Capítulo V - Um Encontro Inesperado de Desejos.

"Você não é muito de frequentar esse tipo de lugar?" - Pergunto a ele, que fica sem graça.

"Dá pra perceber, não é?" - Ele perguntou, e eu afirmei. "Desde que comecei a cuidar da minha filha, não tenho tido tempo."

O cara é muito bonito, mas se é casado ou comprometido, estou fora.

"E a sua esposa, onde está? Não me diga que ela ficou em casa com sua filha." - Pergunto enquanto chamo o barman para pedir um shot de tequila.

"Na verdade, sou pai solo. A propósito, me chamo Mauricio Velasquez."

"Wow! Pai solo, isso é uma raridade. Muito prazer, sou Ohana Duarte." - Mauricio olhou para mim por uns instantes e sorriu.

"Bem que estava te achando familiar, foi você quem fez o parto da minha filha." - Fico surpresa com essa revelação.

"Qual o nome da sua esposa? Talvez me lembre dela."

"Na verdade, eu adotei a filha da minha irmã. Acho que você não deve se lembrar, já que faz cinco anos." - Antes que eu pudesse responder, o barman me entrega meu shot e tomo tudo em um único gole e peço a ele para mandar mais um.

Mauricio me contou que sua irmã havia sofrido um acidente, e eu precisei fazer um parto emergencial. Quando ele me diz isso, logo lembrei de sua irmã. Infelizmente, ela acabou falecendo assim que deu à luz. Aquele dia foi muito difícil para mim, pois eu tiro vidas de babacas escrotos como assassina, mas como obstetra eu sempre me esforço para salvar a vida do feto e da mãe, e aquele dia mexeu muito comigo. A jovem tinha apenas vinte anos e usou suas últimas forças para pedir para salvar o bebê dela.

"Me lembro da sua irmã, ela era a jovem que estava grávida de cinco meses. Lembro que foi um parto muito complicado."

"Sua memória é muito boa, minha irmã se chamava Luciana." - Mauricio diz em língua de sinais. "Desculpe, minha filha tem problema auditivo, então é normal usarmos a língua de sinais."

"Não tem problema, eu conheço a língua de sinais também." - Digo usando as mãos, e ele sorri.

Varri o local com os olhos à procura da minha amiga, mas não a vi em lugar nenhum. Mauricio também não encontrou o amigo, pelo visto eles foram se divertir.

Tomamos nossas bebidas e voltamos para a pista de dança. Um tempo depois, estávamos exaustos e eu resolvi que era hora de ir embora. Como um bom cavalheiro, Mauricio ficou aguardando o carro que eu pedi chegar. Conversa vai, conversa vem, e quando percebi, já estávamos nos beijando. A boca dele em meu pescoço deixava meu corpo quente. Então, pela primeira vez em anos, fui impulsiva e o convidei para minha casa.

"Você tem certeza disso? Afinal, nos conhecemos essa noite." - Se ele acha que eu corro perigo com ele, está muito enganado.

"Tenho certeza, a menos que você não queira ir comigo." - Mauricio agarrou minha cintura e nos beijamos mais uma vez. O motorista buzinou impaciente e, finalmente, nós entramos. Quarenta minutos depois, paramos em meu prédio. Mauricio pagou o homem e descemos.

Assim que passamos pela recepção, o senhor Fabiano nos cumprimenta. Ele sorri, e eu retribuo o sorriso. Ele é um senhor muito fofo e nunca viu ninguém estranho entrar em meu apartamento, a não ser meus amigos e tio Ezra.

Quando chegamos ao elevador, Eduardo e sua esposa, que minha amiga apelidou carinhosamente de "cú seco", também entraram. Ele nos cumprimentou, enquanto ela olhava para mim com cara de poucos amigos. Acho que deve ser pelo fato de seu marido e eu já termos saído. Tivemos uma breve conversa, e logo o andar deles chegou antes do elevador fechar. Ela me deu uma olhada como quem diz: "Fique longe do meu marido". Eu, como sou uma pessoa educada, apenas sorri sarcasticamente.

