- Foi só isto?
- “Só isto”? – ela riu, vulnerável – Foi um choque pra mim. No entanto eu simplesmente afastei Mônica da minha vida. E Gabe achou que eu não gostava dela.
- E você não gostava?
- Eu não gostava... Nem desgostava. Mônica era minha companheira feminina de viagem, no entanto não éramos íntimas, como eu já mencionei. Depois do que eu vi procurei não mais viajar com eles... Já que era aquele o único meio de contato que tínhamos, visto que não nos visitarmos ou algo do tipo.
- Mas quando você mencionou a primeira vez esta história... Achei que culpava Mônica pelo ocorrido.
- E sim, eu culpava. Porque talvez não tive coragem de acreditar que Rowan pudesse ser o errado naquela história. No entanto... Depois do que eu soube que ele fez com você, dentro da noss
Eu estava na sede da Clifford quando o advogado ligou para Gabe, dizendo que o resultado de DNA solicitado pelo juiz para Ingrid Ferrari estava pronto. E a resposta foi o que esperávamos: o filho não era de Gabe.Não houve comemoração pelo resultado porque já prevíamos que seria negativo. Ainda assim eu fiquei confusa pelo fato de Ingrid ter sido tão burra jogando daquela forma. Não obteve êxito em dormir de verdade com Gabe, tendo sido desmascarada por ter contaminado a bebida dele e ainda assim seguiu com seu plano mal elaborado, mesmo dando tudo errado desde o início.- Foi você! – Gabe me olhou, sentado atrás de sua mesa, me pegando de surpresa com sua frase.- Do que... Está falando? – fiquei confusa.- Sei que está pensando como Ingrid pôde ser tão amadora, mesmo estando há tanto tempo trabalhando comigo e conhecendo
Procurei sua boca desesperadamente, encontrando sua língua morna e sedenta pela minha. Pulei em seu colo e fui abrindo os botões de sua camisa enquanto minhas pernas atreladas aos seus quadris seguravam meu corpo ao dele.- Amo quando você se transforma num polvo. – Ele disse enquanto mordia o lóbulo da minha orelha, incerto sobre onde me tocar primeiro com seus lábios e língua.- Melhor um polvo que um chuchu!- Então... Eu estudei um pouco sobre o chuchu e gostaria de deixar claro que ele é um alimento rico em fibras e fonte de vitamina C, potássio e cálcio. E pelo baixo índice glicêmico é ótimo para diabéticos. Ou seja, você sempre será o meu chuchu... Por toda a eternidade.- Isto quer dizer que não sou mais insípida, inodora e insignificante?- Já faz um tempo que entendi que não vivo mais sem o
POV GABENão sei se algum dia eu já tinha chamado alguém para um encontro. E mesmo que o tenha feito (e esquecido, óbvio), tenho certeza de que nunca me senti tão nervoso quanto naquele momento.Não sei se ela atrasou propositalmente para me maltratar ou porque... Meus pensamentos morreram no exato momento em que a vi no restaurante.Ela entrou como quem não quisesse chamar atenção, mas o ar parou. Até os garçons pausaram. O vestido roxo sussurrava sedução, mas seu rosto, com uma maquiagem leve dizia "não me subestime".O vestido era puro impacto: um roxo-violeta que mudava de tom sob a luz dos lustres. Justo nos ombros, com duas pequenas aberturas no tecido que deixavam a pele à mostra, contrastando com o tecido que se moldava ao seu corpo como uma segunda pele. Chuchu não sabia ser menos que impactante. Os detalhes matavam: a cintura marcada p
Olívia pegou meu dedo e pôs na boca, sugando-o o máximo que pôde, fazendo com que meu pau latejasse dentro da calça. Caralho, eu ainda tinha o restante da surpresa para a noite.- Gostei do sabor das folhas de ouro. – Mencionou, provocante.- Não quer saber sobre o cardápio 100% adaptado para diabéticos, chuchu?- Sim. – Assentiu, feito uma criança que não sabia do que brincar primeiro.- Gostou do restaurante?- É... Incrível. E tem ótimas opções para diabéticos.- Você não viu o menu, chuchu, já que os pratos foram preparados especificamente para você. Este restaurante só serve pratos dietéticos... E adapta os pratos tradicionais mais requintados em pratos com baixo índice glicêmico.- Você... Está por trás disto? – Perguntou, desconfi
