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Todos los capítulos de O Amor cruel do NERD : Capítulo 91 - Capítulo 100
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Desconfiança
E mesmo com tudo que eu escondia… eu quis acreditar nele. Nem que fosse só por um instante.*Saí do banheiro com a pele quente e os cabelos ainda pingando, a toalha branca apertada contra o corpo. O quarto estava silencioso, exceto pelo som abafado do meu celular vibrando sobre a cômoda. Assim que a tela acendeu, uma enxurrada de notificações tomou conta — mensagens não lidas, áudios, fotos, chamadas perdidas. Respirei fundo, sem coragem de ver tudo de uma vez. Mas então, uma nova chamada entrou. E meu coração derreteu ao ver o nome.— Oi, meu amor…— Mamãe! Você tá bem?— Tô sim, meu bem… Tava pensando em você.— eu também meu amor, eu deveria ter voltado para casa ontem à noite. Você sabe que eu não gosto de dormir longe de você. Mas aconteceu um imprevistoDeitei de lado, relaxando sobre os lençóis. A toalha subiu um pouco na coxa, mas nem notei. Fechei os olhos e me entreguei àquele som tão familiar.— Dormi com sua blusa… Aquela que tem seu cheiro.— Ai, meu amor… Você n
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Segredos
O som da chuva batendo nas janelas era quase reconfortante. O céu desabava lá fora, mas aqui dentro havia paz. Meus pés descalços deslizavam pelo chão frio enquanto eu cantarolava baixinho, ajeitando algumas coisas que estavam espalhadas pela sala — um livro esquecido sobre o braço do sofá, uma manta caída, algumas folhas soltas do meu caderno. Eu já estava de pijama, o cabelo preso de qualquer jeito, e uma xícara de chá pela metade repousava na mesa de centro.Olhei para o corredor. Silêncio.Tristan — meu filho — já dormia. Aos dez anos, ele ainda fazia questão de que eu apagasse a luz do quarto, contasse alguma história boba ou simplesmente o abraçasse até ele adormecer. Hoje, ele tinha caído no sono rápido. Devia estar exausto depois do dia cheio.Enquanto recolhia uma almofada, meus olhos repousaram sobre um desenho feito por ele. Era de nós dois. Mãe e filho. Com sorrisos enormes e braços desproporcionais, como se ele quisesse abraçar o mundo inteiro com aqueles traços. Sorri
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Nosso filho
E o tempo… parou.Tristan Jr coçou os olhos, o pijama torto, os pés descalços arrastando no chão. Ele deu dois passos na minha direção antes de perceber que havia alguém além de mim na sala. Parou. Me olhou. Depois olhou para ele.Meu coração disparou com tanta força que me senti enjoada.Tristan congelou. Seus olhos ficaram presos naquele menino com o rosto tão familiar. A respiração dele ficou rasa, como se não conseguisse absorver o que via.— Catarina… — ele sussurrou. — Você… você tem um filho?Minha garganta travou. Tentei falar, mas o medo me dominou por inteira. Os segundos se esticaram como uma eternidade.Meu filho olhou de um para o outro, claramente percebendo algo estranho. Ele se aproximou um pouco mais, instintivamente buscando conforto em mim.— É tarde, querido — murmurei, forçando um sorriso. — Volta pro seu quarto, tá bem?— Mas você tá bem, mãe? — ele perguntou, baixinho, com a doçura que sempre me quebrava.— Tô, sim. Vai descansar. A mamãe já vai.Ele m
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Cerco
Tristan pov O som dos talheres ecoava suavemente pela sala de jantar da mansão, misturado ao farfalhar preguiçoso das folhas do lado de fora, balançadas pela brisa que descia da floresta. Era um daqueles almoços que pareciam ter saído de uma vida que eu nunca imaginei ter — tranquila, caseira, quase comum. E, ainda assim, extraordinária.Na minha frente, sentado com as pernas balançando porque ainda não alcançava o chão da banqueta, estava Tristan Jr. Meu filho. Meu filho. Duas palavras que ainda carregavam um peso novo no meu peito toda vez que eu pensava nelas. Era surreal olhar para aquele menino e ver tanto de mim estampado em cada traço — os olhos com cores diferentes, como os meus, os gestos rápidos quando falava empolgado, o jeito observador.Ele usava óculos, um modelo parecido com o que eu usava aos doze. E quando sorriu, inclinado para me mostrar como sabia resolver um enigma simples no guardanapo com garfo e faca, eu tive que desviar o olhar por um segundo. A garganta a
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Desculpa
Catarina pov A mansão de Tristan tinha uma beleza silenciosa. O tipo de beleza que às vezes incomoda, não por ser opressiva, mas por nos lembrar do que a gente nunca teve. Havia uma imponência antiga nas paredes, nos móveis, nos vitrais que deixavam o sol escorrer com cuidado pelos corredores. A casa tinha alma — uma daquelas que observa, escuta, guarda segredos.A noite estava morna, mesmo aqui no alto, na floresta. O som das cigarras lá fora misturava-se ao sussurro leve do vento que passava pelas janelas mal fechadas. E eu andava com cuidado pelo corredor do segundo andar, carregando comigo a quietude de quem sente demais.Foi então que o vi. Tristan.Ele estava parado à porta do quarto de hóspedes — o quarto onde nosso filho agora dormia. Era um espaço que claramente nunca fora pensado para uma criança. As paredes nuas, os móveis antigos e rústicos demais, nenhum traço de cor ou brinquedo. Ainda assim, de alguma forma, o menino já havia dominado o lugar. Tinha deixado seus l
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Oque importa
— Você… foi salvo por ele. — A pressão quente queimou atrás dos meus olhos, mas contive a frágil represa de lágrimas. eu nunca conheci Alexandre, mas ele já tinha toda minha gratidão. Se não fosse por ele, Tristan estaria realmente morto. — Sim, — ele respira fundo. —. Alexandre achou que me manter longe era o único jeito de me manter vivo. A essa altura, já tinha saído em todos os jornais que eu estava morto. Mas o corpo que encontraram… não era o meu. Era o do Óscar.Fiquei gelada. — Meu Deus, Tristan…— E tem mais uma coisa, — Ele murmurou, como quem sabe que vai deixar uma bomba no ar. — A Mary… estava grávida. Descobri só quando meu pai tentou me matar. Ele sabia. Por isso fez o que fez.Eu não conseguia reagir. As revelações caíam uma por uma, pesadas como pedras. E eu estava ali, tentando processar tudo, enquanto escondia uma parte importante da história — a verdadeira razão de eu ter invadido aquela casa: o documento. Aquele maldito documento que ainda me assombrava.
