18. Gritos na Escuridão
Gregório Montreal Estou ao telefone com meu padrinho, discutindo a reunião de logo mais com todos os membros da organização, quando João se aproxima apressado. — Senhor Gregório, a dona Carmen está alterada no quarto, ameaçando destruir tudo se eu não viesse chamá-lo. Termino a ligação rapidamente e entro na mansão, subindo direto para o quarto de Carmen. Assim que abro a porta, encontro-a desesperada, debatendo-se na cama e gritando que seu corpo está repleto de percevejos. Olho para João, que, assim como eu, está espantado diante da situação, sem saber o que fazer. Aproximo-me de Carmen, tentando acalmá-la, mas ela continua agitada e, de repente, me empurra com força. — Você é um inimigo! — grita, aterrorizada. — Veio me fazer mal, me matar! — Carmen, olhe para mim... Sei que ainda não consegue enxergar, mas toque meu rosto e sinta. Sou eu, Gregório, seu marido. Não se lembra? — digo, segurando seu braço e buscando seu olhar, que parece cada vez mais perdido. — NÃO! Você foi
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