POV GABEOuvi uma batida na porta e Jorel entrou. Meu irmão era a única pessoa na face da terra que se atrevia a entrar na minha sala sem bater. E que pouco se preocupava em ser anunciado, como se a presença dele fosse importante o bastante para não precisar de nenhuma formalidade.- Recebi seu recado. – Ele sentou-se à minha frente, pegando uma caneta que estava sobre a mesa – Quanto você pagou por esta porra?- Menos do que você paga por uma prostituta. – Mal retirei os olhos do que eu estava fazendo no computador.- Não saio com prostitutas. Sou um homem disputado o bastante para felizmente não precisar pagar ninguém para me satisfazer sexualmente, como “uns e outros” por aí. – Deu uma risadinha debochada.Minimizei a tela importante na qual eu estava trabalhando e o olhei:- Não lembro de ter lhe dado o direito de sequer “pensar” no que faço ou deixo de fazer. – Deixei bem claro.- Quando levanta a sobrancelha deste jeito você parece um velho. – Seguiu me provocando.Respirei fund
- Se eu não casar com ela ficarei sem dinheiro?- Não só isto!- Não? – O olhar dele se estreitou, como se quisesse pagar para ver.- Vou ferrar com a sua vida.- Vou mandar fazer um exame de DNA. Duvido que tenhamos o mesmo sangue nas veias, Gabe. Olhe o que você está me dizendo!- Você poderia ser o bebê da mamãe, Jorel, mas não é o meu! Sabe que meu tempo é precioso para que eu o perca com você. Então não teria lhe chamado aqui para “brincar”.Meu irmão ficou um tempo em silêncio, pensativo. Mas eu o conhecia o bastante para saber o que o atormentava. Ele não era capaz de ficar comendo uma única boceta.- Entenda uma coisa, Jorel. Eu só quero que você case com Olívia Abertton. Em momento algum eu disse que deveria deixar de viver a sua vida como sempre viveu? Aliás, eu já falei sobre um bônus a mais na sua mesada, não é mesmo?- Quer dizer que... Se eu casar com a tal Olívia... Posso continuar fazendo tudo que sempre fiz? E... Ainda vou ganhar uma mesada maior? – Os olhos dele se a
POV OLÍVIADesci as escadas correndo atrás de Isa, que decidiu me torturar com cócegas quando encontrei um “Isa e Marcelo” no seu caderno, escrito com a sua letra. Ela gargalhava e fugia de forma ágil, como sempre. Eu tentava desviar dos tapetes e pulava por cima dos degraus. E assim chegamos na sala de jantar.Rose nos olhou com cara de insatisfação. Dei um beijo no meu pai e sentei-me à mesa, de frente para Isabelle.- Como foi seu dia, pai? – perguntei enquanto via a comida ser posta no meu prato: peixe com leguminosas.Olhei para o macarrão com camarão que seria o prato principal dos demais e cheguei a sentir água na boca.- Se comportar-se eu lhe dou um camarão depois. – Isabelle provocou, pegando um com a mão e me mostrando, rindo.Fiz careta para ela e lambi os beiços ao ver o camarão:- Isto é injusto, sua pestinha. Eu com este peixe sem tempero e você com um camarão gigante.- Injusto? – Rose riu, daquele jeito cruel – Deve dar-se por satisfeita de ter um prato diferente para
Engoli em seco, de certa forma entendendo Rose.- Tudo bem! – sorri, fingindo que não me abalei com as palavras dela – Fico em casa. Quem sabe acenda a lareira e mexa com os borralhos... E espere a fada madrinha – brinquei – E papai, por favor, não morra!- Corre o risco de mamãe trancar Olívia no sótão. – Isabelle gargalhou.- Não temos sótão. – Rose contestou, de forma séria.- Talvez me faça ter como única companhia os ratinhos – suspirei – Não se preocupe, Rose, sei que você não seria uma “má”drasta comigo. – Sorri, tentando não parecer irônica.Rose respirou fundo e gritou para a empregada:- Pode tirar meu prato! Perdi a fome. Sem contar que não posso comer mais nada nas próximas 24 horas. Tenho que ficar magra e esquelética para entrar num vestido da Prada que comprei há um tempo atrás e não usei. Ou acha que devo comprar um novo, querido?- Sem compras, Rose. Já vai ser difícil o jatinho. – Papai disse de uma forma tão séria que até me preocupei.- Tudo certo então... Uso o ve