Numa noite mal dormida com pesadelos e sonhos com personagens sinistros Alegra o tempo todo ouviu gemidos ou imaginou ter ouvido.
Alegra despertou antes de o sol banhar aquele lugar de maldições e caminhou ate a barraca de Zayla e Ashilal, o vento gelado parecia zunir entre as arvores, para completar o cenário amaldiçoado o vento balançava as lonas das barracas.
-Tenho a sensação de que o vento quer me dizer algo. Bobagem! Eu estou estressada e impressionada com tudo o que vem acontecendo comigo. Alegra fala para si mesma caminhando com os braços cruzados para se proteger do frio.
Ao aproximar da barraca de Zayla e Ashilal Alegra ouve choro de bebê. Alegra para não acreditando no que esta ouvindo.
-Não pode ser! Alegra corre e ao entrar na barraca depara-se com o bebê de Alegra e Ashilal deitado entre os seios de Zayla.
Alegra aproxima e toca o bebê que mais se parece com um anjo de tão inocente e indefeso.
Alegra não esperava reencontrar a artesã da primitiva aldeia “Madre Inocência”, mas o que percebia era que cada vez menos era dona de suas vontades. Alegra chega, estaciona o jipe naquele lugar misterioso, pega o bebê e caminha rápido ate a porta da casa da artesã. -Olá!! Olá!! Alegra grita batendo desesperadamente na porta da artesã. A porta abre um pouco fazendo um rangido de madeira velha. -Você outra vez? O que quer? A velha artesã fala enfurecida ao ver Alegra. -Abra, por favor! Alegra implora. -Não tenho nada para falar com você. E eu tenho certeza que não voltou por causa de minhas esculturas. A velha artesã completa. -Eu imploro... Alegra bate na porta e começa a chorar com Ângelus II nos braços. -Alegra insista, faça-a abrir a porta e diga que Ashilal esta dizendo que o tempo dela aqui nessa dimensão está no fim no primeiro dia de lua cheia dessa semana, ela será devorada por uma criatura. Agora,
Ao amanhecer, os raios do sol banhando o site de pesquisa e o vento balançando as arvores. -Nossa que dor de cabeça! Alegra queixa ao acordar. Alegra pega uma pílula nos seus guardados e procura água para tomar. -Preciso entrar em contato para comunicar a deserção e pedir que envie outros pesquisadores. Rápido. Alegra fala consigo mesma. -Eles não são desertores. Zayla fala com Alegra. -Você sabe o que aconteceu? Alguém esteve aqui? Alegra questiona. -Não importa. Vamos falar das lapides de ouro. Zayla continua. -Lapides de ouro? Alegra questiona colocando a mão no rosto. -Antes de nós existira uma civilização percussora das lapides de ouro. Talvez você possa desenvolver uma pesquisa sobre a origem das lapides de ouro. Zayla fala para Alegra tentando distrair a cientista. -Não estou entendendo. Hoje você quer fazer piadas sobre pesquisas? Alegra fica zangada. -Não.
Alegra acorda com o barulho do helicóptero pousando, ela sai da barraca para verificar quem esta chegando. Alegra se protege do vento forte da hélice, um homem alto, cabelos negros e barba bem feita desce e caminha em sua direção. -Bom dia! Doutora Alegra? -Bom dia! Sim, sou Alegra. Alegra responde ainda confusa. -Vim para continuar o trabalho nas pesquisas. -Quem o enviou? Alegra questiona. -Doutor Ashilal. Disse que todos desistiram e que a doutora estava só aqui no sitio de pesquisas. -Doutor? Ashilal? Alegra fala com dificuldade em respirar. -Sim. Onde está o doutor Ashilal? Me pareceu um ótimo profissional e uma excelente pessoa. -Meu Deus! Eles dominaram tudo... Eles sabem onde estão os outros. Malditos!! Maldita hora em que viemos desenterrar a morte, o fim... -Calma! O que esta acontecendo doutora Alegra? Prazer meu nome é Rumer. Sou
O lugar não era nada romântico, as circunstancias não colaboravam para nascer de uma forte paixão. O que estava acontecendo entre Rumer e Alegra não poderia ser mais uma armação de Zayla e Ashilal. Alegra amanheceu deitada ao lado daquele belo homem. O sorriso dele brilhou mais do que os raios inconvenientes do sol que insistia em tocar os rostos do casal. -Tudo esta ficando bem. Você esta feliz, ele esta feliz, eu e Ashilal estamos felizes. Só falta vocês buscarem Ashilal Ângelus II. Zayla se comunica com Alegra tirando o seu sossego e fazendo-a voltar para a realidade. -Não fala comigo! Eu não estou bem com você. E claro que vamos buscar o seu bebê na aldeia. Alegra fala com rispidez já se levantando. -Calma! Calma! Rumer se levanta e a abraça fazendo sinal de silencio com o dedo nos lábios. Aprontaram tudo e se dirigiram rumo à aldeia. No caminho Alegra conta tudo sobre os costumes da aldeia e as criaturas estranhas
