O dia da missão havia chegado. Estava determinada e focada, com um desejo ardente de eliminar o monstro que representava uma ameaça para crianças inocentes. Antes de sair de casa, olhei para Brendon dormindo em seu berço. Seus pequenos suspiros e sorrisos enquanto sonhava eram um lembrete constante do motivo pelo qual eu lutava.Me preparei meticulosamente. Vestindo um traje de aparência comum, mas que ocultava habilmente minhas armas, eu me transformava em outra pessoa, uma sombra que caçava os piores criminosos.Chegando ao local da missão, uma rua residencial tranquila, encontrei um lugar discreto onde pude observar a casa de Rodrigo Santos. Era uma casa imponente, mas essa imagem mascarava a escuridão que se escondia por trás das paredes. Respirando fundo, coloquei um par de óculos escuros e comecei a me aproximar.Eu tinha estudado cada detalhe do dossiê e estava determinada a atrair a atenção de Rodrigo. Caminhei pela calçada com confiança, meu olhar cruzando casualmente com o d
Três anos se passaram desde aquele momento de reunião e celebração entre amigos. E o que posso dizer? A vida continua nos presenteando com desafios, risos e momentos preciosos que nos lembram do quanto somos abençoados.Hoje, Aninha já tem 9 anos e está se tornando uma criança incrível. Seu espírito aventureiro e curiosidade sem fim me lembram tanto de mim mesma quando era mais jovem e isso é incrível porque não temos laços sanguíneos. Ela é gentil, engraçada e tem um jeito especial de iluminar qualquer ambiente em que entra.Enquanto isso, Brendon está completando 4 anos, e cada dia que passa ele parece mais e mais comigo. Mauricio costuma brincar que é como se eu tivesse clonado a mim mesma. Ele tem meus olhos, minha teimosia e meu sorriso. Às vezes, olho para ele e vejo o reflexo do passado, mas também a promessa de um futuro brilhante.E hoje é uma ocasião especial - a festa de aniversário de 4 anos de Brendon. O tema da festa? Patrulha Canina, é claro. Ele é obcecado por esses he
A manhã estava ensolarada e cheia de promessas quando levei Aninha e Brendon para a escola. O ar estava fresco e repleto de expectativa, refletindo o começo de um novo dia e o início de novas aventuras.No portão da escola, nos despedimos. Aninha sorriu e me abraçou, e meu coração se aqueceu com seu gesto de afeto. Então, de repente, suas palavras me surpreenderam e tocaram profundamente. "Tchau, mãe. Te amo!"Fiquei momentaneamente sem palavras, lágrimas de alegria e gratidão surgindo em meus olhos. "Eu também te amo, minha querida."Depois de abraçar Brendon e dar a ele uma conversa sobre ser gentil e respeitoso com os coleguinhas, ele me olhou com seus olhos cheios de curiosidade. "Mas mamãe, e se algum idiota tentar bater nos meus amigos?"Sorri e me inclinei para ficar na sua altura. "Bem, meu amor, eu não quero que você ameace ninguém. Mas se alguém tentar machucar seus amigos de verdade, você pode protegê-los, usando suas palavras."Ele pensou por um momento, então perguntou co
A noite me envolvia como um manto escuro e silencioso, enquanto eu me esgueirava pelas sombras, carregando o peso de um segredo que me consumia a alma. Com a arma firmemente em minhas mãos trêmulas, apontada para um homem sombrio no centro do beco, eu me vi diante de uma escolha impossível: meu mentor."Por que está fazendo isso?", minha voz vacilou, transparecendo a emoção que se agitava dentro de mim.Seu rosto, parcialmente oculto pelas sombras, permaneceu inexpressivo. "Você sabe muito bem o porquê, Ohana. A missão é clara, e você tem a habilidade necessária para cumpri-la."Revoltada e desesperada, eu nunca imaginei que aquele que mais confiara e amara se tornaria meu alvo. No entanto, também sabia que recuar da missão traria consequências fatais para mim e para aqueles que amo."Eu não posso fazer isso", declarei com determinação, apesar do medo pulsando em minhas veias. "Não sou apenas uma assassina. Eu sou uma médica, e jurei proteger vidas, não tirá-las."Meu mentor deu um pa
