Uma Calma Estranha

Thales

O quarto a meia luz era o mesmo, eu ainda estava no hospital, mas já era noite. Aos poucos as peças foram se encaixando na minha cabeça, mas ainda faltavam partes importantes. Rubens estava dormindo desajeitadamente em uma poltrona muito menor que ele. Por que simplesmente não arrumou uma cama?

— Rubens. — Minha voz saiu rouca e baixa, mas ele acordou e levantou rapidamente.

— Thales, finalmente! — Ele me abraçou e depois ficou em pé, ao lado da cama. — Achei que nunca mais ia acordar.

— Eu acordei nessa manhã, Rubens. Não seja exagerado.

— Essa manhã?

— Sim, eu acho que caí.

— Isso aconteceu há dias. Quase fiquei louco quando cheguei aqui e fui informado. Você mordeu o enfermeiro.

— O que? — Franzi o cenho. — Por que eu faria isso?

— Ah, bem, agora você está bem. — Rubens desviou o olhar com uma expressão estranha. — Depois que você saiu do coma, dormiu por mais cinco dias. Quase que precisamos tomar medidas drásticas.

— Cinco dias? Quer dizer que estou há quinze dias aqui?

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