A cada passo, Kevin sentia como se as paredes do corredor se fechassem em torno dele. Seus dedos longos abriram os botões do colarinho em uma tentativa inútil de se livrar da sensação sufocante que o envolvia. Ao entrar na sala de estar, ele se deparou com um homem de estatura mediana. O detetive Edoardo Bonanno examinava a elegante sala, cujos móveis certamente valiam mais do que um ano de seu salário.Os passos pesados que se aproximavam atraíram a atenção de Bonanno. Ele se virou para a entrada, enfiando as mãos nos bolsos de seu casaco. Um sorriso enigmático brotou em seu rosto ao avistar Kevin.— Olá, senhor Harrison! — proferiu o detetive, estendendo a mão para cumprimentá-lo. Porém, ao notar que Kevin permanecia imóvel, recolheu-a.— O que aconteceu com o carro da minha prima? — Kevin interpelou.— A Mercedes da sua prima foi alvejada por diversos tiros. Sua esposa estava dentro do carro no momento do ataque — explicou Bonanno.Kevin levou a mão à cabeça, angustiado, e começou
— Detetive, o senhor quer mesmo nos manter presas nesta sala? — Carol ficou em pé. — São só por alguns minutos, senhora Juíza. — Já disse que vários homens saíram de dois carros e atiraram, nós quase morremos hoje e não temos condições de ir até uma delegacia agora. — Ok. — Deu um suspiro cansado. — Vou pegar o depoimento de vocês outro dia… — o detetive girou a maçaneta e abriu a porta. — Vamos! — Kevin tocou na mão de Justine, ajudando-a a se levantar. — Onde está o meu filho? — Ela perguntou fracamente. — Está com a dona Laura… O braço de Kevin pousou em seu ombro num instinto protetor. Todos seguiram pelos corredores, mas não se falaram até sair do hospital. Lá fora, equipe de guarda-costas já esperava na entrada próximo ao carro do senhor Harrison. Após todos se acomodarem no estofado macio do automóvel, Justine deitou a cabeça no ombro de Kevin e suspirou baixinho ao sentir o braço direito envolvendo-a. Do outro lado do banco traseiro do veículo, Caroline tranquilizava
O escritório da suntuosa mansão era preenchido pela sinfonia de gemidos dos beijos selvagens do senhor Harrison. Ele dava leves mordidinhas em seu lábio, aplicando um pouquinho de dor e acariciando com a língua, antes de chupar com mais intensidade. Os dedos de Kevin passearam por seus cabelos, costas e nuca, deslizando por suas costas até apertar a sua nádega. A necessidade de sentir o calor do corpo de sua esposa era crescente. As línguas continuavam enroscando-se num ávido duelo. Depois de quase perdê-la, ele a queria mais do que tudo.Embora a paixão avassaladora a consumisse, Justine não estava cansada e um pouco sensível devido à emboscada. Ela plantava a mão no peito dele, tentando afastá-lo, mas aquele muro de músculos a erguia e a pressionava contra a madeira fria da porta. — Por favor! — Pediu ela, quase sem fôlego. — Preciso de você… — murmurou contra a sua boca, recusando-se a se afastar.Ele puxou o seu lábio entre dentes, aumentando o calor de seus corpos. O corpo dele
— Você ainda me ama? — Justine deu um sorriso lento e doce que quase derreteu a frieza do homem turrão. Ele moveu os lábios como se fosse dar uma resposta; contudo, escolheu o silêncio. Não estava pronto para admitir o que sentia. Juntando as sobrancelhas, deitou na cama de barriga para cima. Mentalmente, estava amaldiçoando o momento em que a prima deu com a língua nos dentes. — Apague a luz! — pediu de forma ríspida. — O que foi, Kevin? Há uma hora, você estava tão gentil… — Não aconteceu nada. Você disse que queria descansar, então deite-se e durma. Era óbvio que aquele homem turrão estava perdido em uma miríade de emoções. — Está muito estressado. É por causa do Alessandro? — Devia ter me contado que ele estava te ameaçando… — E você acreditaria? Você não confiou em mim anos atrás — protestou Justine. — Tenho certeza de que também não confiaria se eu dissesse que ele e Beatrice tentaram me mandar para fora do país com nosso filho. — Mas você não pensou duas vezes antes
A chuva continuava a bater contra a janela quando o clarão repentino de um raio iluminou os seus corpos nus. Justine encaixou-se a ele e sentou lentamente, sentindo a invasão centímetro a centímetro. Ela o recebia com um ardor, como se a cada toque e olhar redescobrisse seu marido. O desejo que sentia era uma corrente profunda e calma, ao mesmo tempo, urgente, que a levava a se perder no momento.As mãos dele desciam da cintura até seu traseiro, apertando-o, guiando os seus movimentos. Os olhos de Kevin percorreram o corpo dela, demorando em seus seios. Ele murmurou algo incompreensível, puxando-a para mais perto antes dos lábios descerem para os seus peitos, onde sugou seu mamilo com intensidade, provocando um arrepio que percorreu todo o corpo de Justine. Revirando os quadris, ela o pressionava mais contra si, intensificando a união de seus sexos.Um gemido escapou dos lábios de Kevin, que ainda mantinha a boca próxima ao seio dela, como se quisesse absorver cada parte de seu prazer.
