- Mas não havia amor e você sabe disto.
- Ainda assim eu disse a Gabe cada um dos votos... E eu estava disposta a cumpri-los, pai. Mas Gabe não foi fiel, não me amou, não me respeitou, brincou com a minha saúde, tripudiou da minha doença e... Pouco se importaria com a minha morte.
- Isto que dizer que tudo que você deseja é que Gabe lhe diga os votos?
- Não só isso...
- O que mais?
- Quero uma aliança com o nome dele, porra! E que valha algo. E não precisa ser do material mais caro do mundo, mas algo que eu possa usar sem escurecer ou descascar. Ele... Brincou com tudo, pai. – Não contive minha decepção e tristeza.
E caralho, mesmo Gabe tendo feito tudo aquilo comigo, ainda assim tentei fazer aquela porra dar certo.
- O desgraçado é um dos homens mais ricos do mundo, foi casado com você e tudo que des
- Não, ele não é meu pai, Olívia. Nem Rosana P. é minha mãe. Embora você seja minha irmã de sangue, meus pais são o homem e a mulher que me adotaram há 26 anos atrás, me dando amor, carinho e tudo que uma criança precisa. Creio que todo filho adotado chega num ponto da vida que deseja saber sobre seus genitores. Só teve uma parte boa nisto tudo... Você – apertou minha mão levemente – E não estou magoado, acredite! Fui e sou feliz no lar onde fui criado, junto da minha verdadeira família.Deus, eu tinha tantas perguntas... Por que nossa mãe o entregou para adoção e não fez o mesmo comigo? Nosso pai sabia da primeira gravidez de nossa mãe? Haveria uma desculpa para o que ele fez, em ter deixado Jai ser abandonado à própria sorte?Soltei minhas mãos da de Jai e o abracei com força:
Estar novamente numa Ferrari com Jorel não me trazia boas lembranças. Embora eu ainda estivesse viva, fora um susto a última carona que peguei com ele.- Você... Bebeu? – Me ouvi perguntando, apreensiva.- Não... Claro que não! – riu – Não cometerei o mesmo erro novamente, não se preocupe.Lembrei que Gabe havia comentado que o irmão era um bêbado viciado em jogos e eu não era idiota para saber que qualquer tipo de vício não se largava do dia para a noite. Ainda assim, caso Jorel bebesse na boate, eu não voltaria com ele.Eu não era uma pessoa que se vestia mal. Mas sempre fui muito adepta de cores. Exceto pelo meu vestido de noiva, que foi realmente para demonstrar artisticamente meu estado emocional “roxo”, eu costumava ter noção do que ficava ou não bem em mim. A escolha do vestido rosa pink de tules
Jorel riu:- Claro que não! Você não ganharia nada em troca mesmo. Lembra que assinou abrindo mão de qualquer quantia? Mas se quer saber, eu ouvi uma conversa de Gabe no telefone e acho que ele vai lhe dar o divórcio.- Vai? – Tentei não chorar.- Creio que sim. Ele não tem porque seguir com esta porra de casamento, deixando-a entrelaçada eternamente a uma vingança estúpida.- O divórcio fará com que minha família perca a casa. Por isto... Estou trabalhando para tentar encontrar uma moradia e nos mudarmos.- Faz bem. Eu não acho que Gabe vai deixar esta história por isto mesmo. Mônica foi o único e verdadeiro amor da vida dele.
