Jack Bellintani
O diário de um anjo batido que corta como aço, o céu de um uivo psicodélico, um apelo para a humanidade, suaviza o coração e possivelmente enlouquece.
A reflexão, quadro borrado desfecho e análise de uma bela melodia triste em fumaças coloridas, faz sonhos surreais e fantasias românticas intensas e sem pensar em riscos. Expondo também as vísceras da realidade, o mundano noir cotidiano, pessoas vazias, almas perdidas, onde não se imagina brota um poema de pura genialidade, o rock. gritando, o saxofone gemendo na noite fria, as ruas molhadas refletindo o brilho feérico do neon, fantasmas da madrugada buscam um gole da bebida mais forte que tiver. O amanhecer... Bares se fechando, brigas, discussões sentimentais e políticas inúteis... Pseudo conhecedores da verdade, Moto-clubes e prostíbulos ferventes, a luz amarelada o odor acre do suor regrado ao álcool e muito tabaco e o arrancar versos dos quartos sórdidos e becos imundos, gramados, mulheres de todas as formas,madrugadas solitárias ou com aqueles que doam o tempo incentivando a arte, a amizade real, no perigo e na boemia marginal, a mais pura gratidão do coração, pensadores de sarjeta, filósofos encharcados de vinho ou uísque vagabundo, e muita cerveja... Dormir ou meditar embaixo de viadutos ou praças públicas e uivos inocentes naquela praia do pássaro com índios e ciganas e guias, energias e portas secretas, buscando uma explicação para essa existência carnal,vendo sempre o lado belo dos momentos e atitudes, a máquina de escrever, o café, as risadas, as luzes, as superações e bagunças, contemplando a energia cósmica que lhe faz viver e ainda acreditar no amor e ajudar aqueles que não acreditam, pela simples coragem de viver, pela elevação espiritual,pela mais simples forma de um caos da vida tentando se pacificar pelo olho vivo da esperança nessa jornada diária.''