Tristan pov O som dos talheres ecoava suavemente pela sala de jantar da mansão, misturado ao farfalhar preguiçoso das folhas do lado de fora, balançadas pela brisa que descia da floresta. Era um daqueles almoços que pareciam ter saído de uma vida que eu nunca imaginei ter — tranquila, caseira, quase comum. E, ainda assim, extraordinária.Na minha frente, sentado com as pernas balançando porque ainda não alcançava o chão da banqueta, estava Tristan Jr. Meu filho. Meu filho. Duas palavras que ainda carregavam um peso novo no meu peito toda vez que eu pensava nelas. Era surreal olhar para aquele menino e ver tanto de mim estampado em cada traço — os olhos com cores diferentes, como os meus, os gestos rápidos quando falava empolgado, o jeito observador.Ele usava óculos, um modelo parecido com o que eu usava aos doze. E quando sorriu, inclinado para me mostrar como sabia resolver um enigma simples no guardanapo com garfo e faca, eu tive que desviar o olhar por um segundo. A garganta a
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