A mansão surgiu entre as árvores como um farol depois da tempestade. Cada pedra de suas paredes parecia familiar e acolhedora. Meu corpo doía, minha alma latejava, e meu coração clamava por um único nome. Caelum. Respirei fundo, forçando as pernas a continuarem. A batalha havia terminado — por ora — mas a adrenalina ainda corria sob minha pele como um rio bravo. As roupas rasgadas, as mãos manchadas de sangue, os cabelos colados na testa... tudo em mim exalava desgaste e exaustão. Mas dentro da mansão, havia algo que me mantinha de pé. Algo que era mais forte do que qualquer feitiço ou lâmina: ele. As portas se abriram antes que eu as tocasse. Dois guerreiros me olharam com alívio e reverência, abrindo passagem. O calor do interior me envolveu, o cheiro de madeira, ervas e terra me arrancando um suspiro. E então, ali, no pé da escadaria principal, ele estava. Caelum. Nossos olhos se encontraram. O tempo congelou. Eu o vi, inteiro. Os cabelos presos no alto da nuca, a camisa man
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