Estar novamente numa Ferrari com Jorel não me trazia boas lembranças. Embora eu ainda estivesse viva, fora um susto a última carona que peguei com ele.
- Você... Bebeu? – Me ouvi perguntando, apreensiva.
- Não... Claro que não! – riu – Não cometerei o mesmo erro novamente, não se preocupe.
Lembrei que Gabe havia comentado que o irmão era um bêbado viciado em jogos e eu não era idiota para saber que qualquer tipo de vício não se largava do dia para a noite. Ainda assim, caso Jorel bebesse na boate, eu não voltaria com ele.
Eu não era uma pessoa que se vestia mal. Mas sempre fui muito adepta de cores. Exceto pelo meu vestido de noiva, que foi realmente para demonstrar artisticamente meu estado emocional “roxo”, eu costumava ter noção do que ficava ou não bem em mim. A escolha do vestido rosa pink de tules
Jorel riu:- Claro que não! Você não ganharia nada em troca mesmo. Lembra que assinou abrindo mão de qualquer quantia? Mas se quer saber, eu ouvi uma conversa de Gabe no telefone e acho que ele vai lhe dar o divórcio.- Vai? – Tentei não chorar.- Creio que sim. Ele não tem porque seguir com esta porra de casamento, deixando-a entrelaçada eternamente a uma vingança estúpida.- O divórcio fará com que minha família perca a casa. Por isto... Estou trabalhando para tentar encontrar uma moradia e nos mudarmos.- Faz bem. Eu não acho que Gabe vai deixar esta história por isto mesmo. Mônica foi o único e verdadeiro amor da vida dele.
- Como pagará o advogado, caso precise?- Eu... Estou trabalhando.- E se pagar o advogado, como alugará a casa?- Rita também está trabalhando.- Se encontrar um advogado que aceite entrar com o pedido de divórcio, lhe cobrará um valor bem alto. Está ciente disto?Sim, eu estava. Mas eis uma coisa para qual Jorel me alertava e que eu não havia pensado.- Vai me oferecer dinheiro para pagar o advogado? – Ri.- Na verdade não... Se você tivesse o dinheiro guardado, eu pediria emprestado. – Riu também.- Você... Está brincando, não é mesmo?- Não! As chances de eu fazer o seu dinheiro dobrar são bem boas.- Num jogo? – Fiquei confusa.- Já jogou?- Jogo da vida? Sim! – Me fiz de desentendida.- Estou falando da roleta. É a mesa que tem a menor
POV GABEMaldita hora que eu fui dizer para Jorel que devia ir atrás de Olívia porque achava que ela gostava dele. Sim, até tinha passado pela minha cabeça que eles mereciam ficar juntos, pois que até combinavam, tanto em questão de idade, como também em comportamento e gostos, me convencendo de que tinham muito em comum e tudo que eu queria era a felicidade dela.Mas ficarem se esfregando na minha cara? Não, aquilo era demais para mim!Parei praticamente ao lado deles, observando Olívia me procurar com os olhos, na região onde ficavam os camarotes, de onde eu tinha saído. Qual a intenção dela, afinal? Que eu visse os dois juntos e perdesse a cabeça? Se sim, havia conseguido.Enquanto todos tentavam dançar na pista absurdamente lotada, Olívia e Jorel estavam parados feito duas estátuas, conversando. Cruzei os braços, analisando-os
Escorei-me no balcão e pedi dois drinques sem álcool e entreguei um a ela, bebendo o outro.- Sem uísque esta noite? – Ela se surpreendeu.- Estou com meu Pagani... Sem motorista. Não quero causar um acidente por conta do álcool. – Pisquei.- Entendo...- E você e Jorel... Como estão?- Eu e Jorel? – ela riu e franziu a testa – Ele apareceu na minha casa depois de semanas me convidando para sair e dizendo que você queria que ficássemos juntos.- Ah, sim... – tentei parecer casual – Achei melhor não intervir na relação de vocês dois.- Relação? – riu, com ironia.- Sim... Você sempre deixou claro que era dele que gostava, desde sempre. Eu só tentei... Ajudá-los.- Ajudar? – ela gargalhou de forma debochada – Desde quando você ajuda as pessoas, Gabe Clifford?Suspirei:- Você pode achar que não é verdade, mas estou tentando ser alguém diferente... E comecei por meu irmão e você.- Qual sua intenção?
