Fiona Morelli
"A maneira mais comum das pessoas desistirem do seu poder é pensando que não têm nenhum." — Alice Walker Giancarlo não consegue tirar os olhos de mim e isso não é bom,ele levanta e caminha em minha direção com aquela figura imponente. Felippo se abaixa um pouco e diz: —Ele vem aí,me chame se precisar de alguma coisa Fiona. —Não se preocupe mio fratello.—Digo—Ele não é louco para tentar alguma coisa aqui. Meu irmão acena e saí em direção a mesa onde estão nossos pais. Não desvio o olhar dele nem um segundo vejo os olhos negros analisarem cada pedaço do meu corpo nesse maldito vestido e um sorriso de canto aparecer no rosto dele. Giancarlo se aproxima de mim como se eu fosse a presa e ele o caçador,sorrio com essa nova descoberta. O maior erro que um ser humano pode cometer é subestimar outrem e acho que Giancarlo fez isso,se ele soubesse o real motivo de eu ter aceite esse casamento não estaria com essa cara. Giancarlo para na minha frente e me humilha com a sua altura nem o salto alto de tamanho quinze pode me deixar da mesma altura que ele,o perfume dele invade minhas narinas me fazendo ter pensamentos obscenos levanto o olhar e vejo um Apolo com um corte de cabelo diferente e olhos negros quem desenhou esse homem devia ser enforcado e enterrado a quatorze palmos da terra isso sim. Giancarlo é um perigo para o equilíbrio de qualquer mulher. —Mia bella, non devi indossare questo tipo di vestiti, sei già fidanzata.—Diz ele em um tom zombeteiro. —Ho ancora qualche ora di libertà, fidanzato.—Respondo no mesmo tom. Giancarlo não sabe com quem está se metendo e eu irei fazer a questão dele saber na hora certa com quem ele se casou. —La mia fidanzata ha una lingua tagliente, adorerò domarla.—Ele j**a um balde de água fria me mostrando que falei de mais. —Me perdoe,Don.—Digo abaixando o olhar,Giancarlo segura no meu queixo com o dedo indicador e me obriga a encará-lo. —Gosto de mulheres com a língua afiada,bella selvaggia.—Diz com uma voz rouca e sexy. —Então sinto muito por decepciona-lo Don.Não sou esse tipo de mulher.—Falo enquanto olho ao redor procurando um rosto bastante familiar. —Primeiro,não me chame mais de Don porque daqui a exatos dezassete horas serei oficialmente seu marido.Segundo,não perdoou traições ou mentiras.—Fala enquanto se aproxima mais de mim—E por último e não menos importante,irei mata-lo assim que eu descobrir o nome do homem que estavas a procura a cinco segundos atrás. —Eu não estav..... —Não preciso de suas falsas palavras.—Mim interrompe ele enquanto eu tento me justificar.—Espero que vocês dois sejam espertos o suficiente para que eu não descubra. Engulo em seco com as palavras dele,como deixar ele ver através de mim.Burra,burra,como fui dar um deslize desses. —Agora vamos ao show principal.—Diz me guiando para o centro do salão. Ele acena para alguém e o mestre de cerimônia começa com um discurso fajunto,depois de algum tempo temos a luz principal focada em nós dois. Giancarlo tira uma caixinha simples de couro preta do bolso,e em pé faz o pedido oficialmente. —Aceita se casar comigo?—Pergunta Ele nem se deu ao trabalho de ajoelhar,esse pedido de casamento me faz querer rir mas uso de toda a minha seriedade olhando para o anel exposto e respondo. —Sim aceito.—Respondo com um falso sorriso no rosto. Depois que o Giancarlo põe o anel de diamante de quatorze quilates que por sinal é bem pesado para o meu dedo anelar,ele deposita um beijo casto na minha testa e pega a minha mão. Um por um vêm nos parabenizar pelo noivado mas uma mulher chama a minha atenção por não tirar os olhos do Giancarlo,ela é loira e têm olhos azuis. Giancarlo têm gostos bem peculiares posso assim dizer se envolver com uma loira,isso só pode ser uma piada. Cansada de estar em pé digo ao Giancarlo que preciso sentar e ele solta a minha mão,caminho em direção a nossa mesa mas no meio do trajecto Katarina me chama e vou até ela. Na mesa estão Katarina,Riina,Paola,e Giovanni nenhum sinal do Luigi e nem do Luca tenho a certeza que eles estão putos com esse noivado que nem deram as caras. —O que acha da festa?