Me chamo Ohana Duarte e, para muitos, sou apenas uma obstetra comum. No entanto, poucos sabem que sou uma das melhores e mais bem pagas assassinas de aluguel do Rio de Janeiro. Minha infância não foi um conto de fadas. Meu pai era um drogado miserável, que vendia tudo o que tínhamos em casa para sustentar seu vício, deixando minha mãe e eu em completa miséria. Éramos tão pobres que mal tínhamos dinheiro para comprar um pão. Ele não se importava conosco e vivia apenas para satisfazer seu desejo por drogas. Ele espancava minha minha mãe que por sua vez, me espancava e alegava que o fazia porque eu lembrava o rosto dele. Quando completei onze anos, meu pai me vendeu para um grupo de homens tatuados e estranhos. Chorei e implorei para que ele não o fizesse, mas aquele desgraçado não se importou, e minha mãe também parecia não se importar. Ela me disse que eu teria uma vida muito melhor com eles, mas sei que, para eles, livrar-se 'do fardo' era um alívio. Fui levada por aqueles homens e e
Acordo cedo e sigo minha rotina de forma automática, me sentei na sala para relaxar e não demorou muito minha amiga entrou saltitando como uma gazela. "Bom dia, Ohana", ela diz sorridente, me dando um beijo no rosto. "O que tem de bom?", pergunto mal-humorada. Como alguém pode estar animado às cinco da manhã? "Adoro seu humor matinal", minha amiga responde, me dando mais um beijo. "Cala a boca Cibele, ainda são cinco e meia da manhã." Ela começa rir e eu reviro os olhos. "Hoje teremos a visita de um grupo de chineses. Estou tão animada." "Eu vou estar no meio de muitas mulheres grávidas e chorosas." Amo meu trabalho menos a parte de alguns pais que visivelmente não se importam com a mulher e ainda diz que ela está fazendo drama, as vezes me pego pensando em como eu poderia torturar um filho da puta desses e sumir com o corpo de uma forma que ninguém nunca encontraria. "Tem uma missão à noite?" Minha amiga pergunta tirando-me de meu devaneio. "Sim, vou ter um encontro com o Gove
Adentro o saguão do hotel, observando discretamente os rostos dos hóspedes, procurando por qualquer sinal de perigo. Mantenho minha postura calma e confiante, ciente de que a aparência pode ser enganadora. Subo as escadas até o quarto 305, onde minha missão aguarda. As batidas do meu coração ecoam em meus ouvidos, misturando-se ao pulsar da adrenalina em minhas veias. Toco a campainha e o governador atende, ele me olha de cima a baixo e sorri. "Você será minha acompanhante essa noite?", ele pergunta, sorrindo. Sinto uma onda de repulsa ao olhar para ele, ciente de sua reputação terrível. "Serei toda sua essa noite", respondo, sorrindo de forma sedutora. "Você é linda e sexy. Entre, minha querida, não fique parada na porta." Assim que entro, ele me encaminha até a pequena varanda e me sento, enquanto ele abre o champanhe com um floreio desnecessário. Ele serve nossas taças, mas fico de olho secretamente, pois ele tem fama de drogar as garotas e abusá-las. A primeira garota contrat
Sinto cheiro de algo bom vindo da cozinha e sei que minha amiga está preparando o café, amo quando Cibele dorme aqui porque eu não preciso ir para a cozinha, embora seja uma cozinheira muito melhor do que ela. "Bom dia, Belle, o cheiro está delicioso." "Então sente para comer." Ela coloca o prato em minha frente. Após terminarmos o desjejum, sentamos para ver se sairia algo no noticiário e logo uma manchete chama a minha atenção: "Governador Feitosa faleceu ontem vítima de infarto". Minha amiga olhou para mim e sorriu. "O infarto chama-se Ohanna Duarte ou melhor chama-se 'Bonequinha'." Cibele começou a gargalhar e eu a acompanhei. O toque do meu celular me deixa em estado de alerta. Assim que atendo, sou parabenizada pelo trabalho e tio Ezra pede para que eu entregue o relatório ainda hoje. Após uma breve conversa, desligo meu celular e vou para um pequeno quarto que uso com escritório e começo a digitar meu relatório. À tarde, Cibele e eu nos arrumamos e fomos para a organização