CAPÍTULO 93 Desirée

Essa noite foi uma das mais terríveis que já experimentei. O silêncio se arrastava pelo quarto enquanto minha mente mergulhava em cenários que eu preferia não imaginar. No entanto, como combinado, às sete horas eu já estava na garagem, esperando por ele.

Não baixaria a guarda, muito menos voltaria atrás na minha decisão. Por mais que meu coração doa, por mais que minha mente grite para que eu não faça isso, não há escolha. E, mesmo que houvesse, acredito que ainda assim não escolheria outro caminho.

O som do elevador subterrâneo rompe o silêncio me fezendo levantar a cabeça. A porta se abriu e lá estava ele. Otávio. Calmo, tranquilo, como se fosse mais um dia qualquer. Uma rocha inabalável, como sempre, mas algo dentro de mim não consegue mais interpretar essa calma como força. É indiferença, ou talvez resignação. Ele caminha em minha direção, e tudo em sua postura diz que ele não teme o destino que o aguarda.

A morte.

Fecho meus olhos com força ao sussurrar essa palavra em meus pen
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