—Pergunta minha sogra com entusiasmo e Paola revira os olhos. —Está tudo tão bonito,meus parabéns Katarina!—Respondo a verdade. —Fico feliz que tenha gostado de tudo —Diz sorrindo —Meninos dêem um oi para a vossa cunhada. —Oi Fiona.—Giovanni é curto na sua interação comigo. Vejo dor e tristeza nos olhos castanhos do Giovanni quando olho para ele. —Ola Giovanni e Paola —os comprimentos. —Fiquei a espera do seu convite e nada!—Paola faz beicinho e me lembra o que prometi para ela. —Me desculpe,é que andei tão ocupada que acabei me esquecendo!—Digo a menina de cabelo roxo.—Mas prometo te recompensar.—Acrescento logo em seguida. Nos encontramos por acaso quando Paola esteve em Londres e ela me fez prometer que eu a convidaria para um jantar. —Estás belíssima,Fiona!—Elogia meu sogro. —Obrigada,Riina!—Digo—Se me dão licença,preciso ir falar com meus pais.—Digo não aguentando o olhar que o Giovanni dá para mim. —Está bem,querida.—Responde Katarina. Continuo o meu caminho até a mesa em que estão meus pais,meu olhar cai para o fundo do salão onde vejo o Risa quase fodendo uma mulher o que me faz rir já que meu irmão não têm nenhum pudor quando o assunto é sexo. Meus estão a conversar com alguns amigos da família,e não vejo nenhum sinal do Fellipo.Mim aproximo da mesa e me sento ao lado da minha prima. —Ele te deseja e não faz questão de esconder isso,prima.—Diz Elisabeta —Pude perceber. —E agora?Isso não muda tudo?—Pergunta ela enquanto toma um gole da sua bebida. —Isso não muda nada,não pretendo me apaixonar por ele nem hoje e nem nunca. —Porque não tenta conversar com ele sobre isso? —Não irei discutir isso agora—Digo e ela acena concordando.—Vamos aproveitar a festa. Passo o resto da festa com o Giancarlo na minha cola o que me deixa um pouco desconfortável pois sei que ele se sente tão atraido ao ponto de não querer que outros homens se aproxime de mim. Saio da festa cansada e com sono que a única coisa que penso agora é em um banho quente e a minha cama. *** Acordo com o barulho estridente da porta abro os olhos e me espregiço bocejando,levanto e abro a porta.A soldado olha para o meu pijama um pouco surpresa eu acho,o que me faz rir. —Vai continuar parada aí ou vai entrar?—Pergunto para Hannah que ainda me olha incrédula. A minha camisola têm a cara do Meliodas estampada nela,é um presente de alguém muito especial e importante para mim. —Me mandaram informar que a Senhora Saltori chega em uma hora para a entrega do presente!—Me informa Hannah confirmando que Katarina me aprovou como sua nora. É uma tradição italiana que a sogra entregue um presente antes do casamento para confirmar que aceita a mulher que o seu filho escolheu e que concorda com o casamento dos dois.Mim surpreende que eles sigam esse costume aqui na máfia. —Já amo a sua sogra,Fiona!—Elisabeta diz enquanto olha maravilhada para "os presentes" que a Katarina trouxe. Estamos sentadas no chão da sala de estar abrindo os presentes que a minha sogra trouxe,aqui têm tudo e mais um pouco e tudo bem chique. Ela trouxe o vestido de noiva,o buquê ,sapatos,langiere,brincos e um colar que segundo o bilhete diz ser da avô do Giancarlo e que sempre se oferece a próxima matriarca da famiglia. —Não é para tanto,Elisa.Ela pode ser uma megera quando não vai com a sua cara.—Digo fazendo-a rir.—Tenho muita sorte de estar na lista dos favoritos dela. Uma empregada entra trazendo consigo com uma bandeja de comida fazendo na mesma hora minha barriga roncar de fome,a única coisa que comi ontem na festa foi um ravioli e uma taça de champanhe o que foi um grande sacrifício da minha parte. Ela deixa a bandeja na mesinha de centro e saí,sirvo bucatini all'amatriciana com molho enquanto que a Elisa escolhe o polpettone. —Existe melhor comida que isso?—Pergunto depois de dar uma garfada no bucatini all'amatriciana que está no prato. —Claro que existe.—Diz mordendo o polpettone em suas mãos.