Assim que chegamos na Delegacia, Aneliese nos esperava do lado de fora. Correu na nossa direção quando nos viu, mal esperando que descêssemos do carro.
A abracei, sentindo os braços dela me envolverem com força. Estava com os olhos vermelhos, certamente de tanto chorar.
- O que houve, porra? – Gabe perguntou, no exato momento em que um carro estacionou ao nosso lado, de onde desceu um dos advogados dele.
- Jai perdeu a cabeça... – Ela tentou explicar, ainda nervosa.
- O que ele fez, Aneliese? – Eu já sentia o coração bater na boca.
- Estávamos jantando, num restaurante... Rowan chegou e... Me disse algumas coisas... Jai o chamou para fora e eles brigaram... E depois Jai destruiu o carro de Rowan... Praticamente inteiro!
- Como ele fez isto? – Eu quis saber.
- Com o próprio carro... Bateu no de Rowan até que virasse sobre a cal&cc
- Foi só isto?- “Só isto”? – ela riu, vulnerável – Foi um choque pra mim. No entanto eu simplesmente afastei Mônica da minha vida. E Gabe achou que eu não gostava dela.- E você não gostava?- Eu não gostava... Nem desgostava. Mônica era minha companheira feminina de viagem, no entanto não éramos íntimas, como eu já mencionei. Depois do que eu vi procurei não mais viajar com eles... Já que era aquele o único meio de contato que tínhamos, visto que não nos visitarmos ou algo do tipo.- Mas quando você mencionou a primeira vez esta história... Achei que culpava Mônica pelo ocorrido.- E sim, eu culpava. Porque talvez não tive coragem de acreditar que Rowan pudesse ser o errado naquela história. No entanto... Depois do que eu soube que ele fez com você, dentro da noss
Eu estava na sede da Clifford quando o advogado ligou para Gabe, dizendo que o resultado de DNA solicitado pelo juiz para Ingrid Ferrari estava pronto. E a resposta foi o que esperávamos: o filho não era de Gabe.Não houve comemoração pelo resultado porque já prevíamos que seria negativo. Ainda assim eu fiquei confusa pelo fato de Ingrid ter sido tão burra jogando daquela forma. Não obteve êxito em dormir de verdade com Gabe, tendo sido desmascarada por ter contaminado a bebida dele e ainda assim seguiu com seu plano mal elaborado, mesmo dando tudo errado desde o início.- Foi você! – Gabe me olhou, sentado atrás de sua mesa, me pegando de surpresa com sua frase.- Do que... Está falando? – fiquei confusa.- Sei que está pensando como Ingrid pôde ser tão amadora, mesmo estando há tanto tempo trabalhando comigo e conhecendo
Procurei sua boca desesperadamente, encontrando sua língua morna e sedenta pela minha. Pulei em seu colo e fui abrindo os botões de sua camisa enquanto minhas pernas atreladas aos seus quadris seguravam meu corpo ao dele.- Amo quando você se transforma num polvo. – Ele disse enquanto mordia o lóbulo da minha orelha, incerto sobre onde me tocar primeiro com seus lábios e língua.- Melhor um polvo que um chuchu!- Então... Eu estudei um pouco sobre o chuchu e gostaria de deixar claro que ele é um alimento rico em fibras e fonte de vitamina C, potássio e cálcio. E pelo baixo índice glicêmico é ótimo para diabéticos. Ou seja, você sempre será o meu chuchu... Por toda a eternidade.- Isto quer dizer que não sou mais insípida, inodora e insignificante?- Já faz um tempo que entendi que não vivo mais sem o
