Phillippo ficou em silêncio, sua expressão passando de confusão a choque e, finalmente, para uma raiva contida. Ele piscou algumas vezes, tentando processar o que Sophia acabara de lhe dizer.— O que você está dizendo? — Ele perguntou, a voz tensa.— Luciana não está grávida. — Respondi novamente.Phillippo parecia atônito, os olhos fixos em mim como se procurassem uma explicação mais convincente. Ele se levantou da cama e começou a andar de um lado para o outro, sua mente claramente trabalhando a mil por hora.— Isso é impossível. — Ele murmurou, a frustração evidente em sua voz. — Como você tem certeza?— Ouvi ela conversando com a mãe dela em seu quarto. Luciana mentiu para você, depois que se casarem ela dará um jeito de fingir que perdeu a criança. — Expliquei a ele que me encarou incrédulo. — Ela está apenas manipulando a situação para conseguir o que quer. Phillippo parou e olhou para mim, a tensão visível em seus ombros.— Conheço Luciana desde sempre, nunca imaginei que ela
Luciana TorresEntrei na loja de vestidos de noiva com minha mãe ao meu lado, sentindo uma onda de excitação percorrer meu corpo. Era o momento que eu sempre sonhei, e eu estava determinada a ser a noiva mais linda que alguém já viu. O ambiente era luxuoso, com araras cheias de vestidos deslumbrantes, e eu já podia imaginar os olhares de admiração que receberia no grande dia.— Ninguém nunca verá uma noiva tão linda quanto eu, mamãe. — Declarei, com um sorriso confiante.— Claro que não, querida. Será o casamento do século. — Minha mãe respondeu, com um brilho nos olhos.A atendente, uma jovem elegante, se aproximou com um sorriso profissional.— Bom dia, senhoras. Posso oferecer algo para beber? Temos champanhe e suco de laranja.— Para mim, champanhe, por favor. — Minha mãe pediu, ajeitando-se em uma cadeira confortável.— E para a senhora? — A atendente perguntou, se dirigindo a mim.— Champanhe também. — Respondi, sem hesitação.A atendente pareceu hesitar por um momento, olhando
Luciana estava sentada à mesa, tomando seu café e dando ordens a dona Martina sobre o que queria para o jantar. Observei em silêncio, deixando-a acreditar que estava no controle de tudo.— Pai, você não vai dizer nada? — Beatriz perguntou, me encarando. — Ela está mandando na tia Martina.— Beatriz, minha querida, ela não é sua tia, é uma serviçal. — Luciana disse, com um tom condescendente.— Sim, ela é minha tia e pronto! Você não manda em mim.— Em breve, serei a sua madrasta, você vai ter que me respeitar.— Só no dia em que os porcos voarem. Até lá, você é só uma oportunista que está dando um golpe no meu pai. Deve estar falida para ter que fazer isso.— Phillippo, você vai deixar ela falar assim comigo? — Luciana choramingou.— Se resolvam entre vocês. Luciana, vê se não inventa de faltar hoje, preciso daquele caso em que você está responsável. Te espero na empresa.Despeço-me das minhas filhas e olho para Sophia antes de sair. Antes de ir para a empresa, passei na casa dos meus
Sophia Martins Passar pelo rigoroso processo de segurança da prisão sempre me causava uma sensação de desconforto, já que passei um tempo naquele lugar. O ambiente sombrio e as expressões endurecidas dos guardas nunca me deixavam esquecer o quanto eu odiava estar ali. Mas hoje, apesar do ambiente opressivo, havia uma chama de esperança em meu coração. Letícia precisava de boas notícias, e eu estava determinada a trazê-las.Quando finalmente cheguei à sala de visitas, lá estava Letícia, sentada à mesa, esperando. Seu rosto mostrava uma mistura de ansiedade e cansaço, mas seus olhos se iluminaram ao me ver. — Letícia, como você está? — Perguntei, sentando-me em frente a ela e segurando suas mãos. O toque familiar de sua pele me fez sentir um calor reconfortante, algo que eu sabia que ela precisava mais do que nunca.— Sophia, estou tentando me manter forte, mas está sendo difícil. — Ela respondeu, apertando minhas mãos com força. — Alguma notícia sobre o meu julgamento?Respirei fundo