— Espero que o seu futuro marido não se assuste com a quantidade de comida que comes.—Acrescenta rindo. —Nem como tanta comida assim.—Digo indignada com a sua acusação. —Hummm sei.—Responde intensificando o riso. Olho fixamente para o vestido em cima da cama,ainda não acredito que estou prestes a casar com o Giancarlo mas agora estou aqui com um vestido digno de uma princesa para usar. Passo a mão no vestido,o relevo dos bordados e a suntuosidade do vestido,me fazem ter um calafrios. Ele é maravilhoso,em um tom branco pastel,é um modelo longo com um corpete fechado por toda extensão,decorado com rubis vermelhos.A manga é caida no ombro e a barra abria-se em babados ondulados. Numa almofadinha de cetim branca está uma pequena coroa também de rubis,olho para a peça incrédula,não é possível que tenho de usar isso. Após o banho,coloco o vestido,há um ziper na lateral o que facilita para fechar sem a ajuda de alguém,o comprimento está um pouco grande mas com o scarpin saltos altos,encoberto de renda e decorado de pequenos rubis vermelhos seguindo o mesmo estilo do vestido e da coroa,ficou perfeito. Fiz um coque alto,preso firme nos cabelos e prendi-os com alguns grampos.Fiz a maquiagem mais simples que consegui,olho o meu reflexo no grande espelho e não me reconheço,era para ser um casamento simples,um vestido simples mas está tudo ao contrário. Minha mamma começa a lacrimejar no momento em que entra no quarto e me vê. —Estás que nem uma princesa,mi hija. —Não precisa chorar,mamma!—Digo emocionada.—Está estragando a sua maquiagem. —Me perdoe,é que não aguentei.—Limpa os olhos com cuidado.—Vamos,que todos estão a nossa espera. O casamento irá realizar-se numa igreja que a família construiu,todos ficam atônitos com a minha chegada e a Elisa limpa os olhos e o meu papà também. O soldado abre a porta e me ajuda a descer do carro,irei entrar com meu papà. A marcha nupcial é a música Bella Ciao muito ousado,caminho lentamente e desfruto de cada olhar de admiração de todos os presentes,Katarina fez uma ótima escolha. Giancarlo me olha satisfeito mas meu olhar recaí para Luigi que é um dos padrinhos,ele me olha e sinto o meu coração se partindo em milhões de fragmentos já não sei se quero isso,se eu sair daqui agora ainda posso recuperar a minha felicidade. Começo a retroceder os passos e meu papà aperta minha mão como se soubesse o que eu estava prestes a fazer,olho para ele e vejo toda tristeza e pesar então decido continuar com isso. Todo casamento aconteceu em câmara lenta desde que o padre começou a falar até o momento em que cortam a base da minha mão e juntam o meu sangue com o do Giancarlo e amaram com a fitinha azul.Foi o beijo mais vazio que dei mas o Giancarlo retribui com um beijo calmo e carinhoso,isso tudo é tão errado. Depois do casamento somos coroados com uma chuva de arroz e uma grande fila de parentes,amigos e convidados,pois ninguém pode sair da igreja antes de cumprimentar os noivos,é um gesto sagrado típico dos italianos. A decoração do salão é sutil,delicada e cheia de detalhes.As mesas onduladas trouxeram ainda mais leveza à decoração. Os móveis brancos,juntamente com as flores e folhagens em tons clarinhos dão a uma certa impressão de paz e acolhimento. A mesa de bolo abre espaço para uma sala com um cenário para produzir fotos. A festa acontece no automático desde o brinde ao corte de bolo,o meu melhor sorriso fingido não saí do meu rosto até o momento da valsa onde o Giancarlo cola o corpo ao meu,sussurando obcenidades. —Não vejo a hora de você ser minha.—Sussurra com a voz rouca me fazendo estremecer. Antes de que eu tenha a oportunidade de responder,o Luca pede para dançar comigo. —Faça qualquer gracinha e eu corto as suas bolas,fratello.—Diz Giancarlo para o Lucas. —Não sou quem não sabe respeitar as mulheres dos outros.—Responde atiçando a ferra.—Mas pode deixar que irei a tratar melhor que você. Giancarlo saí me deixando contra a sua vontade e o Lucas sorri orgulhoso. —Quando eu soube que Giancarlo ia casar com você,tive vontade de matá-lo.