O homem evoluiu e junto com ele altas tecnologias, indústrias, fabricas, necessidades de muitos produtos para satisfazer os caprichos da humanidade moderna que se esqueceu de zelar do planeta e de preservar a sua historia.
A natureza foi ficando enfurecida, a sua fúria contra o homem moderno trouxe catástrofes, mortes, prejuízos, tristezas, fome e milhares de desabrigados. Infelizmente nenhuma tecnologia avançada foi capaz de cessar a fúria da natureza que só obedece aos comandos do ser soberano, obedece às ordens do maior cientista de todos os tempos, Deus.
A lua clara no céu foi à única testemunha de um terremoto que abalou as ruínas Maias em 2030 abrindo um grande cânion. A grande cratera trouxe aos olhos dos cientistas, pesquisadores e jornalistas do mundo todo uma enorme caverna localizada no final da imensa e pavorosa cratera cuja medida de sua profundidade aproximou-se de 60 km de fundo, a largura capaz de engolir cidades.
Pesquisadores e cientistas foram atraídos por um forte perfume com aroma fortíssimo de rosas que impregnavam todo o local, saindo da grande e misteriosa cratera.
Não pensaram duas vezes, não temeram em perder suas vidas, chamaram outros especialistas, engenheiros, grandes mestres de obras e construíram elevadores ate as profundezas da cratera que foi batizada de ‘O sorriso de Devil’.
-Eu fui à escolhida para liderar toda a equipe. Eu exijo que todos me obedeçam e a cima de tudo me respeite. O grupo na frente da cientista com suas roupas e chapéus marrons escutam e começam todos a falarem ao mesmo tempo.
-Silencio! Estamos lidando com o desconhecido. E o desconhecido sempre oferece riscos, perigo. Não sabemos de onde vem esse perfume e muito menos o que exala esse perfume. Meu nome e Alegra e o primeiro a descer comigo no sorriso de Devil será o Jay formado e especialista em Antropologia e Geologia.
-Doutora, não é justo, viemos ate aqui para estudar o fenômeno, não pode nos privar de uma grande descoberta. Grita um rapaz no meio dos outros.
-Não estou privando vocês de nenhuma descoberta e sim os protegendo. Assim que voltarmos lá do fundo e espero que retornamos com um pouco de clareza sobre o que é e como é, todos poderão fazer parte das pesquisas. Doutora Alegra tenta acalmar os ânimos.
-Prometo que seremos uma grande equipe. A bela doutora fala se preparando para descer na grande cratera acompanhada de doutor Jay.
Todos os tipos de tecnologias avançadas, robôs, drones que desceram na grande cratera não retornaram, simplesmente desapareceram.
-Doutor Jay, aconselho a colocar suas luvas e mascaras não conhecemos nosso objeto de estudo. Doutora Alegra fala com o doutor Jay já colocando suas luvas.
-Vamos! Soltem os cabos de aço, devagar! Vamos tentar nos comunicar com os minis rádios. A bela doutora gritou com a pequena multidão de especialistas que olhavam para ela e para doutor Jay descendo na grande cratera.
-O cheiro de rosas esta ficando mais forte. Nem mesmo a mascara esta impedindo de sentir o odor forte. Doutor Jay comenta com doutora Alegra que com olhos atentos investiga os paredões que os cercam.
-Pegue os binóculos e olhe. Parece que a cratera já esta aberta há anos. Nota-se vegetação rasteira, musgo e terra envelhecida.
Jay olha com atenção e concorda com a doutora que fotografa tudo que vê até inúmeras borboletas e abelhas que estão sobrevoando a grande cratera atraídas pelo o odor forte de rosas.
-Confesso que estou meio assustado para não dizer com estou com medo. Jay fala olhando para baixo.
-É... Eu também sinto um arrepio, mas a curiosidade é mais forte. Doutora Alegra responde.
-Parece que ainda estamos longe do nosso destino. Jay fala olhando para o relógio no pulso.
-Esta marcando o tempo? Precisamos de todos os dados possíveis. Recomenda Alegra.
-Sim, parece que já faz uma eternidade desde que o elevador começou a descer. Respondeu Jay.
Depois de quase duas horas descendo pelo o elevador preso por cabos de aço doutora Alegra e doutor Jay começam a avistar o fundo da grande cratera.
Não sabem ainda como, mas a luz do dia clareia todo o fundo do sorriso de Devil.