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A carta
A carta começava simples:“ Tristan, se você está lendo isso, é porque estou morto.” talvez porque finalmente você tenha tido coragem de abrir esse cômodo. Sorrio só de imaginar o quanto você enrolou para fazer isso. A verdade, meu querido, é que eu guardei este documento aqui porque sabia que você só entraria nesse quarto quando estivesse pronto. E se você está aqui agora… então, bem-vindo. Está na hora de você saber de tudo.Durante muitos anos, eu mantive um silêncio que me custou noites de sono e paz de espírito. Eu sabia que, ao trazer você para a Rússia, não estava apenas protegendo um garoto ferido — eu estava te arrancando das garras de algo muito maior. Algo que nem eu compreendia por completo naquele momento. Mas fui entendendo aos poucos.Daniel Adamo Correia — seu pai — estava diretamente ligado a um esquema internacional de corrupção, lavagem de dinheiro, desvio de verbas e desaparecimentos suspeitos. Mas ele não era o cabeça. Ele era o braço sujo. O homem por trás d
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Guerra
Eu não sabia o que responder. Como poderia explicar a ela que eu estava ainda tentando entender tudo o que estava acontecendo? O peso das descobertas era enorme. Eu só queria encontrar uma forma de processar tudo isso antes de compartilhar mais.— Cat, — falei, com um suspiro cansado. — Só estou… cansado. A Carta…a carta. mexeu comigo. — Eu nem sabia mais o que estava sentindo direito.Ela sorriu com suavidade, como se soubesse exatamente o que eu queria dizer, e estendeu a mão até meu rosto, acariciando minha bochecha de leve.— Vai descansar, nerd— ela disse com ternura, um olhar doce que me fez sentir um pouco mais tranquilo. — Isso tudo pode esperar.Inclinei-me para frente e, sem pensar muito, beijei sua testa, seus olhos fechados, e depois dei um beijo suave em seus lados, sentindo a suavidade de sua pele.— Eu já vou deitar — murmurei. — Preciso de um pouco de descanso.Ela se afastou gentilmente, sorrindo, como se entendesse que eu precisava de um tempo para process
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Tempestade
Eu quis fazer uma surpresa.Tristan vinha buscando nosso filho na escola todos os dias naquela semana. Estava tão empolgado com a paternidade que fazia questão de participar de cada pequena rotina. Era lindo de ver. Difícil de esconder o quanto aquilo me desmontava por dentro. Mas hoje… hoje eu quis ir. Não só para ver meu filho sair pelos portões, como fazia nos velhos tempos, mas porque algo dentro de mim não estava em paz.Fui a pé, como sempre, após não aceitar que o motorista particular me levasse. O fim de tarde trazia um vento fresco, e as folhas secas estalavam sob meus passos. As casas familiares, os vizinhos conhecidos. A falsa sensação de segurança que me mantinha funcional.Até que vi.Um carro escuro, reluzente, estacionado ao lado da escola, num ponto que dava visão direta para o portão da onde sairiam as crianças. Uma Ferrari. Preto fosco. Janelas escuras. Quase discreta, se não fosse o contraste gritante com o bairro.Meu corpo reagiu antes da mente.O sangue gel
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Dor
Bati a porta do apartamento com força o suficiente para que qualquer coisa frágil ali dentro tremesse. Stevan apareceu no corredor logo em seguida, camisa parcialmente aberta, cabelo bagunçado, e pela primeira vez… parecia acabado. Pálido, olhos fundos. Não era o homem seguro, sarcástico e no controle que eu conhecia.— Que porra é essa?! — minha voz saiu rasgada. — Você mandou o seu pai atrás de mim? Ele me encarou como se eu tivesse cuspido fogo.— Vai com calma, Catarina.— Vai se foder com essa calma! — eu gritei, andando em direção a ele. — Eu quase tive um ataque do coração! Você tem noção do que ele fez? Ele foi até a escola! Ele ameaçou o meu filho!Os olhos dele brilharam por um segundo. Talvez surpresa. Talvez medo. Talvez vergonha. Mas, como sempre, ele se recompôs rápido demais.— Você tá pisando em gelo fino — ele respondeu, frio. — Eu não gosto desse tipo de acusação.— Acusação? — ri, nervosa. — Você sabe o que ele me disse? Que eu tenho dois dias pra entregar
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