Houve um murmúrio de choque entre os convidados. Luciana me olhou incrédula, seu rosto passando de confusão para raiva em questão de segundos.— Você não pode me fazer passar essa vergonha, Phillippo! — Ela exclamou, sua voz tremendo.— Não é vergonha, Luciana. — Respondi, mantendo a calma. — Estou apenas desmascarando uma falsa mentirosa. Você não está grávida.O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Luciana tentou manter a compostura, mas suas mãos tremiam visivelmente.— Eu estou grávida sim! — Ela insistiu, sua voz agora desesperada.— Pare de mentir, Luciana. Eu já sei a verdade. Não adianta continuar fingindo. — Disse, olhando diretamente em seus olhos.Finalmente, a máscara caiu. Luciana começou a chorar, seus soluços ecoando pelo jardim.— Eu... eu fiz isso porque te amo, Phillippo. Fiz tudo isso por amor!Balancei a cabeça, desapontado.— Isso não é amor, Luciana. Você fez tudo isso por posse, porque não sabe o que é amor verdadeiro. Nem a si mesma você ama.Ela saiu corre
— É ela. — Disse Vanessa, apontando para mim.Um dos homens se aproximou, sua expressão ameaçadora.— Vocês agora têm uma dívida conosco. Assumimos os negócios de Mauro. Se não pagarem o que devem, sua amiga pode não sobreviver da próxima vez. E você, Sophia, será jogada em um lugar que não vai gostar. — Ele disse, a voz fria como gelo.Senti um arrepio percorrer minha espinha. Olhei para João, que estava ao meu lado, visivelmente tenso.— Vou dar um jeito. — Respondi, tentando manter a voz firme.— É bom mesmo. — O homem respondeu, recuando um passo.Vanessa deu um passo à frente, seus olhos brilhando de satisfação maliciosa.— Eu sempre venço, Sophia. E ainda vou ver você se foder em um puteiro de quinta. — Ela disse, com um sorriso venenoso.Ela e os homens se afastaram, deixando-nos ali paralisados por um momento. Respirei fundo, tentando processar o que havia acabado de acontecer. João colocou a mão no meu ombro, tentando me reconfortar.— O que foi aquilo? — Ele perguntou, ainda
Um mês havia se passado desde o dia fatídico em que Letícia foi esfaqueada na prisão. Após um longo período de recuperação no hospital, ela estava finalmente pronta para enfrentar seu julgamento. O dia tão aguardado havia chegado, e a tensão no ar era palpável. Todos estavam presentes no tribunal, aguardando ansiosamente o início do julgamento.Eu estava sentada na primeira fileira, com Phillippo ao meu lado, segurando minha mão para me dar força. Beatriz e Lara também estavam ali, seus rostos sombrios refletindo a gravidade da situação. O juiz entrou na sala, e todos se levantaram em respeito.— Podem se sentar. — Disse o juiz, a voz firme ecoando pela sala.O advogado de defesa de Letícia se levantou, e o julgamento começou. A promotoria apresentou seu caso, descrevendo Letícia como uma criminosa perigosa. A primeira testemunha de acusação foi chamada, e meu coração disparou quando vi Vanessa entrar na sala, um sorriso frio em seus lábios.Ela prestou juramento e começou a testemunh
Um ano havia se passado desde o julgamento de Letícia. Muita coisa havia mudado em nossas vidas, e enquanto nos preparávamos para enfrentar o futuro, o passado finalmente parecia estar ficando para trás. O último ano foi cheio de desafios, mas também de redenção e novos começos.Estava uma manhã ensolarada, e eu estava sentada na varanda de nossa casa, refletindo sobre tudo o que havia acontecido. Letícia finalmente estava se recuperando, tanto física quanto emocionalmente. Ela havia decidido buscar ajuda profissional para lidar com seus problemas com as drogas. João e ela tinham reatado o relacionamento, e era visível a mudança positiva em ambos.— Sabe, tudo de ruim ficou naquele ano. — Disse Letícia, sentando-se ao meu lado com uma xícara de café. — Hoje, me sinto mais leve, mais pronta para enfrentar o mundo.Sorri para minha amiga, sentindo uma onda de gratidão por vê-la tão bem.— Fico tão feliz por você, Letícia. Você merece toda a felicidade do mundo. — Respondi.Phillippo apa