Giancarlo Saltori
"Ele tentou não olhar para ela, como se fosse o sol. Mas, como o sol, ele a viu mesmo sem olhar para ela." — Liev Tolstói —Aquela menina não têm o que você precisa,Giancarlo!—Diz a loira vestindo a mini saia. —Isso não é da sua conta ou devo te fazer lembrar qual é a sua função?—Pergunto sem paciência. Me arrependo amargamente de a ter trazido para ser minha distração durante essa viagem,Scarlett pensa que têm outra serventia para mim fora da cama. —Eu sou a mulher que você precisa e não aquela malledeta.—Fala furiosa. Levo as mãos até o pescoço dela e aperto com força,sinto ela estremecer e começando a mudar de cor. As mulheres pensam que servem para outra coisa além de servir os desejos do homens e parir herdeiros. —Acho que não deixei claro seu papel aqui,não é figlia di puttana? Escuta bem o que vou dizer,você não passa de uma boceta que eu como de vez em quando e eu não te devo porra nenhuma,nunca te dei esperanças de que teria algo a mais que meu pau entrando em você,entendeu?—Pergunto a jongando no sofá,ela tosse algumas vezes tentando recuperar o fôlego. Vejo seu rosto cheio de lágrimas,que ela tratá de limpar rapidamente porque sabe que odeio essas demonstrações de fraqueza. Isso é o que acontece quando perco a paciência. —Me perdoe,"senhor" não cometerei o mesmo erro novamente.—Diz com a voz rouca e massageando o pescoço que ganhou a cor vermelha. —Nunca mais me questione nada,ouviu bem?—Pergunto e ela acena concordando.—Agora saia. A loira sai rastejando da sala,me sirvo uma dose de whisky de 1890 e sento na cadeira reparando a cidade do outro lado do vidro. Alguém b**e a porta e mando entrar.Barba entra com um envelope na mão e caminha até onde estou sentado. —Aqui está as fotos,senhor.—Fala Barba entregando o envelope,o recebo e abro. —Vou adorar foder essa bella.—Digo olhando as fotos da minha futura esposinha. —Os dois soldados que mandei para essa missão,voltaram sem os olhos,a língua e as mãos.—Diz ele. —Quem foi que fez isso?—Pergunto querendo saber quem teve a coragem de me desafiar. —Os irmãos Morelli,senhor!—Responde. —Não adoraram a ideia de entregar a irmãzinha ao diabo,que tolos.—Digo movimentando a língua de um canino ao outro. Devo admitir que eles foram muito ousados ao fazer essa afronta directa mas como são os meus futuros cunhandinhos irei deixar que a irmã deles pague em seu lugar. —Quais são as ordens,Don?—Pergunta Barba sabendo que nunca deixo uma transgressão em branco. —Por agora,nada.—Falo levantando da cadeira.—Aproveite a noite,Barba. Saio do escritório em direcção ao quarto para tentar relaxar um pouco pois amanhã o dia será cansativo,Katarina têm esse efeito nas pessoas. Acordo com o som de um clique me espreguiço na cama,pego o celular do criado mudo e o desbloqueio. "A Fiona é minha,mio fratello e você quer tira-lá de mim.Alguém uma vez me disse que quando mexem com o que é nosso devemos mostrar quem é que manda." O que leio me faz rir,até que o menino aprendeu bem,respondo a mensagem do Luca com um "pode tentar" levanto da cama e vou ão banheiro,adoro quando o dia começa assim. —Como você pode fazer isso,ele é seu irmão!—Katarina grita histérica andando de um lado para o outro.—Você não merece a Fiona como esposa. —Já é suficiente Katarina.—Riina tenta a controlar mas ela o fuzila com os olhos e ele recua. —Eu devia ter te deixado morrer,você é uma desgraça para essa família!—Continua falando. —Já chega mamma!—Diz Giovanni mexendo a têmpora.—O Luca não é nenhuma criança,consegui superar ela então ele também conseguirá. O caçula da família me surpreende com essa revelação,como é possível eles gostarem da mesma mulher. —Mas ela foi feita para ele...—Ainda tenta argumentar e a interrompo. —Já chega desse espetáculo barato,querendo ou nao hoje é o meu noivado com a caçula dos Morelli e ponto final.—Digo sério dando um ponto final nesse assunto.—Onde está o Luca? —Na casa nocturna da família.—Responde Giovanni. —Que ele continue lá,não o quero na festa.!—Falo para a Katarina. —Reunião de família e nem convidam a priminha,que feio!—Diz Paola entrando na sala com os seus saltos barulhentos e um largo sorriso no rosto.—Já chegou causando,nem priminho?