A FACE DE UM HOMEM É SUA PRÓPRIA BIOGRAFIA. A FACE DE UMA MULHER É SEU TRABALHO DE FICÇÃO. OSCAR WILDE Alegra esta cuidando do bebê Ashilal Ângelus II com ternura e carinho, ambos recebendo a proteção de Rumer que se apaixonou a primeira vista por Alegra. Os olhares de Alegra para Rumer deixam escapar o quanto ela o ama. Terminaria tudo bem se não fosse o bebê filho de Zayla e Ashilal. Zayla há algum tempo fez silencio o que para Alegra e Rumer não é bom sinal. -Ela parou de falar comigo. Não esta bem, eles são ardilosos. Eu já tentei, pedi desculpas por gritar com ela e nada. Alegra fala balançando o bebê. -Não se preocupe com isso agora. Faça um relatório sobre tudo o que aconteceu no sitio de pesquisas omitindo a existência do bebê. Em relação aos outros pesquisadores você diz que desertaram. Você não sabe o paradeiro dele
O homem evoluiu e junto com ele altas tecnologias, indústrias, fabricas, necessidades de muitos produtos para satisfazer os caprichos da humanidade moderna que se esqueceu de zelar do planeta e de preservar a sua historia. A natureza foi ficando enfurecida, a sua fúria contra o homem moderno trouxe catástrofes, mortes, prejuízos, tristezas, fome e milhares de desabrigados. Infelizmente nenhuma tecnologia avançada foi capaz de cessar a fúria da natureza que só obedece aos comandos do ser soberano, obedece às ordens do maior cientista de todos os tempos, Deus. A lua clara no céu foi à única testemunha de um terremoto que abalou as ruínas Maias em 2030 abrindo um grande cânion. A grande cratera trouxe aos olhos dos cientistas, pesquisadores e jornalistas do mundo todo uma enorme caverna localizada no final da imensa e pavorosa cratera cuja medida de sua profundidade aproximou-se de 60 km de fundo, a largura capaz de engolir cidades. Pesquisadores
O sol nasceu radiante com sua cor laranja sobre o sitio de pesquisa, seus raios sobre o sorriso de Devil fazia tudo parecer lindo e natural, somente o sol invadia aquele local sem receio do desconhecido. Ao nascer do dia o silencio era quebrado pelo despertar dos pássaros e dos zumbidos das abelhas atraídas pelo o perfume forte das rosas, o colorido das asas de milhares de borboletas completava o cenário de mistério. Numa barraca todos os pesquisadores faziam o desjejum e estudavam uma maneira de tirar do sorriso de Devil a ‘bela adormecida’. -Doutora Alegra, chegaram os resultados do laboratório. Alex fala degustando uma fruta. -E o que temos? Alegra pergunta analisando fotos da ‘bela adormecida’. -Jay teve falência de todos os órgãos. A causa foi um veneno forte ainda desconhecido. A própria substancia completou o seu trabalho transformando Jay no mesmo instante em uma múmia. -E o resultado dos exames no liquido do cau
Alegra não consegue pegar no sono naquele lugar cercado de tantos mistérios e acontecimentos sem explicação. A cientista relutava em acreditar que estava falando com uma pessoa sacrificada há muitos anos, décadas, quem sabe séculos e que havia sentido vida em seu ventre. Pensando em como revelar para seus colegas o que estava acontecendo, poderia correr o risco de ser afastada das pesquisas acusada pelos os outros cientistas de louca. Alegra levanta-se no meio da noite vai até a barraca onde esta Zayla. Descobre Zayla bem devagar e senta-se ao seu lado. Começa a fazer carinho em sua barriga e logo sente os movimentos do bebê de Zayla e Ashilal. -Meu Deus! Não pode ser! Como pode o bebê ter vida no útero de uma múmia? Mesmo estado ela bem conservada... É inexplicável! -Será que a mãe a faz movimentar para me impressionar ou de certa forma para me manipular... Ou assustar... -A doutora não pode duvidar de