— O papai também brigou, mamãe! — Sofia dedurou. — Quê? — Viviane arqueou a sobrancelha, olhando para Gabriel. — Por quê?— Ele só não apanhou porque deu um soco e depois derrubou o pai do garoto, que puxou o cabelo da Sofia. — Nicholas acrescentou.— Fofoqueiros! — Gabriel baixou o olhar para os trigêmeos.— Eu não disse nada, pai… — Michael justificou-se.— Vão já para cima, tomem um banho — o senhor Welsch ordenou. — Daqui a pouco, eu subirei para conversar com vocês.Os adolescentes murmuravam, indo para a escada quando o pai os chamou.— Voltem aqui e peguem as mochilas… — vociferou a ordem. — Não quero ouvir resmungos. Entenderão?— Sim, pai!Viviane já estava se virando para ir atrás dos filhos quando a mão áspera envolveu seu braço, impedindo-a de dar mais um passo à frente.— Tenho que cuidar deles.— Senta aí, Viviane! — disse num tom mandão, apontando para o sofá.— Não pode falar comigo como se desse ordens aos trigêmeos.O sangue do senhor Welsch já estava quente desde q
O escritório da diretoria exalava uma aura de elegância e sofisticação, com seus móveis de madeira escura polida, tapetes persas suntuosos e cortinas de veludo que filtravam a luz do sol suavemente. Na parede, havia quadros com molduras douradas que exibiam paisagens clássicas e retratos de ex-diretores, conferindo ao ambiente um ar de respeitabilidade e tradição. Elizabeth permanecia em pé à frente da imponente mesa de mogno, enquanto o Dr. Alex estava parado atrás dela, com a sua figura alta e imponente projetando uma sombra sobre a jovem. Seu olhar perspicaz percorria o rosto de Elizabeth, como se tentasse decifrar seus pensamentos.— Em que posso ajudá-lo, doutor Alex? — Ela perguntou, a sua voz soando um pouco nervosa.Deixando um papel sobre a mesa, Alex começou a se aproximar dela. Por um momento, ele pareceu hesitar, seus olhos fixos nos lábios dela, mas ele se conteve e dirigiu-se diretamente ao assunto que martelava em sua mente desde a noite em que passou com Liz.— Você t
No escritório da mansão, Gabriel estava sentado atrás de sua mesa, enquanto girava a caneta por entre os dedos.Ele deu uma breve olhada para o celular vibrando sobre a mesa e então bufou antes de atender e colocar no viva-voz.— Espero que tenha boas notícias, — o tom ríspido de Gabriel ecoou pelo amplo cômodo.— Infelizmente, não, senhor Welsch!— Porra, estou te pagando para nada!— Senhor, a sua filha está acusando a sua esposa de ter matado o pai dela.— Vivian não fez isso! — Ele agarrou o celular. — Volte naquele prédio e continue procurando locais que tenham câmeras. Só me ligue se encontrar evidência. — Gabriel tocou na tela, encerrando a chamada.Ele mexeu o corpo fazendo a cadeira girar na direção da janela. Foi nesse momento que ele se deu conta que já era noite. Seu olhar voltou para o celular que segurava. O nome de advogado brilhava na tela.— Senhor, foi expedido um mandado de prisão preventiva.— O quê? — Ele se levantou abruptamente.— Infelizmente, a sua esposa volt
A caminho da delegacia, Gabriel fitou a tela do iPhone que brilhava. Havia duas ligações perdidas de Viviane e três do advogado. Ele já tinha lido as mensagens que seu defensor enviou, mas preferiu não seguir nenhum dos conselhos. Ele se remexeu no banco carona da Lamborghini e tocou na barba enquanto os seus olhos vislumbravam a cidade maravilhosa.— Chefe, — o assistente o chamou. — O detetive Gomes tem algo urgente para lhe falar.— Não vou atender ninguém, — respondeu sem tirar os olhos das ondas que quebravam na areia.— É de suma importância, senhor!— Por favor, abra o e-mail que o detetive Gomes enviou.A contragosto, o senhor Welsh tocou a tela do celular e então, acessou a caixa de e-mail onde leu a seguinte mensagem:____________________Senhor Welsch,Após uma nova averiguação, a perícia encontrou um pequeno fio de cabelo dentro da unha do falecido Pietro. Pelo que descobri, o delegado vai lhe mostrar os resultados hoje.______________________— Porra! — Gabriel vociferou