—Fala olhando para mim com aquele cabelo violeta. —Querida,porque não me avisou que chegava hoje?Ia te buscar no aeroporto,estás tão linda.—Fala Katarina dando-lhe um abraço e beijinhos na bochecha. —Obrigada,não queria encomodar e além disso o Felippo me deu uma carrona.—Diz balançando o cabelo ros de um lado para o outro. —Enjou da Inglaterra,priminha?—Pergunto sendo sarcástico já que a única coisa que ela sabe fazer é gastar dinheiro com viagens. —Fiquei tão zangada quando Felippo me contou acerca do casamento,sinto muito Giovanni!—Paola me surpreende quando abraça Giovanni e depois o solta.—Quando o Luna não deu nutri esperança de que o Fiovanni ia dar certo então o destino me prega uma partida e forma o Giana,e o apelidinho nem ficou bonito. —Não se preocupe comigo Paola.—Giovanni diz e saí. Começei a rir quando ela diz Luna só Paola para inventar algo desse tipo,ela sempre foi a que fazia rir à todos e as melhores piadas vêm quando ela está triste ou com raiva. Ela têm o maldito habito de usar o diminuitivo nas palavras. Barba entra na sala cauteloso e se aproxima de mim. —Don,Felippo Morelli quer uma reunião privada!—Diz ele com um tom de desconfiança. —O mande até ao escritório da que a uns dois minutos.—Digo. —Barba amore mio,vai sair assim sem nem um oi?—Pergunta Paola fazendo biquinho. —Senhorita Paola que bom que está de volta,seja bem vinda!—Diz Barba meio sem jeito,esse é o efeito da Paola nas pessoas e meu soldado não escapa.—Mim perdoe se passei a impressão errada. —Claro que te perdoou meu loiro gostosão assim são os relacionamentos nem,tio?—Pergunta ela para o Riina com um tom de ameaça no final. —São sim Paola,acho melhor você descansar para curtir aproveitar melhor a festa mais tarde.—Contrapõe ele querendo se livrar dela. —Barba faça o que mandei!—Digo ao meu soldado que pede licença e saí,Paola caminha até a escada para no meio e vira. —Já ia me esquecendo Giancarlo,eu te odeio.—Diz e continua a andar. Espontânea é a palavra que define Paola,a segundo pessoa que Katarina diz amar mais. —Eduque melhor sua sobrinha,Katarina.—Digo e ela me olha torto. Saio da sala caminho pelo corredor até o escritório do meu pai,entro e vejo Felippo sentado numa cadeira ao enfrente a porta. Caminho até a grande cadeira preta de couro sento e reparo o homem na minha frente,ouvi muitas coisas acerca do Felippo. —A que devo a honra de falar com o açougueiro?—Ironizo e o vejo rosnar. Felippo é chamado de açougueiro desde os treze anos quando começou a sua iniciação ele matou um homem com cem pequenos cortes,um pouco desnecessário. —Porque quer casar com ela?—Questiona ele. —Não é óbvio,Felippo.Ela é linda e dará uma ótima submissa.—Sirvo uma dose de whisky levou até a boca mas antes cheiro. —Você vai casar com a minha irmã,algo que não concordo!Mas hoje só vim deixar um recado nada de cicatrizes ou hematomas por causa do seu descontrole senão o que aconteceu a dois séculos será uma brincadeira de criança perto do que acontecerá.—Diz Felippo querendo comprar briga com diabo. —A partir de amanhã às seis a sua irmãzinha passaram a ser minha mulher e você nem imagina o que tenho planejado para ela!—Digo e vejo ele apertar os punhos com raiva.—Irei gravar cada grito de dor que ela fará quando eu a foder com força e não terá nada o que você possa fazer porque ela me pertence cortesia do seu papà.—Acrescento com sorriso malicioso. —Isso é o que você acha,Don.Tenha cuidado porque o perigo está a espreita!—Diz levantando.—Foi bom conversar com você,cunhadinho.—Abre a porta e saí. O meu terno brilha quando entro no salão,alguns me admiram,alguns me odeiam e outros me temem tal como gosto que as pessoas esteja. Caminho até a mesa onde estão o Riina,a Katarina,o Giovanni e a Paola noventa e cinco por cento dos que estão aqui hoje pertence a Cosa Nostra. Ferrone Biaggio chega com uma morena e a apresenta como sendo sua filha mais nova a menina nem consegue me olhar directo,o homem está aprontando alguma mas deixo que ele pense que me engana. —Don,ela já está na idade de casar e acho que um dos seus irmãos possa quere-lá como esposa,ela têm uma ótima educação e é submissa!—Diz o velho achando que o peixe dele é atractivo. Ela é muito magra,baixinha e para piorar vulgar,quando uma mulher não é bonita ela deve se esforçar mais que as outras. Giovanni a olha com puro desprezo e nojo. —Irei pensar nisso.