-Vamos doutor Jay! Precisamos coletar dados, objetos e retornar para a superfície antes de escurecer. Doutora Alegra fala andando e olhando tudo atentamente.
-Tome cuidado doutora. Jay fala se afastando de doutora Alegra.
-Após um tempo afastados um do outro doutor Jay começa a gritar usando o mini radio.
-Doutora! Doutora! Caminhe na minha direção. Creio que encontrei o que está exalando o cheiro forte de perfume de rosas.
-Não toque em nada, por favor! Eu já estou me deslocando ate você doutor Jay.
Alegra caminha rápido olhando de um lado para outro procurando doutor Jay.
Juntos na entrada de uma gigantesca caverna os dois não acreditam no que viam.
-Extraordinário! O que é isso? Exclama doutora Alegra já fotografando a entrada da caverna.
-Parece que alguém ou alguma coisa esculpiu a entrada da caverna...Quem plantou essas rosas? Deus...
-As cores branca, vermelha e negras...Jay esta espantado.
-Escuta! Esta ouvindo esse barulho? Alegra pergunta fazendo sinal de silencio.
-Fico arrepiado só de pensar o que está guardado lá mais no fundo. Jay esta fotografando as rosas bem de perto.
-Num pé de rosas há rosas de três cores. Nota-se os botões de cor branca, as quase aberta na cor vermelha e as completamente aberta, na fase adulta de cor negra.
-Vou gravar esse barulho. Consegue lembrar com o que esse ruído se assemelha? Alegra pergunta gravando o barulho que vinha de dentro da caverna que ficava dentro do sorriso de Devil.
-Se assemelha aquele instrumento que fica girando produzindo massa para construções. Não sei qual o nome, mas na porta do prédio onde moro havia uma construção, não faz muito tempo eu tive que suportar esse ruído. Jay fala já adentrando no meio de centenas de pés de rosas.
-Espere! Não retire as luvas e nem as mascaras. Lembre-se, estamos lidando com o desconhecido, extraordinário, encantador, porém misterioso. Alegra recomenda a Jay.
-O aparelho que fazia o ruído na porta de seu prédio chama-se betoneira.Você tem razão é como se tivesse uma betoneira girando lá no fundo da caverna. Quem plantou e cuidou desses pés de rosas? Por Deus!! São centenas deles. Alegra exclama.
-E todos os pés com rosas de três cores e idade. Jay afirma.
-Mesmo com a mascara sinto o perfume. É muito forte. Alegra fala fotografando tudo.
-Doutora olha o teto! É simplesmente fantástico! Jay anda entre as rosas olhando o teto da caverna das rosas.
-Meu Deus! Tudo isso não foi feito só pela a natureza! Não pode! Alegra exclama ao ver uma vegetação rasteira com flores miúdas de cor branca cobrindo todo o teto da caverna.
-Vamos Jay! Vamos dar mais uma olhada e voltamos amanha. Pretendo explorar aqui dentro e todo o sorriso de Devil. Alegra fala olhando para o relógio de pulso.
-Droga! O meu relógio parou de funcionar. Alegra reclama.
-O meu relógio também doutora. Jay fala olhando para o seu relógio.
-O solo é úmido como se alguém regasse os pés de rosas todos os dias. Jay fala analisando um pouco de terra.
-Não se parece em nada com uma cratera causada por um terremoto. É como se estivesse aqui há anos e agora resolveu do nada ou quem sabe com hora, dia e ano marcado resolveu aparecer. Alegra fala encantada com o lugar misterioso.
-Percebeu que quanto mais andamos para os fundos o ruído se intensifica. Jay fala para Alegra retirando do grande bolso da calça uma pequena bolsa com ferramentas.
-Vou colher algumas rosas para uma analise mais profunda na superfície. Jay fala já cortando o caule que jorrou um liquido vermelho.
-Olhe! Cor de sangue! Jay fala e em seguida solta um grito de dor.
-Ai...Acho que me furei num espinho...
-Vamos! Lá fora vou desinfetar o local. Não podemos correr nenhum risco. Amanha coletaremos também o liquido do caule. Por hoje é só... Alegra e Jay caminham juntos ate o elevador preso por cabos de aço.
-Podem puxar. Alegra fala pelo mini radio.
-Certo doutora. A voz do radio responde.
