A DOCE VINGANÇA DO CEO SEM CORAÇÃO
A DOCE VINGANÇA DO CEO SEM CORAÇÃO
Por: Roseanaautora
Você vai casar. Parabéns!

POV GABE

Ouvi uma batida na porta e Jorel entrou. Meu irmão era a única pessoa na face da terra que se atrevia a entrar na minha sala sem bater. E que pouco se preocupava em ser anunciado, como se a presença dele fosse importante o bastante para não precisar de nenhuma formalidade.

- Recebi seu recado. – Ele sentou-se à minha frente, pegando uma caneta que estava sobre a mesa – Quanto você pagou por esta porra?

- Menos do que você paga por uma prostituta. – Mal retirei os olhos do que eu estava fazendo no computador.

- Não saio com prostitutas. Sou um homem disputado o bastante para felizmente não precisar pagar ninguém para me satisfazer sexualmente, como “uns e outros” por aí. – Deu uma risadinha debochada.

Minimizei a tela importante na qual eu estava trabalhando e o olhei:

- Não lembro de ter lhe dado o direito de sequer “pensar” no que faço ou deixo de fazer. – Deixei bem claro.

- Quando levanta a sobrancelha deste jeito você parece um velho. – Seguiu me provocando.

Respirei fundo e tentei botar na minha cabeça que Jorel era um idiota e que me seria útil, principalmente agora:

- No auge dos meus 30 anos não me acho um velho. Mas existe uma coisa que se chama “maturidade’, que você não aprendeu na faculdade.

- Sabe que tenho faltado algumas aulas. – Gargalhou, achando divertido o fato de não se preocupar com porra nenhuma na vida a não ser bocetas.

- As pessoas fazem escolhas na vida. Se a sua foi ser um idiota sem futuro, lembrado pelo número de bocetas que comeu ao longo da vida, estou me fodendo.

- Me chamou aqui discutir meu estilo de vida? – o corpo dele arqueou-se levemente para frente, parecendo pouco interessado.

- Não. Na verdade, o chamei aqui para dizer que você irá casar! Parabéns!

Maximizei a página no computador, voltando a trabalhar na análise do projeto importante que eu precisava terminar até o fim do dia para aprovar ou reprovar.

Ouvi Jorel gargalhando, não me dando ao trabalho de olhar para sua cara idiota. Até porque, eu sabia que ele faria o que eu mandava. “Todos” me obedeciam e com meu irmão não seria diferente.

Segui fazendo a leitura das letras minúsculas na frente do computador, E a risada irritante dele foi diminuindo, até que parasse:

- Por que me chamou?

- Eu já disse! – Me limitei a dizer, indisposto a gastar minhas cordas vocais.

- Eu não vou casar. Se você leu isto em algum site por aí é mentira. Aliás, estas porras de sites de fofoca só servem para isto hoje em dia, destruir a reputação de bons rapazes, como eu! – Aquele tom de deboche dele me irritava profundamente.

- Sim, você vai casar – confirmei, de forma tranquila – Com Olívia Abertton.

Jorel voltou a rir feito um jumento. Como assim aquele laboratório queria que eu comprasse um medicamento que já tinha negociado com outra indústria farmacêutica? Não deviam nem ter mandado a proposta. Todos no ramo já sabiam que eu não negociava produtos que não fossem exclusivos. A Clifford já estava num patamar que nem precisava mais competir. Era a melhor do mundo.

- Você pode olhar na minha cara pelo menos, porra! – Jorel alterou a voz, quase num grito.

Suspirei e abaixei a tela:

-  Acredita que ainda tem laboratórios que querem negociar com a Clifford sendo que já venderam o produto para outra indústria farmacêutica antes? – me recostei na cadeira de couro, levemente estressado com a petulância de algumas pessoas do meu ramo.

- Estou me fodendo para a porra do seu negócio, Gabe. De que casamento você está falando?

- Do seu – voltei a enunciar de forma tranquila, caso ele não entendesse que não tinha opção de fugir daquilo – Você casará com Olívia Abertton.

- Nem fodendo! – Ele riu, mas percebi aquele nervosismo de homem imaturo medroso passando por seus olhos.

- Sim, você vai.

- Por que você está mandando? – riu de novo, os lábios mal se movendo – Sou de maioridade, esqueceu? Não pode me obrigar!

- Está apaixonado por alguma de suas prostitutas?

- Elas não são prostitutas. – Vociferou.

- Aproveitam-se da sua bebida cara, dos jantares que lhes oferece nos mais luxuosos restaurantes e deitam-se nos melhores lençóis dos mais premiados hotéis do mundo. Em troca lhe dão sexo. São prostitutas!

- Você é muito filho da puta!

- E você um playboy mimado que não tem nada para fazer da vida. Então vai casar e pronto.

- Por que tem tanta certeza?

- Porque se não fizer isto, tirarei a sua mesada.

- Não pode fazer isto.

- Sim, eu posso. A recebe por caridade. Não é meu filho nem nada. Não tenho obrigação alguma com você para lhe dar dinheiro mensalmente a fim de que enfie em vagabundas por aí.

- Sou seu irmão, Gabe.

- E me vendeu sua parte na empresa, lembra-se?

- Você não me pagou nem perto do que valiam e sabe disto.

- Fiz a proposta e você aceitou. Sinto muito se não teve bons advogados que lhe orientaram a não aceitar minha oferta.

- Caralho, você saiu de onde? Porque duvido que tenha sido da barriga da nossa mãe.

- Case-se com Olívia Abertton e seguirá recebendo sua “gorda” mesada todos os meses. E quando ainda assim ela não for suficiente, posso lhe dar um extra quando precisar.

- Qual o problema com esta garota?

- Nenhum. Ela inclusive não é feia.

- Não é feia? – pegou o celular para verificar quem era.

- Ela é um chuchu: insípida, inodora e insignificante.

Vi um sorriso se abrir no rosto de Jorel:

- Ela é bonita! Qual o problema com ela? Quer que eu faça caridade? Deseja fazer negócios com a família Abertton?

- Longe de mim – deixei claro – Como eu disse, “ela” é insignificante. Mas o pai dela é digamos... Alguém com que eu tenho algumas questões a resolver. Mas são pessoais. Não tem nada a ver com você.

- Acho que até um chuchu já foi melhor descrito na vida! – ele voltou os olhos para a tela do celular – Ela estuda Medicina.

- Continua sendo um chuchu.

- Talvez seja muito inteligente para mim.

- Seu único trabalho é ir na igreja, casar com ela e viver a sua vida.

- Eu sou muito novo para casar, Gabe. Tenho 22 anos. E ela tem... 21. Um bebê! Duvido que o pai dela autorize esta babaquice.

- O pai dela não tem condições de autorizar ou não.

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