—Digo dando o a assunto como terminado. Os Morelli estão trinta minutos e vinte segundos atrasados algo que não tolero. De repente todos direccionam o olhar para a entrada do salão faço o mesmo e o que vejo me deixa com tesão. A menina está de um vestido cinza que desenha perfeitamente o seu corpo magnífico os lábios carnudos dela me convidam para chupa-los com força,não consigo tirar os olhos dela é como se ela me hipnotizasse. Vejo nos olhos de cada homem luxúria pela minha mulher ela dá cada passo decidida. Levanto caminho até ela os olhos cinza como as nuvens num dia de chuva estão fixos em mim,em cada movimento que faço Felippo conchicha algo no ouvido dela e vai até a mesa da família. Em nenhum momento Fiona desviou o olhar de mim é como se ela quisesse ler o que está dentro de mim. Vou adorar dobrar essa bella selvagem e é com isso em mente que mim aproximo da minha futura esposa.Fiona Morelli"A maneira mais comum das pessoas desistirem do seu poder é pensando que não têm nenhum." — Alice WalkerGiancarlo não consegue tirar os olhos de mim e isso não é bom,ele levanta e caminha em minha direção com aquela figura imponente.Felippo se abaixa um pouco e diz: —Ele vem aí,me chame se precisar de alguma coisa Fiona. —Não se preocupe mio fratello.—Digo—Ele não é louco para tentar alguma coisa aqui.Meu irmão acena e saí em direção a mesa onde estão nossos pais. Não desvio o olhar dele nem um segundo vejo os olhos negros analisarem cada pedaço do meu corpo nesse maldito vestido e um sorriso de canto aparecer no rosto dele.Giancarlo se aproxima de mim como se eu fosse a presa e ele o caçador,sorrio com essa nova descoberta.O maior erro que um ser humano pode cometer é subestimar outrem e acho que Giancarlo fez isso,se ele soubesse o real motivo de eu ter aceite esse casamento não estaria com essa cara. Gianc
Fiona Morelli “ A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.” —Aristóteles—Vá buscar suas coisas que partimos hoje mesmo,fidanzata.—Diz Giancarlo —E vá se trocar antes de sair.—Acrescenta já se afastando.Suspiro enquanto o vejo partir,Giancarlo é um homem complexo e difícil que não sabe o que é amar.Um alívio que eu não terei que doma-lo,porque o meu plano só funcionará se ele continuar a ser um homem implacável e impiedoso,já não existe rendição para ele.Mando uma mensagem para o meu pai,avisando-o de tudo.E então me levanto e caminho até uma pequena sala onde já encontro uma caixa preta na mesa.Troco o vestido de casamento por um outro branco acima dos joelhos.Giancarlo deixou um carro a minha disposição sem nenhuma escolta ou soldados por perto para a minha protecção,algo muito estranho para um Don fazer com a sua esposa mas não questiono nada querendo ver até onde isso vai. Entro no carro e di
Giancarlo Saltori “Meu pai comparou o entrelaçar dos fios do linho à trama do destino, que alinhava as ações humanas, gerando encontros e desencontros.” —João Anzanello Carrascoza.—Don,já levaram a sua esposa para a sede.—Informa Barba em um tom de descontentamento pelo que vai acontecer a seguir. —Ela está ferida?—Pergunto enquanto ando até o carro. —Sim,Don.O carro em que ela estava capotou três vezes,o motorista quebrou o pescoço com o impacto enquanto que ela teve um corte na testa e desmaiou no local.—Responde. Entro no saguão da sede e vou direito ao elevador,na sala já se encontram dez dos onze capos e o meu consigliere.Olho ao redor procurando o Luigi que é o meu sottocapo e não o encontro,então mando um dos soldados a sua procura.A entrada da família Morelli para essa sala está proibida. —Don.—Cumprimentam todos ficando de pé quando entro. Sento no meu lugar e
Fiona Morelli “Quando atacar alguém por vingança, prepare duas covas.” —ConfúcioDigo ao Giancarlo que estou com fome e ele sai do quarto,aproveito o momento para perguntar algumas coisas para o doutor Bullati.—Quem o chamou pra cá,Doutor Bullati?—Pergunto.—O seu pai me mandou ficar de prontidão essa manhã,Senhora.—Ele faz uma pausa e arruma melhor os óculos—Mas depois recebi um telefonema do Sottocapo,ele disse que o Don precisava dos meus serviços.Queria recusar,mas quando ele disse o seu nome vim rapidamente.Pisco atordoada com a informação,meus pais já sabiam disso e mesmo assim não me contaram nada.—Preciso ficar de repouso por quantos dias?—Pergunto a ele.—Duas semanas no mínimo,Senhora!—Responde conhecendo o sentido da minha pergunta.—Você partiu algumas costelas no acidente,e isso só agravou o seu quadro.Mas não é nada que irá mata-la,peço que se