Segurando a bola de futebol que o pai havia comprado naquela manhã, Bryan olhava ansioso pela janela. O garoto não via a hora de chegar à escola primária onde estudava antes do acidente. Queria apresentar todos os coleguinhas para o pai. Em silêncio, Kevin sorria quando o filho falava o nome dos amigos, mas estava apreensivo. Constantemente, os seguranças que estavam no carro se comunicavam com os guarda-costas que iam no carro mais adiante e outros que vinham logo atrás fazendo a segurança do Senhor Harrison e de seu filho. Mentalmente, ele ponderava quanto tempo Justine levava de ônibus do conjunto habitacional da Via Salomone até a Via Sulmona, antes de ir trabalhar nos dois empregos. Ela provavelmente gastava mais de uma hora de ônibus para levar e buscar o filho na Scuola dell'infanzia Sulmona. Logo, os veículos estacionaram um atrás do outro em frente à escola. Kevin deu uma boa olhada nas folhas verdes das plantas encostadas nas grades cinzas que ladeavam a escola com uma fac
— Qual é o seu problema, Kevin? — Gritou, revoltada. — Sumiu por anos e agora quer ganhar o prêmio de melhor pai do mundo? — Estou com dor de cabeça, não estou a fim de discutir. — Ele ressaltou enquanto afrouxava o nó da gravata. — Não pode simplesmente sair com o meu filho sem me avisar. — Bryan também é o meu filho. — Ele refutou, — além disso, eu avisei a dona Laura. — Você nem sabia da existência dele há algumas semanas… Espremendo os olhos, ele fitava a mulher mais baixa enquanto abria os botões da camisa e, após tirar aquela parte de cima da roupa, tacou sobre a poltrona. — Você rejeitou o seu filho quando eu estava grávida… — Ultrajada, ela jogou a verdade na cara do senhor Harrison. Apesar de tudo o que Kevin fazia para se redimir como pai e marido, Justine sempre o lembraria do que fez. O peitoral do Senhor Harrison começou a inflar e desinflar em uma respiração descompassada. — Você me deu motivos. — Disparou indignado. Um calor subiu o rosto de Justine
A excitação flamejava dentro das quatro paredes daquele quarto. As mãos longas de Kevin deslizavam por seus ombros até os contornos do decote quadrado de seu vestido. Os dedos exploravam os seios dela, sentindo a pele quente e macia sob o tecido fino. O toque ia ganhando intensidade conforme suas mãos desciam pela cintura esguia de Justine, percorrendo cada curva com uma devoção inegável. Ele traçava o caminho lentamente, deixando o tecido subir e expondo a pele aos poucos, como se a descobrisse com um toque voraz.Era incapaz de conter a própria respiração enquanto sentia calor e o peso do seu corpo que parecia envolvê-la por completo. Abruptamente, ele arrebentou uma alça depois da outra de seu vestido. Puxou o tecido fino, deixando os seios cálidos à mostra. Justine se derretia com o calor da língua, traçando círculos lentos e precisos ao redor de seus mamilos. Kevin permanecia com os olhos fixos em seu rosto, capturando cada uma de suas reações. Ele deslizou a mão para o meio das