23. Durante o desjejum
Na manhã seguinte, o sol filtrava-se suavemente pelas cortinas brancas da casa dos Vieira de Sá, iluminando a elegante sala de desjejum. A mesa estava impecável como sempre, repleta de frutas frescas, pães delicadamente arranjados e a louça de porcelana fina. Cecília já estava ali, com uma xícara de chá entre os dedos, mas a mente distante. Eduardo, sentado à sua frente, lia um jornal com atenção. Vestia um colete bem ajustado e a gravata perfeitamente alinhada. Tinha a postura de um homem que carregava a responsabilidade com naturalidade – e, talvez, uma leve satisfação em cumprir seus deveres. — Dormiu bem, meu amor? — Ele perguntou, levantando os olhos do jornal para encará-la com um sorriso discreto. — Sim… — Cecília mentiu, desviando o olhar para a janela. A verdade era que não pregara os olhos. Os ecos da noite anterior ainda pulsavam em sua mente – o toque ousado de Max, a sensação de estar à beira do precipício, e o pedido de casamento, grandioso e inevitável. — Sua mã
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