Um grito desenfreado escapa da minha garganta, a raiva e o ódio me consumindo de uma forma que eu nunca imaginei ser capaz. Quando percebo, estou golpeando-o com as mãos, o ódio que sinto por ele tomando conta de todo o meu ser. Queria matá-lo ali mesmo, arranhar e destruir cada pedaço desse monstro, mas não posso. Não posso deixá-lo morrer agora, não posso deixar que ele acabe, por mais que a dor que ele me causou seja insuportável. Ele ainda tem um valor. Marcela, minha amiga... A vida dela está entrelaçada com a dele, e essa troca nojenta, essa barganha, me consume por dentro.Eu continuo esmurrando-o, e ele permanece lá, quieto, sem revidar, aceitando o furor das minhas mãos, permitindo que todo o ódio que sinto seja despejado sobre ele. Eu grito, eu choro, e o som das minhas emoções rasgando o silêncio é o único que ecoa. Ele, em sua estranha calmaria, não responde. Apenas se mantém em silêncio, como se já soubesse que nada que ele diga poderia mudar o que eu sinto, a destruição
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