-Você esta bem? Alegra pergunta a Jay que parece estranho.
-Só estou exausto. Jay responde.
-Senta um pouco no assoalho do elevador. Alegra recomenda.
Após duas horas sendo arrastados para a superfície finalmente o elevador chega.
Os pesquisadores são cercados pelo os outros estudiosos que estão ansiosos e começam a perguntar todos de uma só vez.
-Calma! Nós estamos exaustos! Daqui a pouco vamos nos reunir na barraca para falar sobre o que encontramos no fundo do sorriso de Devil.Ok?
Alegra tenta acalmar os outros.
Uma hora depois na grande barraca sob a claridade da imensa luz vinda dos céus e sob vários lampiões, assim que a bela cientista aparece começam as perguntas.
-Pessoal! Ei! O sorriso de Devil esconde do lado esquerdo uma imensa e misteriosa caverna. Dentro da caverna há vários pés de rosas, no teto flores rasteiras. O mais interessante das rosas é que num único pé existem rosas de três cores. Alegra coloca as amostras sob uma mesa improvisada.
-É o que exala o forte perfume que atraiu tantas borboletas e abelhas. Curioso é que as abelhas e borboletas não desceram ate lá, ficaram só na boca do sorriso de Devil...
-Conta mais doutora! Grita um jovem no canto da barraca.
-O local é todo mistério, de dentro sai um ruído horrível. Doutor Jay comparou o ruído com um barulho de uma betoneira em funcionamento. Amanha o helicóptero chegara por volta das 10;30 da manhã eu quero que envie todas as amostras para o laboratório.
-Cadê doutor Jay? Alguém chame doutor Jay, por favor. Alegra pede para uma moça que sai e logo escutam os seus gritos.
-Meu Deus! Credo! O que é isso? Venham todos! A jovem grita com as mãos na boca, com ar de espanto olhando para dentro da barraca de doutor Jay. Todos correram para ver o que assustou a moça.
-Deus!! Não se aproximem. As roupas são de Jay. Afastem-se todos! Não sabemos o que aconteceu. Alegra grita lembrando que Jay se feriu nos espinhos das rosas do sorriso de Devil.
Os outros pesquisadores e jornalistas estão assustados ao deparar-se com uma múmia seca com aparência de muitos anos naquele estado.
-Infelizmente é o nosso colega doutor Jay. Ele se feriu nas rosas, mas nada esta ainda comprovado que a causa foi os seus espinhos. Pode ter sido picado por algum inseto venenoso.
-Por favor é lamentável, mas precisamos usar e agir com a nossa razão. Lacre o corpo e amanha junto com as amostras envie tudo para o laboratório com um relatório pautado nas amostras e acontecimentos, envie também as gravações dos sons e principalmente as rosas.
Alegra fala aos outros usando forças subumanas ao ver que Jay se transformou em múmia.
-Quem vai descer amanha com a doutora?
-É... Quem vai ficar no lugar de doutor Jay? Uma chuva de perguntas faz a doutora Alegra sentir vertigem.
-A doutora esta cansada. Calma! Foi muita coisa para um único dia. Um rapaz fala aos outros enquanto a doutora se afasta.
-Ao amanhecer eu escolho quem vai descer comigo no sorriso de Devil. Façam agora o que precisa ser feito. Não toquem sem proteção dos seus corpos. Coloquem luvas, mascaras e roupas apropriadas. Estamos lidando com algo misterioso e ao que tudo indica muito perigoso.E não sabemos nada a respeito ainda. Agem como se lidassem com um inimigo perigoso e traiçoeiro. Alegra fala e se recolhe na sua barraca.
-Não!Não! Soltem-me! Por favor! Não! Socorro! Alguém me ajude!
-Doutora?! Esta tendo um pesadelo. Acorde!
-Ai meu Deus! Obrigada Alex! Sonhei que estava deitada num altar de sacrifícios, vestida de noiva e grávida. Sentia os movimentos do bebê...Era tão real... Havia seres humanos próximos ao altar com cabeças de bodes, talvez mascaras e eles giravam um objeto que produzia o mesmo ruído vindo da caverna das rosas...
Bobagem...Você tem razão...Foi só um pesadelo... Alegra fala se levantando.
-Vamos nos preparar para a descida novamente no sorriso de Devil. O helicóptero deve chegar daqui a pouco para buscar as amostras e o corpo de Doutor Jay. Não se esqueçam de enviar junto um relatório. Alegra orienta a equipe.
