CAPÍTULO 94 Desirée

— Chegamos. — A voz de Otávio é baixa, quase calma, enquanto ele estaciona o carro em uma área de mata fechada. O som do motor silenciando faz meu coração bater ainda mais rápido, como se soubesse que estou me aproximando do inevitável.

Tento respirar fundo, tento controlar a avalanche de emoções, mas é inútil. Cada passo que dou é um caminho direto para a morte.

Viro-me para encará-lo, minha voz trêmula. — Só tem nós dois aqui?

Ele mantém os olhos fixos no horizonte, como se já soubesse a resposta. — Não. Provavelmente eles já estão por perto, verificando os arredores. É assim que funciona. Se a área estiver limpa, eles saem da toca para me pegar.

O ar se prende na minha garganta, e uma onda de pânico me atravessa. — Você não está com medo? — Minha voz sai mais fraca do que eu pretendia.

Ele suspira, um som pesado e cansado. — Homens como eu e seu pai não têm medo da morte.

Meu corpo endurece, e as palavras saem antes que eu consiga me conter. — Meu pai não era como você.

Otávio se v
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