- Eu... Espero que tenham uma boa noite. – Falei com orgulho de mim mesmo, por não ter feito nenhuma besteira, como quebrado a cara do meu irmão.Apesar de tudo, eu e Jorel ainda estávamos morando na mansão Clifford, para o bem de Aneliese. Tudo que ela queria era união e pela primeira vez estávamos os três empenhados em fazer algo dar certo juntos. Eu não sabia ao certo quanto tempo minha irmã tinha de vida, mas faria qualquer coisa que ela pedisse para que seus dias fossem os mais incríveis possíveis.- Não vai... Quebrar a minha cara? – Jorel perguntou, confuso.- Quer que eu quebre? – Eu ri, logo em seguida olhando para Olívia, que seguia séria, com o olhar fixo no meu.- Não, claro que não... Mas... Eu estou acompanhado de Olívia. – Apontou para ela, confuso.- E eu fazendo terapia. – Confessei &nd
Sentir a língua de Olívia na minha era como uma dose mortal de veneno... Veneno à alma. Aquela mulher conseguia fazer com cada gota do meu sangue se movesse por ela, com que cada batida do meu coração acontecesse por sua causa. Puxei-a pela cintura, que notei estar mais fina, e trouxe-a para junto de mim, fazendo com que nossos corpos se tornassem um só. Meu pau simplesmente tomou vida própria, o que eu já sabia que acontecia sempre que ele se aproximava de sua dona. Eu não sabia onde tocá-la: cintura, a mantendo junto de mim, bunda, para matar a saudade de tanto tempo, costas, já que adorava sentir a sua cicatriz, o que me dava a certeza de que aquilo nunca mais aconteceria, porque ela estava comigo... Por fim decidi tudo ao mesmo tempo: apertei sua bunda, sentindo sob o tecido fino do vestido de tule sua pele arrepiada e depois subi pelas costas, alisando-a. Quando alcancei sua nuca, apertei-a, aprofundando ainda mais o nosso beijo violento, agressivo e totalmente apaixonado. E
- Agora me refiro a você como meu ex-marido ou como meu futuro marido? – Olívia perguntou rindo enquanto eu a conduzia para fora da Babilônia, com os dedos entrelaçados nos meus.- Nenhuma das opções. Você é a minha esposa, nem ex, nem futura. Não assinamos o divórcio, esqueceu?- E... Bem... Você vai querer assinar?- Pelo que me lembro “eu” não queria assinar. Quem desejava ficar livre de mim era você.- Hum... – ela abaixou a cabeça, parecendo pensativa enquanto segurava minha mão com suas duas, como se caso decidisse me soltar eu pudesse fugir – Acho que precisamos discutir sobre isto.- Precisamos? – eu ri – Achei que estava tudo certo.- Na verdade não.- Não? – Me preocupei, encarando-a.Ouvi um tumulto próximo e pus Olívia imediatamente para trás, como forma de protegê-la. Foi quando vi Jorel tentando se livrar de três homens que batiam nele.Que porra de azar! Justo naquela noite eu dispensei o segurança de Olívia e vim com meu próprio carro, abrindo mão do motorista.Eu não
- Já se olhou no espelho? – ele provocou – Não está muito melhor que eu.- Eu te defendi, seu otário. Poderia estar morto neste momento.- Será que foi um dos homens que deu um chupão no seu pescoço? – não conteve o sarcasmo.Fui até ele e peguei-o pela gola da camisa, tendo vontade de socá-lo.- Meu nariz não! – pediu – Por favor, eu ainda nem me recuperei do outro soco que você me deu!- Quem eram aqueles homens? Como encontraram você?- Eu... Devo para algumas pessoas! – Confessou, com a voz hesitante.- Que pessoas? – Perguntei ainda com ele em minha posse, sem soltar sua camisa.- Donos... De cassinos.- Como é possível dever para donos de cassino? – Perguntei, confuso.- Eu... Sou cliente assíduo... E jogo muito... Então... Quando não tenho dinheiro... Eles me emprestam...Engoli em seco e o soltei de forma violenta, fazendo com que quase despencasse da cama.- Você pôs a vida da minha mulher em risco! – gritei, furioso – A buscou em sua casa e se não bastasse lhe deu bebida alc