-A doutora vai descer sozinha? Alex pergunta.
-Não, você vem comigo. Alegra responde comendo uma fruta.
-Mas lembre-se do que aconteceu com doutor Jay que Deus o tenha. Cuidado redobrado! Sem vacilo! Use mascaras luvas grossas e roupas apropriadas. Espero-te no elevador. Não demore! A bela doutora sai rumo a grande cratera.
O elevador começou a descer rumo ao desconhecido e o helicóptero surgiu provocando um redemoinho de vento e folhas das arvores.
Logo Alegra e Alex caminha entre as misteriosas e malévolas rosas de três cores.
-A caverna é bem maior do que eu imaginei. Sinto algo estranho...Uma energia estranha...Sinistro...Alex comenta.
-Olhe! Fotografe ou filme...Foi onde Jay cortou as três malditas rosas que pressupõe ter acabado com a sua vida. Interessante estar vazando o liquido parecido com sangue desde ontem. Alegra e Alex conversam sendo atrapalhados pelo o ruído que esta cada vez mais alto.
-Eu trouxe uns saquinhos plásticos. Não seria melhor coletarmos um pouco desse liquido para analise? Alex pergunta já providenciando a coleta.
-Ótima idéia, porem tome cuidado com os espinhos. Alegra alerta Alex que colhe o liquido vermelho que escorre do caule da roseira.
-Doutora o som vem lá dos fundos. Vamos entrar mais e talvez a gente descubra o que gera esse barulho. Alex sugere a Alegra.
-Há quanto tempo estamos aqui?
-Não sei os relógios não funcionam aqui. Só sei que andamos muito dentro da floresta de rosas e nada do que produz o ruído. Alegra se queixa.
-Mas a doutora notou que o ruído está cada vez mais alto, já está conversando gritando um com o outro. Alex grita com Alegra que faz sinal para continuarem.
-Cuidado! Uma escada! Alex segura Alegra que por pouco não sofreu uma queda.
-Fotografe e vamos descer. Alegra fala alto com Alex que atende as ordens da doutora
-Nossa! O som aqui é de enlouquecer. É o ranger dos dentes de Devil. Alex fala quase não suportando o barulho.
-Você tem razão. E não podemos usar proteção nos ouvidos ate descobrir o que gera o ruído e de onde vem. Vamos chamar o ruído de ranger dos dentes de Devil. Alegra grita tirando do caminho com cautela um galho de rosa.
-Olha doutora! Olhe! Alex se espanta com um local no meio das rosas que parecia não querer deixar ninguém chegar ate lá e descobrir um altar, num relance de olhar parecia ser feito de ouro.
-Meu Deus! Vamos! Tome cuidado! Os galhos estão entrelaçados. Alegra alerta Alex não acreditando no que esta na frente deles.
-É um corpo... Não posso nem chamar de múmia, esta perfeito...É uma jovem...Parece que esta grávida...Fotografe ou filme tudo...Ela é linda! Só o vestido que esta um pouco envelhecido.
-É perfeita de mais para ser um corpo. Parece estar dormindo.Ela tem em cima dos seios um ramalhete de rosas que parece ter sido colocado há minutos. Alex parece se apaixonar pela a beleza da jovem deitada no altar feito de ouro.
-Ela tem os punhos cortados. Quase separou as mãos do corpo. Não toque nela! Vamos subir e estudar uma possibilidade de tirá-la daqui.
-Doutora, o som parou. Estranho! Alex fala para a doutora fazendo o sinal da cruz e pronunciando uma oração.
-Vamos voltar para a superfície. Alegra faz sinal ainda olhando para a bela jovem no altar.
Sentados em torno de uma mesa todos admiram as fotos da “bela adormecida”. É assim que o corpo em perfeito estado está sendo chamado pela a equipe de pesquisadores.
-Pessoal! Vamos repousar e amanha vamos estudar uma possibilidade de tirar de lá a nossa bela adormecida. Alex fala aos outros que estão eufóricos com a descoberta.
-E só mais uma coisinha. Peço aos jornalistas aqui presente que esperem mais um pouco para soltar qualquer coisa para o mundo sobre a nossa bela. Esperem por favor! Não libere nenhuma matéria por enquanto. No meio de murmúrios de revolta, Alex termina.
