- Agora me refiro a você como meu ex-marido ou como meu futuro marido? – Olívia perguntou rindo enquanto eu a conduzia para fora da Babilônia, com os dedos entrelaçados nos meus.- Nenhuma das opções. Você é a minha esposa, nem ex, nem futura. Não assinamos o divórcio, esqueceu?- E... Bem... Você vai querer assinar?- Pelo que me lembro “eu” não queria assinar. Quem desejava ficar livre de mim era você.- Hum... – ela abaixou a cabeça, parecendo pensativa enquanto segurava minha mão com suas duas, como se caso decidisse me soltar eu pudesse fugir – Acho que precisamos discutir sobre isto.- Precisamos? – eu ri – Achei que estava tudo certo.- Na verdade não.- Não? – Me preocupei, encarando-a.Ouvi um tumulto próximo e pus Olívia imediatamente para trás, como forma de protegê-la. Foi quando vi Jorel tentando se livrar de três homens que batiam nele.Que porra de azar! Justo naquela noite eu dispensei o segurança de Olívia e vim com meu próprio carro, abrindo mão do motorista.Eu não
- Já se olhou no espelho? – ele provocou – Não está muito melhor que eu.- Eu te defendi, seu otário. Poderia estar morto neste momento.- Será que foi um dos homens que deu um chupão no seu pescoço? – não conteve o sarcasmo.Fui até ele e peguei-o pela gola da camisa, tendo vontade de socá-lo.- Meu nariz não! – pediu – Por favor, eu ainda nem me recuperei do outro soco que você me deu!- Quem eram aqueles homens? Como encontraram você?- Eu... Devo para algumas pessoas! – Confessou, com a voz hesitante.- Que pessoas? – Perguntei ainda com ele em minha posse, sem soltar sua camisa.- Donos... De cassinos.- Como é possível dever para donos de cassino? – Perguntei, confuso.- Eu... Sou cliente assíduo... E jogo muito... Então... Quando não tenho dinheiro... Eles me emprestam...Engoli em seco e o soltei de forma violenta, fazendo com que quase despencasse da cama.- Você pôs a vida da minha mulher em risco! – gritei, furioso – A buscou em sua casa e se não bastasse lhe deu bebida alc
POV OLÍVIASenti meu corpo inteiro reagir à declaração de Gabe Clifford. E não consegui impedi-lo de se arrepiar por inteiro. E antes que Gabe se fosse, ainda sem abrir meus olhos, puxei sua cabeça na minha direção e o beijei, enfiando minha língua dentro de sua boca, sentindo seu gosto no meu, a saliva morna e que tinha o melhor gosto do mundo... Gosto de amor.Quando Gabe se afastou, limpei a lágrima traiçoeira que escorreu pelo canto do meu olho e o encarei.- Você... Estava acordada?Assenti, com um sorriso, ao perceber o pavor nos olhos dele.- Isto quer dizer... Que ouviu tudo que eu disse?- Cada palavra... Desde a parte que disse que eu sou linda! – Sorri.- E... A última parte?Sentei na cama enquanto Gabe me olhava, confuso. Puxei-o pelo braço, fazendo-o se aproximar de mim e disse, abandonando todos os meus medos:
- Não, não tem nada a ver com ela, chuchu – Gabe se aproximou e me abraçou – Sem problemas, se quer passar o final de semana na minha outra casa, faremos isto – olhou para Jorel – Agora pode ficar aqui! Até segunda-feira, quando eu retornar. – Deixou claro.Gabe deu alguns passos em direção à escadaria e me disse:- Vou pegar as chaves.Enquanto Gabe subia, Jorel me perguntou:- Vocês... Se acertaram?- Sim.- Eu que mandei ele se declarar.- Sim, imagino! – não contive o riso, sabendo que Jorel não tinha nenhum poder sobre Gabe.- Já que vocês vão voltar a ser marido e mulher, será que poderia interceder por mim?- De que forma?- Gabe precisa me deixar morar aqui.- E a sua casa?- Eu... Dei como pagamento de uma dívida.- Caralho, você é pro
Chegamos no quarto amplo e arejado, todo envidraçado, que observei de forma atenta.- Eu sempre quis conhecer a sua casa... – Confessei, enquanto me movimentava pelo lugar, analisando tudo.- Eu não sabia disto, chuchu! Poderia ter me avisado antes.- Mesmo se eu tivesse avisado antes, não teria me trazido.- Como pode ter tanta certeza?- Você não me amava... – Passei a mão nos lençóis brancos e limpos, tão macios quanto uma bolinha de algodão.- Acha que meus sentimentos vieram de ontem para hoje? – Me olhou, escorando-se no vidro que dava para a rua.- Quando vieram? – Eu quis saber.- Há muito tempo... Mas só fui ter certeza absoluta na casa no lago.- Você fez tudo errado lá. – Não pude deixar de lembrar, enquanto me dirigia para os quadros pendurados na parede, querendo encontrar um e
- Você não sabe exatamente sobre tudo mim... – Me pegou pela bunda e pulei nele, passando minhas pernas em torno dos seus quadris.- Agora diga que vai me foder... Num idioma que eu não conheça...- Susuyuin kita.- Que porra de língua é esta? – gargalhei enquanto ele me levava me direção à cama.- Filipino.- Você fala filipino?- Só algumas palavrinhas. – Riu - Inħobbok għal dejjem!- Caralho, este “vou te foder” foi bem engraçado.- Eu não disse isto.- O que disse então?- Irei te amar para sempre... Em maltês.- Omaet, Gabe Clifford.- O que você disse? – ele me jogou na cama macia.- Eu te amo de trás para frente, em Olivinês.- Eu já disse o quanto você é incrível?- Não mais ins&iacut
Assim que Jai chegou, todos ficaram olhando-o, sem entender nada. O jovem de cabelos castanhos, levemente desalinhados, que caíam em mechas sobre a testa tinha olhos de um tom profundo e pensativo, e eu conseguia ver dentro deles a melancolia. A pele clara contrastava com o leve rastro de barba que delineava seu rosto, dando-lhe um ar de maturidade.Moveu-se até nós como alguém que carregava consigo o peso de um segredo, ainda assim caminhando com determinação, confiança a humildade.Parou e me encarou, engolindo em seco. O sorriso fácil e sincero de sempre não apareceu e percebi o quanto ele evitava olhar para nosso pai.- Precisamos de abrigo... Por pouco tempo. – Avisei.- Ok! – foi pegando minhas malas e pondo no carro, enquanto os demais organizavam seus pertences no táxi que havíamos chamado.Meu pai parou na frente dele e lhe ofereceu a mão:<
- Você merece o que quiser, Rita! – Fiquei incrédula com a forma de pensar dela.- O tempo iria passar... E Rael um dia deixaria de me levar à sério. E talvez fosse jogar na minha cara a vida inteira o meu passado.- Você nem se deu ao direito de tentar, Rita!- Eu acho que nosso pai gostava da sua mãe.A encarei, confusa:- Por que acha isto?- Ninguém se envolve tanto tempo com uma pessoa só por sexo. Ou seja, gostava dela. No entanto nunca a assumiu. Preferiu seguir casado com a minha mãe, que bem sabemos o quanto o relacionamento deles é... Deixe-me ver que palavra eu poderia usar... Raso.- Raso? – Eu não sei se definiria como raso o relacionamento do nosso pai com Rose. Usaria a palavra “preguiçoso” para aquele casamento.- Até você e Gabe tinham mais química que nosso pai e minha mãe.<