Giancarlo Saltori —O mais terrível de todos os males, a morte, não significa nada para nós, justamente porque, quando estamos vivos, é a morte que não está presente; ao contrário, quando a morte está presente, nós é que não estamos.” —EpicuroO doce cheiro de sangue chama minha atenção assim que piso na sala dos Vallati. —Como isso aconteceu no meu território?—Pergunto aos incompetentes na minha frente e os vejo estremecer com medo. Se têm uma coisa que não admito é que qualquer um pense que pode fazer o que bem entender no meu território e sair impune disso.Otto Vallati e toda sua família estão mortos.As mulheres mortas com dois tiros na testa enquanto que o Otto e o filho inconsequente dele comeram as próprias bolas,a sala suja de sangue dá uma perfeita obra de arte,que não me agrada no momento por parar alguns dias os negócios que o velho estava encarregue.A forma que eles morreram mostra que a raiva deles estava direcionado no Otto e
Fiona Morelli —“Tudo envolve riscos. Não fazer nada também é arriscado. A decisão é sua." — Nicola YoonNesses últimos dias,o Giancarlo foi comigo a todas consultas que eu tinha.Descobrimos pelo raio-x que fiz que eu havia partido quatro costelas,nada grave mas que para ele poderia significar a perda do seu pote de ouro e me receitaram alguns remédios que o Giancarlo fazia questão que eu tomasse todas as noites antes de dormir para esconder as suas saidas noturnas. Até que o filho da mãe tinha um ótimo plano,porém ele me subestimou bastante.Não fiz questão de descobrir quem é a cyka com quem ele anda fodendo por aí,porque isso pouco me importa.Partimos hoje para Nova Iorque,e eu não poderia ir sem primeiro me despedir da minha família. —O que aconteceu na minha ausência.—Pergunto e eles olham estranho para mim.—O que aconteceu? Repito a pergunta não gostando do silêncio dos dois. —Houve um ataque na Suécia.—Risa é o primeiro a abrir a boca. —Que
Fiona Morelli —"Sou um pouco de todos que conheci, um pouco dos lugares que fui, um pouco das saudades que deixei e sou muito das coisas que gostei." —Antoine de Saint-Exupéry—Já pode tirar essa cara,é só mais um edifício.—Digo a Hannah que olha maravilhada para o edifício a nossa frente. —O don gosta mesmo de luxo,mas não pensei que a senhora fosse viver numa gaiola.—Fala meio aérea.—Isso é só algo temporário.—Digo.O edifício tem 86 andares,o apartamento do Giancarlo fica na cobertura.Ficaremos aqui por alguns dias,até que as reformas da mansão que ele comprou termine.Entramos no saguão e o porteiro sorridente nos cumprimenta e nos guia até o elevador particular.E não me surpreendo quando o elevador pede uma senha para a cobertura,ele já havia dito sobre isso. —Digite 666.—Digo a Hannah e a vejo tentar conter a gargalhada. —Isso é serio,Fiona?—Pergunta e dou de ombros. —Casei com o próprio lúcifer.—Hannah digita a senha e a vejo rir quando o elevador
Fiona Morelli" A existência é apenas uma série de notas de rodapé de uma vasta, obscura e inacabada obra-prima. — Vladimir Nabokov " Se alguém perguntasse agora como estou,eu responderia fodida e na merda. Minha mamma Andreza está a duas horas a falar sobre como devo mim comportar amanhã em frente de todo a família,como se eu fosse uma mulher das cavernas. —Mamma,eu sou um anjo!—Digo já cansada de toda essa ladainha.—Um anjinho sei bem.—Rebate ela —Mamma esse casamento não têm como dar certo!—Digo penteando o meu cabelo. —Eu sei mia cara mas não tem nada que possamos fazer.— Responde minha mamma pegando a escova da minha mão e começando a pentear o meu cabelo. —Posso pedir para ele reconsiderar ou posso dizer que já não sou mais pura.—Digo séria. —Isso não vai funcionar,ele já decidiu! —Como assim mamma?— Pergunto um tanto curiosa,porquê ela têm tanta certeza assim. —Ele vai completar trinta e seis esse ano,então todo o conselho exigiu que ele se casasse para garantir um h