- Como pagará o advogado, caso precise?- Eu... Estou trabalhando.- E se pagar o advogado, como alugará a casa?- Rita também está trabalhando.- Se encontrar um advogado que aceite entrar com o pedido de divórcio, lhe cobrará um valor bem alto. Está ciente disto?Sim, eu estava. Mas eis uma coisa para qual Jorel me alertava e que eu não havia pensado.- Vai me oferecer dinheiro para pagar o advogado? – Ri.- Na verdade não... Se você tivesse o dinheiro guardado, eu pediria emprestado. – Riu também.- Você... Está brincando, não é mesmo?- Não! As chances de eu fazer o seu dinheiro dobrar são bem boas.- Num jogo? – Fiquei confusa.- Já jogou?- Jogo da vida? Sim! – Me fiz de desentendida.- Estou falando da roleta. É a mesa que tem a menor
POV GABEMaldita hora que eu fui dizer para Jorel que devia ir atrás de Olívia porque achava que ela gostava dele. Sim, até tinha passado pela minha cabeça que eles mereciam ficar juntos, pois que até combinavam, tanto em questão de idade, como também em comportamento e gostos, me convencendo de que tinham muito em comum e tudo que eu queria era a felicidade dela.Mas ficarem se esfregando na minha cara? Não, aquilo era demais para mim!Parei praticamente ao lado deles, observando Olívia me procurar com os olhos, na região onde ficavam os camarotes, de onde eu tinha saído. Qual a intenção dela, afinal? Que eu visse os dois juntos e perdesse a cabeça? Se sim, havia conseguido.Enquanto todos tentavam dançar na pista absurdamente lotada, Olívia e Jorel estavam parados feito duas estátuas, conversando. Cruzei os braços, analisando-os
Escorei-me no balcão e pedi dois drinques sem álcool e entreguei um a ela, bebendo o outro.- Sem uísque esta noite? – Ela se surpreendeu.- Estou com meu Pagani... Sem motorista. Não quero causar um acidente por conta do álcool. – Pisquei.- Entendo...- E você e Jorel... Como estão?- Eu e Jorel? – ela riu e franziu a testa – Ele apareceu na minha casa depois de semanas me convidando para sair e dizendo que você queria que ficássemos juntos.- Ah, sim... – tentei parecer casual – Achei melhor não intervir na relação de vocês dois.- Relação? – riu, com ironia.- Sim... Você sempre deixou claro que era dele que gostava, desde sempre. Eu só tentei... Ajudá-los.- Ajudar? – ela gargalhou de forma debochada – Desde quando você ajuda as pessoas, Gabe Clifford?Suspirei:- Você pode achar que não é verdade, mas estou tentando ser alguém diferente... E comecei por meu irmão e você.- Qual sua intenção?
- Eu... Espero que tenham uma boa noite. – Falei com orgulho de mim mesmo, por não ter feito nenhuma besteira, como quebrado a cara do meu irmão.Apesar de tudo, eu e Jorel ainda estávamos morando na mansão Clifford, para o bem de Aneliese. Tudo que ela queria era união e pela primeira vez estávamos os três empenhados em fazer algo dar certo juntos. Eu não sabia ao certo quanto tempo minha irmã tinha de vida, mas faria qualquer coisa que ela pedisse para que seus dias fossem os mais incríveis possíveis.- Não vai... Quebrar a minha cara? – Jorel perguntou, confuso.- Quer que eu quebre? – Eu ri, logo em seguida olhando para Olívia, que seguia séria, com o olhar fixo no meu.- Não, claro que não... Mas... Eu estou acompanhado de Olívia. – Apontou para ela, confuso.- E eu fazendo terapia. – Confessei &nd
Sentir a língua de Olívia na minha era como uma dose mortal de veneno... Veneno à alma. Aquela mulher conseguia fazer com cada gota do meu sangue se movesse por ela, com que cada batida do meu coração acontecesse por sua causa. Puxei-a pela cintura, que notei estar mais fina, e trouxe-a para junto de mim, fazendo com que nossos corpos se tornassem um só. Meu pau simplesmente tomou vida própria, o que eu já sabia que acontecia sempre que ele se aproximava de sua dona. Eu não sabia onde tocá-la: cintura, a mantendo junto de mim, bunda, para matar a saudade de tanto tempo, costas, já que adorava sentir a sua cicatriz, o que me dava a certeza de que aquilo nunca mais aconteceria, porque ela estava comigo... Por fim decidi tudo ao mesmo tempo: apertei sua bunda, sentindo sob o tecido fino do vestido de tule sua pele arrepiada e depois subi pelas costas, alisando-a. Quando alcancei sua nuca, apertei-a, aprofundando ainda mais o nosso beijo violento, agressivo e totalmente apaixonado. E