- Eu... Espero que tenham uma boa noite. – Falei com orgulho de mim mesmo, por não ter feito nenhuma besteira, como quebrado a cara do meu irmão.
Apesar de tudo, eu e Jorel ainda estávamos morando na mansão Clifford, para o bem de Aneliese. Tudo que ela queria era união e pela primeira vez estávamos os três empenhados em fazer algo dar certo juntos. Eu não sabia ao certo quanto tempo minha irmã tinha de vida, mas faria qualquer coisa que ela pedisse para que seus dias fossem os mais incríveis possíveis.
- Não vai... Quebrar a minha cara? – Jorel perguntou, confuso.
- Quer que eu quebre? – Eu ri, logo em seguida olhando para Olívia, que seguia séria, com o olhar fixo no meu.
- Não, claro que não... Mas... Eu estou acompanhado de Olívia. – Apontou para ela, confuso.
- E eu fazendo terapia. – Confessei &nd
Sentir a língua de Olívia na minha era como uma dose mortal de veneno... Veneno à alma. Aquela mulher conseguia fazer com cada gota do meu sangue se movesse por ela, com que cada batida do meu coração acontecesse por sua causa. Puxei-a pela cintura, que notei estar mais fina, e trouxe-a para junto de mim, fazendo com que nossos corpos se tornassem um só. Meu pau simplesmente tomou vida própria, o que eu já sabia que acontecia sempre que ele se aproximava de sua dona. Eu não sabia onde tocá-la: cintura, a mantendo junto de mim, bunda, para matar a saudade de tanto tempo, costas, já que adorava sentir a sua cicatriz, o que me dava a certeza de que aquilo nunca mais aconteceria, porque ela estava comigo... Por fim decidi tudo ao mesmo tempo: apertei sua bunda, sentindo sob o tecido fino do vestido de tule sua pele arrepiada e depois subi pelas costas, alisando-a. Quando alcancei sua nuca, apertei-a, aprofundando ainda mais o nosso beijo violento, agressivo e totalmente apaixonado. E
- Agora me refiro a você como meu ex-marido ou como meu futuro marido? – Olívia perguntou rindo enquanto eu a conduzia para fora da Babilônia, com os dedos entrelaçados nos meus.- Nenhuma das opções. Você é a minha esposa, nem ex, nem futura. Não assinamos o divórcio, esqueceu?- E... Bem... Você vai querer assinar?- Pelo que me lembro “eu” não queria assinar. Quem desejava ficar livre de mim era você.- Hum... – ela abaixou a cabeça, parecendo pensativa enquanto segurava minha mão com suas duas, como se caso decidisse me soltar eu pudesse fugir – Acho que precisamos discutir sobre isto.- Precisamos? – eu ri – Achei que estava tudo certo.- Na verdade não.- Não? – Me preocupei, encarando-a.Ouvi um tumulto próximo e pus Olívia imediatamente para trás, como forma de protegê-la. Foi quando vi Jorel tentando se livrar de três homens que batiam nele.Que porra de azar! Justo naquela noite eu dispensei o segurança de Olívia e vim com meu próprio carro, abrindo mão do motorista.Eu não
- Já se olhou no espelho? – ele provocou – Não está muito melhor que eu.- Eu te defendi, seu otário. Poderia estar morto neste momento.- Será que foi um dos homens que deu um chupão no seu pescoço? – não conteve o sarcasmo.Fui até ele e peguei-o pela gola da camisa, tendo vontade de socá-lo.- Meu nariz não! – pediu – Por favor, eu ainda nem me recuperei do outro soco que você me deu!- Quem eram aqueles homens? Como encontraram você?- Eu... Devo para algumas pessoas! – Confessou, com a voz hesitante.- Que pessoas? – Perguntei ainda com ele em minha posse, sem soltar sua camisa.- Donos... De cassinos.- Como é possível dever para donos de cassino? – Perguntei, confuso.- Eu... Sou cliente assíduo... E jogo muito... Então... Quando não tenho dinheiro... Eles me emprestam...Engoli em seco e o soltei de forma violenta, fazendo com que quase despencasse da cama.- Você pôs a vida da minha mulher em risco! – gritei, furioso – A buscou em sua casa e se não bastasse lhe deu bebida alc
- Não, não tem nada a ver com ela, chuchu – Gabe se aproximou e me abraçou – Sem problemas, se quer passar o final de semana na minha outra casa, faremos isto – olhou para Jorel – Agora pode ficar aqui! Até segunda-feira, quando eu retornar. – Deixou claro.Gabe deu alguns passos em direção à escadaria e me disse:- Vou pegar as chaves.Enquanto Gabe subia, Jorel me perguntou:- Vocês... Se acertaram?- Sim.- Eu que mandei ele se declarar.- Sim, imagino! – não contive o riso, sabendo que Jorel não tinha nenhum poder sobre Gabe.- Já que vocês vão voltar a ser marido e mulher, será que poderia interceder por mim?- De que forma?- Gabe precisa me deixar morar aqui.- E a sua casa?- Eu... Dei como pagamento de uma dívida.- Caralho, você é pro
Chegamos no quarto amplo e arejado, todo envidraçado, que observei de forma atenta.- Eu sempre quis conhecer a sua casa... – Confessei, enquanto me movimentava pelo lugar, analisando tudo.- Eu não sabia disto, chuchu! Poderia ter me avisado antes.- Mesmo se eu tivesse avisado antes, não teria me trazido.- Como pode ter tanta certeza?- Você não me amava... – Passei a mão nos lençóis brancos e limpos, tão macios quanto uma bolinha de algodão.- Acha que meus sentimentos vieram de ontem para hoje? – Me olhou, escorando-se no vidro que dava para a rua.- Quando vieram? – Eu quis saber.- Há muito tempo... Mas só fui ter certeza absoluta na casa no lago.- Você fez tudo errado lá. – Não pude deixar de lembrar, enquanto me dirigia para os quadros pendurados na parede, querendo encontrar um e
- Você não sabe exatamente sobre tudo mim... – Me pegou pela bunda e pulei nele, passando minhas pernas em torno dos seus quadris.- Agora diga que vai me foder... Num idioma que eu não conheça...- Susuyuin kita.- Que porra de língua é esta? – gargalhei enquanto ele me levava me direção à cama.- Filipino.- Você fala filipino?- Só algumas palavrinhas. – Riu - Inħobbok għal dejjem!- Caralho, este “vou te foder” foi bem engraçado.- Eu não disse isto.- O que disse então?- Irei te amar para sempre... Em maltês.- Omaet, Gabe Clifford.- O que você disse? – ele me jogou na cama macia.- Eu te amo de trás para frente, em Olivinês.- Eu já disse o quanto você é incrível?- Não mais ins&iacut
Assim que Jai chegou, todos ficaram olhando-o, sem entender nada. O jovem de cabelos castanhos, levemente desalinhados, que caíam em mechas sobre a testa tinha olhos de um tom profundo e pensativo, e eu conseguia ver dentro deles a melancolia. A pele clara contrastava com o leve rastro de barba que delineava seu rosto, dando-lhe um ar de maturidade.Moveu-se até nós como alguém que carregava consigo o peso de um segredo, ainda assim caminhando com determinação, confiança a humildade.Parou e me encarou, engolindo em seco. O sorriso fácil e sincero de sempre não apareceu e percebi o quanto ele evitava olhar para nosso pai.- Precisamos de abrigo... Por pouco tempo. – Avisei.- Ok! – foi pegando minhas malas e pondo no carro, enquanto os demais organizavam seus pertences no táxi que havíamos chamado.Meu pai parou na frente dele e lhe ofereceu a mão:<