Liz estava na janela de seu quarto, suspirando, observando o jardim com um olhar perdido. Ela sorriu, lembrando da aventura no escritório com o Dr. Alex e de quando a mãe dele quase os pegou. Por sorte, Nicole acreditou que o filho estava no banheiro e que Liz estava apenas esperando ele sair para discutir o pedido de demissão.A mente dela voava, relembrando cada detalhe da aventura. Ela fitou a tela do celular, hesitante, e finalmente escreveu uma mensagem para Alex. Apertou o botão de enviar e esperou, mas nenhuma resposta chegou. O silêncio do outro lado do telefone a deixava ansiosa e, ao mesmo tempo, desconcertada. Envolvida em seus pensamentos, ela mal tinha noção do que estava acontecendo com o seu meio-irmão. Roendo a unha, ela decidiu que precisava ouvir a voz dele. Pegou o celular novamente e ligou para Alex. Sentou-se na cama, colocando o aparelho perto da orelha e aguardou. No segundo toque, a chamada foi rejeitada.O coração de Liz começou a bater mais rápido. Tentou l
Meia hora depois, Alex saiu do banheiro e se vestiu. Foi até o quarto onde colocou um terno azul slim fit. Ao voltar a sala, viu a garota loira que folheava um dos livros que pegou na sua estante.— Que demora, Alex! — falou a garota com o sotaque francês. — O papai e a mamãe vão reclamar do atraso.— Pare de reclamar, Marcelly, eu nem queria ir para esse jantar. Marcelly deixou o livro de lado e ficou em pé, ajeitando o vestido de seda prateado.— Sabe como é importante para os nossos pais, — mencionou ela ao se aproximar e ajustar a gravata de Alex. — Por isso vim da França!— Por que não contou a eles que viria, Marcelly? — Quero fazer uma surpresa para os nossos pais — acrescentou. — Vamos, — tocou o braço de Alex.A carta de demissão de Liz ficou embaixo do livro na mesinha ao lado do sofá. Alex acompanhou a irmã para o jantar onde celebrariam os vinte e cinco anos em que os pais se casaram pela segunda vez.__________________Apesar de terem sido convidados, a família Welsch d
Um ano depois…Viviane estava reunida com a sua família em um cruzeiro saindo de Lisboa. O senhor Welsch apresentou a todos o filho mais novo. O pequeno Gabriel Welsch filho, era parecido com o pai e isso parecia o deixar ainda mais satisfeito. Viviane estava na proa do navio batizado de Charlize quando Nicole se aproximou. — Onde está a Liz? — Está ocupada com as avaliações na faculdade em Londres — respondeu Vivian. — Fiquei feliz de saber que ela estava cursando medicina. — Nicole falou, sentindo a brisa acariciando sua pele. — Como está o Alex? — Ele decidiu ir morar na França depois que Liz deixou a demissão com a irmã dele e foi embora. — Pensei que ela tinha conversado com você. — Viviane falou baixo. — Não sabia que ela tinha encontrado o Alex. — Não, — Nicole riu de nervoso. — Ele entregou para Marcelly, minha filha adotiva. — Uma pena que eles não tiveram tempo de conversar e se despedir. — Nicole suspirou. — Quem sabe o que o destino reserva para os nossos filhos no
Livro Uma nova chance para te amar.Seis anos depois…Lyon, França.Ponto de vista do Doutor Alex.Contemplei meus dentes cerrados no espelho enquanto escorregava na carne molhada da mulher sobre a cama. Olhei para o meu pau, saindo e entrando de sua carne rosada. Fechei meus olhos, recordando-me de Liz. Ela era tão quentinha e apertada. O grito de Marcelly obrigou-me a abrir os meus olhos. Eu sabia que o que fazíamos era errado e totalmente imoral. “Ela não é minha irmã” repeti para mim em pensamentos. “Ela é só minha irmã adotiva, mas ainda assim ela é minha prima”. Porra! O meu subconsciente teimava em me julgar. — Fode com mais força, Alex. — O sensual sotaque francês pediu. — Seu pau é tão grande e gostoso. Sim, começamos a transar alguns dias depois que Liz deixou a carta de demissão e foi embora para Londres. Queria ir atrás da Elizabeth e tentar consertar as coisas, mas o meu pai me deu alguns conselhos e um deles: era deixar que Liz concluísse seus estudos em medicina, j