Capítulo 2

Giancarlo Saltori

" O que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo.

Clarice Lispector "

—Quem te mandou?—Pergunto mais uma vez para um dos cinco homens que ainda continua vivo.

Eles tiveram muita ousadia ou foi burrice mesmo em pensar que conseguiriam roubar alguma coisa de mim.

—Não falarei nada para você seu filho da puta italiano.—Fala e depois cospe na minha cara.

Pego um lencinho no bolso e limpo a minha cara,ele não sabe como mim dá muito prazer dobrar um homem.

—A parte de eu nunca saber o nome do teu chefe é apenas uma ilusão que o teu cérebro minúsculo projectou.—Digo caminhando em direção a mesa cheia de ferramentas de tortura.—Barba traga a família dele.

Mando o meu soldado que não demora muito em trazer uma mulher e duas menininhas que começam a chorar quando vêm os homens mortos pendurados na parede.

—Ouvi dizer que um homem faz de tudo pela sua família é verdade Barba?—Pergunto para o meu soldado,não demora muito e ele dá uma resposta.

—Sim Don.—Responde ele sabendo porque fiz a pergunta.

Gosto de pessoas rápidas e eficientes.

—Minha família não têm nada haver com isso.—Rosna o homem se debatendo nas correntes que o prende ao teto.

—Pensasse nisso antes de tentar mim roubar.—Respondo.—Quem mato primeiro,a pequenina ou a mais velha?—Pergunto com um sorriso.

—Senhor por favor não mate as minhas filhas!—Súplica a mulher de cabelos loiros e várias cirurgias plásticas.

—Diga para o seu marido contar tudo o que sabe,senão as menininhas vão para o céu.—Falo calmo.

Só um homem fraco é influenciado por uma buceta!

—O senhor promete?—Pergunta ela e aceno concordando,então continua.—Steve diga logo esse maldito nome.—Grita a mulher do cara.

—Um homem nos procurou a três dias atrás e disse que tinha uma coisa que perdeu e que queria recuperar.Ele disse que pagavam cinco milhões se conseguisse-mos de volta.—Diz ele.

—Qual é o nome desse homem?—Pergunto quando ele para de falar.

—Ele disse que se chama Luigi Saltori.—responde ele—já contei tudo que sei,então já pode soltar elas.—Suplica o malledeto

Pego a adaga mais afiada da mesa e caminho até a mulher loira e separo a cabeça do resto do corpo.

As meninas intensificam o choro ao ver a mãe delas morta e sangue espigando da minha adaga.

—Resposta errada.—Digo sério.—Chega de brincadeiras.

O homem é só um bode expiatório,ele não têm nenhuma informação valiosa então ele e a sua família não têm nenhuma importância.

Dou um tiro bem no meio da testa da filha mais velha dele e caminho em direção da outra que ném se assustou com o barulho do tiro.

—A culpa da sua mãe e irmã estarem mortas é do seu pai.—Falo para a menininha que ainda continua olhando para a cabeça de sua mãe.—Vingue elas matando o único responsável pelo sua morte.

Ela deixa a cabeça da irmã no chão,dou-lhe uma arma e ela aponta directamente para o pai.

—Não faça isso princesinha,sou eu o papai.—Tenta a convencer.—O senhor prometeu para a minha esposa que não mataria as nossas filhas!

—Acabe com isso de uma vez,princesinha.

A menina puxa o gatilho e dispara cinco vezes no pai,isso que eu chamo de reviravolta entusiasmante.

—Obrigado princesinha por melhorar o meu dia!—Digo dobrando a perna direita e ficando da mesma altura,ela sorri e os olhos cinza brilham

—Por isso merece um presente especial.—Acrescento pegando a arma e dou-lhe um tiro na cabeça,ela cai morta.

Levanto e caminho até a porta,mas antes digo para os três soldados cortarem as cabeças dos outros,colocar numa caixa e mandar para Los Zeta.

Esses malditos mexicanos tentaram mim desafiar por isso merece um pequeno aviso de o que faço com quem desafia a Cosa Nostra.

No caminho até o elevador o meu celular toca,o pego no bolso e atendo.

—O que aconteceu?—Pergunto assim que atendo a chamada do Riina

—Estou bem,filho.—Responde meu pai sendo sarcástico e enfatizando a palavra filho,o que não gostei nem um pouco.—O conselho marcou uma reunião para amanhã.

