Você nunca me amou

Gabriel desceu as escadas com cautela, o barulho alto na varanda já havia alertado a sua atenção, mas naquele instante, a discussão entre Giovanni e os seguranças estava prestes a atingir seu ápice.

— Gabriel, onde você está? — Os berros de seu filho era como uma faca perfurando o seu peito. — Por que você mandou os seus seguranças me impedirem de entrar na casa? Está com medo de mim, pai?

Gabriel observou o jardim em ruínas, os jarros de flores destroçados e as grades do portão arrebentadas pelo carro de Giovanni.

O rosto do senhor Welsch se contorceu numa mistura de choque e fúria. Ele tentou manter a calma, mas a raiva começou a tomar conta de seu corpo. O ar frio da noite o atingiu de imediato no instante em que abriu a porta.

Vendo o pai parado na frente a casa, Giovanni o desafiou:

— Venha aqui me impedir se você for homem.

Gabriel caminhou pelo gramado bem aparado do jardim destruído, observando os destroços causados pelo carro de Giovanni. A cada passo, a tensão aumentava.

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