Capitulo Sessenta e Dois

Sophia Martins

Já estou aqui há duas semanas e não sei se aguento mais. Cada dia parece uma eternidade, e a solidão e o desespero estão me consumindo. As paredes frias da cela são uma prisão não apenas para meu corpo, mas para minha mente e alma. O tempo passa devagar, e a esperança que eu tentava manter viva está se apagando a cada dia que passa.

Estava sentada no canto da minha cela, abraçando meus joelhos, quando uma senhora de meia-idade se aproximou. Ela tinha um olhar gentil, mas seus olhos revelavam anos de sofrimento e experiência dentro daquelas paredes. Sentou-se ao meu lado sem dizer uma palavra, apenas oferecendo sua presença como um conforto silencioso.

— Oi — disse ela finalmente, a voz suave. — Meu nome é Teresa.

Levantei os olhos para encontrá-la, tentando forçar um sorriso, mas falhando miseravelmente.

— Sophia.

Ela assentiu, como se já soubesse disso.

— Posso ver que você está tendo dificuldades para se adaptar aqui. É compreensível. A prisão não é um lugar fácil, e
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