"Vocês são desafeto?" - Mauricio perguntou, abafando uma risada.

"Nada, aquilo foi coisa de mulher insegura que não confia no taco que tem." - Digo a ele.

Assim que chegamos ao sétimo andar, peguei em sua mão e abri minha porta. Assim que Mauricio entrou, o encaminhei até o sofá e perguntei a ele se não gostaria de beber algo. Ele negou, me chamando para sentar ao seu lado.

"Você cheira tão bem." - Ele mordiscou meu pescoço, e meu corpo reage.

"Te digo o mesmo." - Beijo sua boca.

Levei-o para o meu quarto e o joguei na cama. Subi em cima dele, e ficamos nos beijando até que senti sua ereção, e pelo o que percebi, estava a ponto de estourar da calça. Abri sua calça e abocanhei seu membro, o fazendo gemer.

"Vo... vo... você é muito gos... gostosa." - Ele dizia entre arquejos.

Levantei a cabeça e sorri. Voltei minha atenção para seu membro e suguei a sua glande, lambendo toda a sua extensão. Com a língua, tracei o caminho até as costuras de suas bolas, e mais uma vez ele gemeu alto. Antes que Mauricio gozasse, parei o que estava fazendo e recebi seus protestos.

"Calma, gatinho, tudo tem seu tempo." - Arranhei suas costas.

Me levantei, indo até o banheiro. Abri minha gaveta e peguei um pacote de preservativo. Voltei, rasgando a embalagem e encapando seu membro. Me encaixei e comecei a cavalgar.

"Você é gostosa pra caralho." - Ele me diz, e eu sorri.

"Te digo o mesmo." - Mauricio trocou de posição comigo

e, antes de começar a me estocar, se enfiou no meio das minhas pernas. Ele mordiscava e sugava ao redor, me fazendo ir à loucura.

Saí com muitos homens na vida, mas sei lá, nunca me senti tão ansiosa por um cara.

"Vem cá." - O chamei, e rapidamente ele se encaixou em mim, entrando com tudo, me fazendo dar um solavanco para frente.

Mauricio aumentou o ritmo dos quadris, e o único som que se ouvia no quarto era dos nossos corpos se chocando, misturados aos gemidos de prazer. Algumas estocadas depois, estávamos gozados e satisfeitos.

"Onde fica o banheiro?" - Ele pergunta, e eu aponto a porta que entrei antes.

Ele me agradece e entra. Não sei como agir, pois nunca trouxe um homem para minha casa. Tenho vontade de ligar para minha amiga, mas acho que ela está se divertindo, e não quero atrapalhar a sua foda.

Fui para o banheiro do corredor e tomei um banho. Quando retornei para o quarto, Mauricio estava vestido com sua cueca. Ele percebeu que eu estava sem jeito.

"Acho melhor ir embora." - Ele diz, e eu nego. "Percebo que você está muito desconfortável comigo."

"O problema não é esse, é que nunca trouxe um homem para casa." - Ele olhou-me surpreso.

"Somos muito parecidos."

Antes que eu pudesse respondê-lo, meu celular apitou. Quando pego o aparelho, vejo que é uma mensagem de Ezra. Ele me mandou passar na organização após o trabalho no hospital, e logo sei que terei uma nova missão. Minha amiga também me enviou uma mensagem se desculpando e dizendo que passaria a noite com o cara com quem ela estava dançando, e logo sei que é o amigo de Mauricio.

"Minha amiga e seu amigo terão uma longa noite de sexo selvagem. Estou sem sono. Quer assistir algo comigo na televisão ou precisará ir para casa?"

Mauricio sorri e me acompanha até a sala. Dou o controle em sua mão e peço a ele que escolha algo para assistir, enquanto vou para a cozinha preparar pipoca para nós. Ficamos assistindo a um filme até que o clima esquentou, e sentimos a necessidade de termos mais um do outro.

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