CAPÍTULO 91 Desirée

Sinto o calor reconfortante me envolvendo, um perfume familiar que traz uma sensação de segurança, mas não consigo afastar o peso da dor e da raiva que ainda estão em minha mente. Ele me levanta do chão, e o conforto que sua presença deveria me trazer agora só me causa repulsa. Eu tento resistir, mas as lágrimas ainda se acumulam, ameaçando cair a qualquer momento enquanto ele me aperta contra seu peito.

Quando sou colocada na cama, me viro, ainda tentando afastar o cansaço que ameaça me consumir, e abro os olhos. O que vejo me faz parar por um instante: Otávio está ao meu lado, sua mão segurando a minha. Seus olhos, os mesmos que presenciaram a morte do meu pai, me fitam com uma intensidade que me faz querer gritar.

Meus dedos tremem quando tento puxar minha mão das suas, mas é como se um peso invisível me impedisse. A mesma mão que apertou o gatilho, a mesma mão que tirou a vida de meu pai, agora me segura com força.

Como eu pude, um dia, achar que esse homem poderia ser o meu futur
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