POV GABENão sei se algum dia eu já tinha chamado alguém para um encontro. E mesmo que o tenha feito (e esquecido, óbvio), tenho certeza de que nunca me senti tão nervoso quanto naquele momento.Não sei se ela atrasou propositalmente para me maltratar ou porque... Meus pensamentos morreram no exato momento em que a vi no restaurante.Ela entrou como quem não quisesse chamar atenção, mas o ar parou. Até os garçons pausaram. O vestido roxo sussurrava sedução, mas seu rosto, com uma maquiagem leve dizia "não me subestime".O vestido era puro impacto: um roxo-violeta que mudava de tom sob a luz dos lustres. Justo nos ombros, com duas pequenas aberturas no tecido que deixavam a pele à mostra, contrastando com o tecido que se moldava ao seu corpo como uma segunda pele. Chuchu não sabia ser menos que impactante. Os detalhes matavam: a cintura marcada p
Olívia pegou meu dedo e pôs na boca, sugando-o o máximo que pôde, fazendo com que meu pau latejasse dentro da calça. Caralho, eu ainda tinha o restante da surpresa para a noite.- Gostei do sabor das folhas de ouro. – Mencionou, provocante.- Não quer saber sobre o cardápio 100% adaptado para diabéticos, chuchu?- Sim. – Assentiu, feito uma criança que não sabia do que brincar primeiro.- Gostou do restaurante?- É... Incrível. E tem ótimas opções para diabéticos.- Você não viu o menu, chuchu, já que os pratos foram preparados especificamente para você. Este restaurante só serve pratos dietéticos... E adapta os pratos tradicionais mais requintados em pratos com baixo índice glicêmico.- Você... Está por trás disto? – Perguntou, desconfi
- Jura? E isto justifica o fato de ela ter me traído?- Você sabia ou não? – Aquela resposta me importava.- Não.- Entende agora o motivo de ela tomar medicamentos? E o fato de querer ser feliz? Aneliese não sabe quanto tempo ainda tem.- Estou me fodendo para isto, Gabe!Eu ri, com desdém:- Enfim, você está mostrando quem realmente é, Rowan!- Surpreso?- Não, na verdade, satisfeito. Não gosto de lidar com pessoas que se escondem através de máscaras.- Claro que sou o vilão da história agora. Estou sendo sincero, Gabe, enquanto todos vocês fingem ser santos. Aliás, ganhou sua a auréola quando? Ah, sim, depois que decidiu perdoar o papaizinho da filha da prostituta. Ops, desculpe... Esqueci que você não gosta que eu fale dela assim... Mas como estou me referindo &ag
Estreitei os olhos, confuso sobre onde ela queria chegar.- Eu acabei sendo rápida no banheiro e quando retornei, vi Rowan e Mônica com as mãos entrelaçadas... Ele falava algo no ouvido dela... E ela ria. Estavam de forma bem íntima, Gabe.Eu ri, atordoado:- Você está louca!- A vida inteira eu tentei pensar que foi coisa da minha cabeça...- E realmente foi.- Não, não foi.- Rowan deve ter pego a mão dela à força.- Eu... Também acho. – Aneliese abaixou a cabeça – Ou achava... Porque agora não consigo mais ver desta forma. Não parecia nada forçado... Mônica parecia bem a vontade do jeito que ele estava ao seu lado e da forma como a tocava.Abri a porta e mostrei a saída à Aneliese:- Só porque sua vida está fodida quer fazer o mesmo com a minha
Eu batia a ponta dos dedos sobre a mesa do médico, nervoso. Era como se precisasse fazer aquilo imediatamente ou Olívia morreria. Nunca vi tanta necessidade de fazer algo na vida para salvar alguém.O médico, o qual eu já conhecia anteriormente por consultas de rotina, olhou meu prontuário atentamente antes de dizer:- Por que quer fazer uma vasectomia, senhor Clifford?- Porque não quero ter filhos. – Foi minha resposta óbvia, que saiu cortante e gélida.- Perfeito, você não quer filhos hoje. Mas e se daqui a 15 anos você mudar de ideia? Ou pior: e se amanhã você sofrer um acidente e perder os testículos?- Ficarei grato pela minha má sorte. – Fui sincero – Quanto ao fato de eu poder mudar de ideia... Isto não acontecerá. Tenho certeza de minha decisão.- E ao menos pensou na possibilidade de co