24. Entre Olhares e Segredos
BRENDA Permaneço estática, olhando nos olhos âmbar daquele homem. Quando penso em seguir para o quarto, ouço novamente sua voz imponente, que me faz arrepiar por completo. Mas, dessa vez, não é um arrepio de prazer, e sim de medo. Não sei explicar o motivo, mas, no fundo, sei que esse homem, cedo ou tarde, me causará grandes problemas. Talvez eu não consiga escapar. — Perdoe-me! Não foi minha intenção machucá-la — diz ele com sua voz rouca, fazendo um calafrio percorrer minha espinha. — Tudo bem, senhor. Eu estava um pouco distraída, a culpa foi toda minha — respondo, afastando-me um pouco. Sinto seu olhar fixo em cada um dos meus movimentos. Será que ele realmente sabe de algo ou apenas blefou? A minha mente dá um nó, e meu peito congela. Um sinal de alerta acende em mim, dizendo que devo tomar cuidado com esse homem. Ele não está aqui atoa. Isso eu tenho certeza. — E, pelo visto, apressada, não é mesmo? — ele comenta, soltando a fumaça do charuto. — Tem razão! Apressadíssima
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