e deixou os seus cabelos longos deslizarem por seus ombros.O percurso pelas ruas
— Por que está sendo desrespeitoso com a esposa do meu primo? — A voz de Carol era cheia de autoridade. — Não estou, senhora Juíza… acho que a senhora escutou errado… — O semblante de Alessandro era imperscrutável quando falou.— Saia daqui e leve aqueles seguranças do Kevin com você.— Mas foi o senhor Harrison quem pediu para acompanhá-las — redarguiu o assistente.— Tenho guarda-costas competentes que são da polícia, não preciso do serviço de vocês. — Carol enfatizou.Dando uma rápida olhada pelo local, Alessandro fitou a vendedora que aguardava a tensão amenizar entre eles.— Com licença, senhora! — Ele foi.Era a primeira vez que Justine via o assistente do CEO sair com o rabo entre as pernas. Se por um lado ela estava feliz, por outro, passou a se preocupar. Era óbvio que ele ia entrar em contato com Andrew e, depois, faria de tudo para convencer Kevin de que foi injustiçado. — Obrigada! — Agradeceu Justine ao pegar a bolsa com o jarro de flores e o cartão.Caroline deu uma br
Naquela tarde, Kevin decidiu passar algum tempo com o filho. O menino falava bastante sobre futebol até que chegou ao assunto sobre quando a professora chamou a atenção dele no dia em que ele mentiu para os coleguinhas da turma.— A mamãe ficou triste comigo porque eu menti, aí a bola escapou da minha mão e eu fui pegar porque era o presente que a mamãe me deu no aniversário… — A criança relembrou. — Por que mentiu, Bryan?Os olhinhos da criança seguiam o carro do Batman que bateu no pé da cama. Para o menino, a mentira sobre “o pai ser um jogador de futebol” se confundia com a realidade que havia criado. Como Justine quase não falava sobre Kevin, a imaginação de Bryan idealizou a imagem de como seria o pai e, então, passou a acreditar na própria mentira.— Todos os meus amiguinhos tinham pai e eu também queria ter um…O peito queimava enquanto o senhor Harrison ouvia o relato do filho. Era impossível não se comover com a mentira contada pelo filho.— Também está zangado comigo? — A
A cada passo, Kevin sentia como se as paredes do corredor se fechassem em torno dele. Seus dedos longos abriram os botões do colarinho em uma tentativa inútil de se livrar da sensação sufocante que o envolvia. Ao entrar na sala de estar, ele se deparou com um homem de estatura mediana. O detetive Edoardo Bonanno examinava a elegante sala, cujos móveis certamente valiam mais do que um ano de seu salário.Os passos pesados que se aproximavam atraíram a atenção de Bonanno. Ele se virou para a entrada, enfiando as mãos nos bolsos de seu casaco. Um sorriso enigmático brotou em seu rosto ao avistar Kevin.— Olá, senhor Harrison! — proferiu o detetive, estendendo a mão para cumprimentá-lo. Porém, ao notar que Kevin permanecia imóvel, recolheu-a.— O que aconteceu com o carro da minha prima? — Kevin interpelou.— A Mercedes da sua prima foi alvejada por diversos tiros. Sua esposa estava dentro do carro no momento do ataque — explicou Bonanno.Kevin levou a mão à cabeça, angustiado, e começou
— Detetive, o senhor quer mesmo nos manter presas nesta sala? — Carol ficou em pé. — São só por alguns minutos, senhora Juíza. — Já disse que vários homens saíram de dois carros e atiraram, nós quase morremos hoje e não temos condições de ir até uma delegacia agora. — Ok. — Deu um suspiro cansado. — Vou pegar o depoimento de vocês outro dia… — o detetive girou a maçaneta e abriu a porta. — Vamos! — Kevin tocou na mão de Justine, ajudando-a a se levantar. — Onde está o meu filho? — Ela perguntou fracamente. — Está com a dona Laura… O braço de Kevin pousou em seu ombro num instinto protetor. Todos seguiram pelos corredores, mas não se falaram até sair do hospital. Lá fora, equipe de guarda-costas já esperava na entrada próximo ao carro do senhor Harrison. Após todos se acomodarem no estofado macio do automóvel, Justine deitou a cabeça no ombro de Kevin e suspirou baixinho ao sentir o braço direito envolvendo-a. Do outro lado do banco traseiro do veículo, Caroline tranquilizava
O escritório da suntuosa mansão era preenchido pela sinfonia de gemidos dos beijos selvagens do senhor Harrison. Ele dava leves mordidinhas em seu lábio, aplicando um pouquinho de dor e acariciando com a língua, antes de chupar com mais intensidade. Os dedos de Kevin passearam por seus cabelos, costas e nuca, deslizando por suas costas até apertar a sua nádega. A necessidade de sentir o calor do corpo de sua esposa era crescente. As línguas continuavam enroscando-se num ávido duelo. Depois de quase perdê-la, ele a queria mais do que tudo.Embora a paixão avassaladora a consumisse, Justine não estava cansada e um pouco sensível devido à emboscada. Ela plantava a mão no peito dele, tentando afastá-lo, mas aquele muro de músculos a erguia e a pressionava contra a madeira fria da porta. — Por favor! — Pediu ela, quase sem fôlego. — Preciso de você… — murmurou contra a sua boca, recusando-se a se afastar.Ele puxou o seu lábio entre dentes, aumentando o calor de seus corpos. O corpo dele
— Você ainda me ama? — Justine deu um sorriso lento e doce que quase derreteu a frieza do homem turrão. Ele moveu os lábios como se fosse dar uma resposta; contudo, escolheu o silêncio. Não estava pronto para admitir o que sentia. Juntando as sobrancelhas, deitou na cama de barriga para cima. Mentalmente, estava amaldiçoando o momento em que a prima deu com a língua nos dentes. — Apague a luz! — pediu de forma ríspida. — O que foi, Kevin? Há uma hora, você estava tão gentil… — Não aconteceu nada. Você disse que queria descansar, então deite-se e durma. Era óbvio que aquele homem turrão estava perdido em uma miríade de emoções. — Está muito estressado. É por causa do Alessandro? — Devia ter me contado que ele estava te ameaçando… — E você acreditaria? Você não confiou em mim anos atrás — protestou Justine. — Tenho certeza de que também não confiaria se eu dissesse que ele e Beatrice tentaram me mandar para fora do país com nosso filho. — Mas você não pensou duas vezes antes
A chuva continuava a bater contra a janela quando o clarão repentino de um raio iluminou os seus corpos nus. Justine encaixou-se a ele e sentou lentamente, sentindo a invasão centímetro a centímetro. Ela o recebia com um ardor, como se a cada toque e olhar redescobrisse seu marido. O desejo que sentia era uma corrente profunda e calma, ao mesmo tempo, urgente, que a levava a se perder no momento.As mãos dele desciam da cintura até seu traseiro, apertando-o, guiando os seus movimentos. Os olhos de Kevin percorreram o corpo dela, demorando em seus seios. Ele murmurou algo incompreensível, puxando-a para mais perto antes dos lábios descerem para os seus peitos, onde sugou seu mamilo com intensidade, provocando um arrepio que percorreu todo o corpo de Justine. Revirando os quadris, ela o pressionava mais contra si, intensificando a união de seus sexos.Um gemido escapou dos lábios de Kevin, que ainda mantinha a boca próxima ao seio dela, como se quisesse absorver cada parte de seu prazer.