—Fala tão perto que consigo ouvir os seus batimentos cardíacos.—Mas então,quando eu te vi na festa de noivado descobri que não era ela. —Era só isso?—Pergunto cansada de estar aqui. —Tenha cuidado com o Giancarlo.Ele é um tanto violento e perigoso.—Ironiza ele. Daí-me paciência,pois a que eu tinha esgotou-se com essa última frase. —Obrigada pelo grande aviso.—Respondo parando de dançar. Caminho até a mesa em que o Giancarlo está sentado. Puxo a cadeira e sento olhando para o meu inimigo mortal.Fiona Morelli “ A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.” —Aristóteles—Vá buscar suas coisas que partimos hoje mesmo,fidanzata.—Diz Giancarlo —E vá se trocar antes de sair.—Acrescenta já se afastando.Suspiro enquanto o vejo partir,Giancarlo é um homem complexo e difícil que não sabe o que é amar.Um alívio que eu não terei que doma-lo,porque o meu plano só funcionará se ele continuar a ser um homem implacável e impiedoso,já não existe rendição para ele.Mando uma mensagem para o meu pai,avisando-o de tudo.E então me levanto e caminho até uma pequena sala onde já encontro uma caixa preta na mesa.Troco o vestido de casamento por um outro branco acima dos joelhos.Giancarlo deixou um carro a minha disposição sem nenhuma escolta ou soldados por perto para a minha protecção,algo muito estranho para um Don fazer com a sua esposa mas não questiono nada querendo ver até onde isso vai. Entro no carro e di
Giancarlo Saltori “Meu pai comparou o entrelaçar dos fios do linho à trama do destino, que alinhava as ações humanas, gerando encontros e desencontros.” —João Anzanello Carrascoza.—Don,já levaram a sua esposa para a sede.—Informa Barba em um tom de descontentamento pelo que vai acontecer a seguir. —Ela está ferida?—Pergunto enquanto ando até o carro. —Sim,Don.O carro em que ela estava capotou três vezes,o motorista quebrou o pescoço com o impacto enquanto que ela teve um corte na testa e desmaiou no local.—Responde. Entro no saguão da sede e vou direito ao elevador,na sala já se encontram dez dos onze capos e o meu consigliere.Olho ao redor procurando o Luigi que é o meu sottocapo e não o encontro,então mando um dos soldados a sua procura.A entrada da família Morelli para essa sala está proibida. —Don.—Cumprimentam todos ficando de pé quando entro. Sento no meu lugar e
Fiona Morelli “Quando atacar alguém por vingança, prepare duas covas.” —ConfúcioDigo ao Giancarlo que estou com fome e ele sai do quarto,aproveito o momento para perguntar algumas coisas para o doutor Bullati.—Quem o chamou pra cá,Doutor Bullati?—Pergunto.—O seu pai me mandou ficar de prontidão essa manhã,Senhora.—Ele faz uma pausa e arruma melhor os óculos—Mas depois recebi um telefonema do Sottocapo,ele disse que o Don precisava dos meus serviços.Queria recusar,mas quando ele disse o seu nome vim rapidamente.Pisco atordoada com a informação,meus pais já sabiam disso e mesmo assim não me contaram nada.—Preciso ficar de repouso por quantos dias?—Pergunto a ele.—Duas semanas no mínimo,Senhora!—Responde conhecendo o sentido da minha pergunta.—Você partiu algumas costelas no acidente,e isso só agravou o seu quadro.Mas não é nada que irá mata-la,peço que se
Giancarlo Saltori —O mais terrível de todos os males, a morte, não significa nada para nós, justamente porque, quando estamos vivos, é a morte que não está presente; ao contrário, quando a morte está presente, nós é que não estamos.” —EpicuroO doce cheiro de sangue chama minha atenção assim que piso na sala dos Vallati. —Como isso aconteceu no meu território?—Pergunto aos incompetentes na minha frente e os vejo estremecer com medo. Se têm uma coisa que não admito é que qualquer um pense que pode fazer o que bem entender no meu território e sair impune disso.Otto Vallati e toda sua família estão mortos.As mulheres mortas com dois tiros na testa enquanto que o Otto e o filho inconsequente dele comeram as próprias bolas,a sala suja de sangue dá uma perfeita obra de arte,que não me agrada no momento por parar alguns dias os negócios que o velho estava encarregue.A forma que eles morreram mostra que a raiva deles estava direcionado no Otto e
