Peter chegou em casa tarde, já de madrugada. Helena estava no sofá, no escuro, na tela da TV a mensagem perguntando sobre a continuidade da leitura. Parecia estar dormindo. Sobre a mesa de centro, a garrafa de tequila e a de whisky, vazias. Uma lâmina afiada solta, o pó branco, frascos de comprimidos e o canudo de uma caneta. Peter se desesperou. O pulso fraco, o cheiro forte de álcool, a marca branca nas narinas. O coração batia, preguiçosamente, quase não respirava, fria. Sobre a mesa, um enorme arranjo de flores, com um balão vermelho, chocolates e um cartão: "Melhoras. Com carinho. Amigo do Deserto." Ele, possuído de ciúmes, desbloqueou o telefone dela, havia uma ligação daquele contato. Precisava afastar aquele cara. Ele enfiou o telefone dela no bolso, a pegou no colo, sob o corpo, fezes. Ela havia sujado tudo, provavelmente, apagada, naquele coma alcoólico. Sem se importar, a levou para o carro dela e a levou ao Geral. Não se deu ao trabalho de chamar por Stuart. Ela foi leva
Leer más