-Amigos jornalistas é que não existe nada ainda de concluso em relação a nossa ‘bela adormecida’.Ainda estamos lidando com o desconhecido apesar de tudo o que encontramos dentro do sorriso de Devil.
-Faço as palavras de Alex minhas palavras. Alegra fala e se afasta deixando murmúrios dos que ali estavam e que não estão acreditando nas descobertas. O que viram nas fotos não é possível uma explicação.
Alegra sozinha na sua barraca admira a foto da ‘bela adormecida’ e fala baixinho. “Ciência x Mistério”.
-Quem é você? Há quanto tempo está lá? Por que está lá? Quem te colocou lá?
-É muito bonita bela adormecida e espero logo desvendar os seus segredos. A Ciência terá que superar e desvendar os seus segredos principalmente de conservação da beleza. Alegra fala e cai em sono profundo de tanto cansaço.
O sol nasceu radiante com sua cor laranja sobre o sitio de pesquisa, seus raios sobre o sorriso de Devil fazia tudo parecer lindo e natural, somente o sol invadia aquele local sem receio do desconhecido. Ao nascer do dia o silencio era quebrado pelo despertar dos pássaros e dos zumbidos das abelhas atraídas pelo o perfume forte das rosas, o colorido das asas de milhares de borboletas completava o cenário de mistério. Numa barraca todos os pesquisadores faziam o desjejum e estudavam uma maneira de tirar do sorriso de Devil a ‘bela adormecida’. -Doutora Alegra, chegaram os resultados do laboratório. Alex fala degustando uma fruta. -E o que temos? Alegra pergunta analisando fotos da ‘bela adormecida’. -Jay teve falência de todos os órgãos. A causa foi um veneno forte ainda desconhecido. A própria substancia completou o seu trabalho transformando Jay no mesmo instante em uma múmia. -E o resultado dos exames no liquido do cau
Alegra não consegue pegar no sono naquele lugar cercado de tantos mistérios e acontecimentos sem explicação. A cientista relutava em acreditar que estava falando com uma pessoa sacrificada há muitos anos, décadas, quem sabe séculos e que havia sentido vida em seu ventre. Pensando em como revelar para seus colegas o que estava acontecendo, poderia correr o risco de ser afastada das pesquisas acusada pelos os outros cientistas de louca. Alegra levanta-se no meio da noite vai até a barraca onde esta Zayla. Descobre Zayla bem devagar e senta-se ao seu lado. Começa a fazer carinho em sua barriga e logo sente os movimentos do bebê de Zayla e Ashilal. -Meu Deus! Não pode ser! Como pode o bebê ter vida no útero de uma múmia? Mesmo estado ela bem conservada... É inexplicável! -Será que a mãe a faz movimentar para me impressionar ou de certa forma para me manipular... Ou assustar... -A doutora não pode duvidar de
Os raios alaranjados do sol deitaram-se sobre o sorriso de Devil, todos do sitio de pesquisa estão reunidos discutindo uma nova ordem que acabou de chegar.-Pessoal, não vamos embora para casa ainda. Alegra fala aos outros que começam a falar ao mesmo tempo.-Esperem! Vamos deixar a doutora falar. Alex pede aos outros que estão agitados.-Eu sei que todos estão com saudades de casa, mas não vasculhamos todo o sorriso de Devil. O chefe da nossa equipe suspeita que pode haver mais corpos e que o sorriso de Devil seja um cemitério de pessoas sacrificadas. Alegra fala com os outros que se mostram mais calmos e escutam com atenção.-Eu concordo. Nós ficamos entusiasmados com a nossa bela adormecida e o príncipe e não buscamos mais nada dentro da grande cratera. Alex completa.-E ate mesmo aqui na superfície. Vocês que ficaram a
O dia amanheceu e dessa vez o sol não banhou com seus raios o sorriso de Devil e sim uma terrível e inesperada tempestade de vento que desmanchou todas as barracas no sitio de pesquisa, a única que ficou como se nada tivesse acontecido foi a barraca que então estava Zayla e Aschilal. -Corre! Corre! Entra num dos carros! Alex e Alegra grita com os outros que estão correndo no meio de nuvem de terra e galhos de arvores. O vento era tão forte que movia os carros de lugar. -Meu Deus! Vai levantar o carro! Alex grita desesperado. -Ninguém não nos avisou dessa tempestade. Alegra fala com as mãos no rosto. -Não deu tempo de salvar os corpos. Se acontecer algo com eles estamos com o trabalho todo perdido. Alex se queixa. -Fique tranqüilo... Tenho certeza que eles se salvarão... Alegra fala tentando enxergar algo pela a janela do carro. -Como tem certeza? Alex questiona. -Não tenho certeza... Tenho esperança. Alegra disfa