Fiona Morelli —“Tudo envolve riscos. Não fazer nada também é arriscado. A decisão é sua." — Nicola YoonNesses últimos dias,o Giancarlo foi comigo a todas consultas que eu tinha.Descobrimos pelo raio-x que fiz que eu havia partido quatro costelas,nada grave mas que para ele poderia significar a perda do seu pote de ouro e me receitaram alguns remédios que o Giancarlo fazia questão que eu tomasse todas as noites antes de dormir para esconder as suas saidas noturnas. Até que o filho da mãe tinha um ótimo plano,porém ele me subestimou bastante.Não fiz questão de descobrir quem é a cyka com quem ele anda fodendo por aí,porque isso pouco me importa.Partimos hoje para Nova Iorque,e eu não poderia ir sem primeiro me despedir da minha família. —O que aconteceu na minha ausência.—Pergunto e eles olham estranho para mim.—O que aconteceu? Repito a pergunta não gostando do silêncio dos dois. —Houve um ataque na Suécia.—Risa é o primeiro a abrir a boca. —Que
Fiona Morelli —"Sou um pouco de todos que conheci, um pouco dos lugares que fui, um pouco das saudades que deixei e sou muito das coisas que gostei." —Antoine de Saint-Exupéry—Já pode tirar essa cara,é só mais um edifício.—Digo a Hannah que olha maravilhada para o edifício a nossa frente. —O don gosta mesmo de luxo,mas não pensei que a senhora fosse viver numa gaiola.—Fala meio aérea.—Isso é só algo temporário.—Digo.O edifício tem 86 andares,o apartamento do Giancarlo fica na cobertura.Ficaremos aqui por alguns dias,até que as reformas da mansão que ele comprou termine.Entramos no saguão e o porteiro sorridente nos cumprimenta e nos guia até o elevador particular.E não me surpreendo quando o elevador pede uma senha para a cobertura,ele já havia dito sobre isso. —Digite 666.—Digo a Hannah e a vejo tentar conter a gargalhada. —Isso é serio,Fiona?—Pergunta e dou de ombros. —Casei com o próprio lúcifer.—Hannah digita a senha e a vejo rir quando o elevador
Fiona Morelli" A existência é apenas uma série de notas de rodapé de uma vasta, obscura e inacabada obra-prima. — Vladimir Nabokov " Se alguém perguntasse agora como estou,eu responderia fodida e na merda. Minha mamma Andreza está a duas horas a falar sobre como devo mim comportar amanhã em frente de todo a família,como se eu fosse uma mulher das cavernas. —Mamma,eu sou um anjo!—Digo já cansada de toda essa ladainha.—Um anjinho sei bem.—Rebate ela —Mamma esse casamento não têm como dar certo!—Digo penteando o meu cabelo. —Eu sei mia cara mas não tem nada que possamos fazer.— Responde minha mamma pegando a escova da minha mão e começando a pentear o meu cabelo. —Posso pedir para ele reconsiderar ou posso dizer que já não sou mais pura.—Digo séria. —Isso não vai funcionar,ele já decidiu! —Como assim mamma?— Pergunto um tanto curiosa,porquê ela têm tanta certeza assim. —Ele vai completar trinta e seis esse ano,então todo o conselho exigiu que ele se casasse para garantir um h
Fiona " Devemos ter amigos que nos ensinam o bem; e perversos e cruéis inimigos, que nos impeçam de praticar o mal." " Diógenes de Sinope " —Essa é a Hannah.—Diz mamma apontando para uma mulher loira. —Prazer em ti conhecer Hannah!—Falo dando-lhe um abraço e dois beijinhos no rosto,ela retribui como se sentisse saudades. —Seja bem vinda de volta,Annalie!—Diz Hannah mim soltando. —Já nós vimos antes?—Pergunto a Hannah. —Acho que não!—Responde no modo automatico como se desse conta de que falou de mais. —Vai com calma,Fiona...—Fala mamma rindo.—Ainda terá muito tempo para isso. Espera aí,como assim terá muito tempo para isso. —Não estou entendendo mamma,o que quis dizer com o "terá muito tempo para isso"?—Pergunto franzindo a testa. —Hannah é a soldado que seu papà encarregou para a sua segurança.—Responde.—Achamos que ter uma mulher por perto te fará bem. Como é que deixei que a minha vida chegasse até esse ponto? Quando você aceitou casar com o Giancarlo resp