—Estarei aí.—Digo terminando a chamada.—Barba prepare tudo,partimos em três horas no máximo.

—Sim Don—Responde ele começando a fazer algumas ligações.

O avião aterrissou na Itália a algumas horas,estou em um hotel no centro da Cidade de Palermo,não fui para a mansão da família por não estar com humor para aguentar a bajulação do meu pai.O Riina consegue ser bem irritante quando quer.

Estamos num carro a caminho da mansão do meu falecido avó que o inferno o queime,onde se realizará a reunião com o conselho.

Matteo veio também para essa reunião de última hora,mandei-lhe que investigasse um pouco sobre o que aqueles velhos estão planejando,ser pego de surpresa não é uma opção.

—Qual é o assunto da reunião?—Pergunto ao Matteo meu consigliere.

—O seu casamento com a caçula dos Morelli!—Responde ele enfatizando a palavra casamento com os dedos.

—Casar com uma menor ainda continua ilegal,mio caro.—Digo soltando uma gargalhada.

—Ela já é maior de idade.—Responde.—Como você não achou a adequada nas dez mulheres que o conselho já sugeriu então decidiram que ela é a escolha certa.

Fala ele acrescentando um tom dramático no final.

Fiona é filha do ex consigliere do meu pai,dá última vez que vi essa menininha tinha onze ou doze anos.

—Adequada para o Luigi,Luca ou até mesmo o Giovanni mas não para ser a esposa do Don.Não tenho paciência para aturar uma menininha mimada.—Digo com um tom frio.

—O conselho não vai aceitar um não como resposta e os teus trinta e seis anos são um motivo mais que suficiente para eles!

Matteo têm razão,os velhos não vão mim deixar em paz.

—O que você descobriu?—Pergunto sabendo que ele fez uma pesquisa.

—Ela traz uma grande oportunidade de expandir o nosso território.Sendo a neta do chefe da máfia espanhola,poderemos fazer uma aliança.—Diz ele.

—É por essa razão que escolhi você como meu consigliere Matteo.

Digo com um sorriso no rosto por ter outra vantagem ao mim casar para além de ter uma boceta mim esperando em casa todos os dias.

—O seu pai foi muito esperto ao acrescentar essa parte a barganha,o velho Morelli estava tão desesperado para salvar o couro do irmão que não percebeu que condenou todas as mulheres que nascesse da sua linhagem.

—Até agora nenhuma mulher reclamou dos meus tratos.—Digo movimentando a língua de um canino para o outro.

Barba abre a porta interrompendo a conversa para avisar que já chegamos a mansão,fiquei tão entretido que nem reparei.

Desço do carro e Matteo faz o mesmo,caminhamos até a grande mansão.

—Irei casar-me com a caçula dos Morelli!—Digo assim que entro na sala de reuniões.—A festa de noivado será em dois dias.

Todos os chefes das dez famílias olham em minha direção surpresos com o que acabei de falar.

—Dois é muito pouco tempo!— Ferrone Biagio é o primeiro a se manifestar

—Achei que já tivesse preparado isso.—Falo sério.

—Mas Don assim não teremos como convidar os nossos aliados!—Comenta Onorato um dos conselheiros.

—A menina não está aqui na Itália e além disso precisamos avisar o Vincenzo sobre essa decisão!—Responde meu pai.

—Vós dou quatro dias para preparar tudo.—Digo.—Quero algo íntimo.

—Não se preocupe filho.—Diz meu pai.

Saio do mesmo jeito que entrei com Barba,Matteo ficou a conversar com o pai.No meio do caminho vejo Luigi com as mãos no bolso e apoiado a porta.

—Fiona te odeia,mio fratello!—Diz ele.

—Ela é uma mulher como as outras,não será nenhum problema engravidar-lhe Luigi.—Falo.

—E o Luca?—pergunta.—Ele a ama e não vai aceitar esse casamento.

—Não sou o culpado se a Katarina não soube dar limites ao miúdo!—Falo.—Nem sempre temos o que queremos.

—E se ela lembrar de tudo?O que vai fazer?—Diz caminhando de volta ao escritório.

Como será que está a menininha dos cabelos negros.

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