No sitio de pesquisa após tantos acontecimentos ruins e sinistros os dias parecem não terminar e as noites são infinitas. Tive tantas opções que não a d vir para cá nesse fim de mundo. Eu queria muito, mas parece que fui arrastada para esse lugar por uma força inexplicável. É como se eu fosse à escolhida. Ser escolhido para algo bom é o sonho de todo ser humano, mas para se comunicar com múmias adormecidas há séculos não acho que sai no lucro. Se comparar o sitio de pesquisa, o sorriso de Devil quando chegamos e agora sua semelhança é de um cenário de filme de terror. Não posso me abrir com ninguém, corro o risco de ser acusada de louca. -Doutora? Doutora Alegra? A doutora esta bem? Alex pergunta e ao perceber que Alegra não esta escutando coloca a mão no seu ombro. -Ai que susto! Alegra se assusta e fica com a respiração ofegante. -Calma! Desculpa eu lhe assustar... Vou pegar água para a doutora. Alex se afasta e logo
Numa noite mal dormida com pesadelos e sonhos com personagens sinistros Alegra o tempo todo ouviu gemidos ou imaginou ter ouvido. Alegra despertou antes de o sol banhar aquele lugar de maldições e caminhou ate a barraca de Zayla e Ashilal, o vento gelado parecia zunir entre as arvores, para completar o cenário amaldiçoado o vento balançava as lonas das barracas. -Tenho a sensação de que o vento quer me dizer algo. Bobagem! Eu estou estressada e impressionada com tudo o que vem acontecendo comigo. Alegra fala para si mesma caminhando com os braços cruzados para se proteger do frio. Ao aproximar da barraca de Zayla e Ashilal Alegra ouve choro de bebê. Alegra para não acreditando no que esta ouvindo. -Não pode ser! Alegra corre e ao entrar na barraca depara-se com o bebê de Alegra e Ashilal deitado entre os seios de Zayla. Alegra aproxima e toca o bebê que mais se parece com um anjo de tão inocente e indefeso.
Alegra não esperava reencontrar a artesã da primitiva aldeia “Madre Inocência”, mas o que percebia era que cada vez menos era dona de suas vontades. Alegra chega, estaciona o jipe naquele lugar misterioso, pega o bebê e caminha rápido ate a porta da casa da artesã. -Olá!! Olá!! Alegra grita batendo desesperadamente na porta da artesã. A porta abre um pouco fazendo um rangido de madeira velha. -Você outra vez? O que quer? A velha artesã fala enfurecida ao ver Alegra. -Abra, por favor! Alegra implora. -Não tenho nada para falar com você. E eu tenho certeza que não voltou por causa de minhas esculturas. A velha artesã completa. -Eu imploro... Alegra bate na porta e começa a chorar com Ângelus II nos braços. -Alegra insista, faça-a abrir a porta e diga que Ashilal esta dizendo que o tempo dela aqui nessa dimensão está no fim no primeiro dia de lua cheia dessa semana, ela será devorada por uma criatura. Agora,
Ao amanhecer, os raios do sol banhando o site de pesquisa e o vento balançando as arvores. -Nossa que dor de cabeça! Alegra queixa ao acordar. Alegra pega uma pílula nos seus guardados e procura água para tomar. -Preciso entrar em contato para comunicar a deserção e pedir que envie outros pesquisadores. Rápido. Alegra fala consigo mesma. -Eles não são desertores. Zayla fala com Alegra. -Você sabe o que aconteceu? Alguém esteve aqui? Alegra questiona. -Não importa. Vamos falar das lapides de ouro. Zayla continua. -Lapides de ouro? Alegra questiona colocando a mão no rosto. -Antes de nós existira uma civilização percussora das lapides de ouro. Talvez você possa desenvolver uma pesquisa sobre a origem das lapides de ouro. Zayla fala para Alegra tentando distrair a cientista. -Não estou entendendo. Hoje você quer fazer piadas sobre pesquisas? Alegra fica zangada. -Não.